sexta-feira, julho 30, 2004

O filme da hora


Breves comentários sobre "Fahrenheit 11 de setembro":

  • Acho que há diversas formas (politica, artística etc) de ver o filme e talvez isso seja a sua maior qualidade.
  • Moore usa argumentos pouco profundos para fazer críticas ao governo. A eficácia do seu discurso é diretamente relacionada a essa estrutura. Sem querer saber de grandes questões, ele mostra que o Bush é feio, bobo e muito mau. Para isso, edita aqui, brinca acolá, apresenta algumas teorias misturadas com alguns fatos. O diretor do filme, como os marqueteiros políticos, vão na exata profundidade dos pensamentos da opinião pública: alguns sentimentos e alguma informação mergulhados no senso comum.
  • No mundo da informação, o filme mostra como estamos desinformados. Isto porque nos acostumamos com as fontes mais próximas.

  • É um documentário engraçado, bem feito e envolvente. Sua intenção é criticar o governo Bush. Ponto. Como disse Dapieve: "Moore não é, como querem alguns, um paladino da luta antiglobalização e antiimperialismo. É, no fundo, tão americanocêntrico quanto seu suposto antípoda: Bush é mau porque faz chorar as mães de Flint, a guerra é má porque mata os filhos de Flint e, noutros filmes, a globalização é má porque desemprega os pais de Flint. Isso fica claro no tom quase xenófobo com que fala dos árabes (sauditas) ou no escárnio contra os países sem exército que compõem a tal Coalizão. Como, no entanto, os assuntos caseiros dos americanos afetam direta e dramaticamente o seu vasto quintal, é bom contarmos com Moore do lado bom da força." Vale lembrar: não há lado bom da força.

  • Coloquei nos comentários (para não ocupar muito espaço aqui) a íntegra da crônica de hoje do Dapieve.

    quinta-feira, julho 29, 2004

    Eita Joguinho Muquirana



    Ontem fui no joguinho muquirana entre Flamengo X Botafogo, um clássico dos desesperados, e eu desesperado vendo a retranca, as falhas, e os erros de passe.

    Fui de geral, porque 3 reais era um preço justo. Por sinal, estava bem vazia e pude ver o jogo tranquilo, apesar das provocações entre as torcidas rivais sepradas por um cordão de isolamento.
    Final do jogo, um 0 X 0 sem graça. O legal foi ser testemunha da irreverencia de nossa torcida, que xinga e aplaude os jogadores quando estão indo pro vestiário.

    E pensar que em 92 as equipes estavam decidindo o título do Campeonato Brasileiro.

    SONHE


    Por Clarice Lispector

    Sonhe com aquilo que você quiser.
    Seja o que você quer ser,
    porque você possui apenas uma vida
    e nela só se tem uma chance
    de fazer aquilo que se quer.
    Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
    Dificuldades para fazê-la forte.
    Tristeza para fazê-la humana.
    E esperança suficiente para fazê-la feliz.
    As pessoas mais felizes
    não têm as melhores coisas.
    Elas sabem fazer o melhor
    das oportunidades que aparecem
    em seus caminhos.
    A felicidade aparece para aqueles que choram.
    Para aqueles que se machucam.
    Para aqueles que buscam e tentam sempre.
    E para aqueles que reconhecem a importância
    das pessoas que passam por suas vidas.
    O futuro mais brilhante
    é baseado num passado intensamente vivido.
    Você só terá sucesso na vida
    quando perdoar os erros
    e as decepções do passado.
    A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
    duram uma eternidade.

    A vida não é de se brincar
    porque um belo dia se morre.

    segunda-feira, julho 26, 2004

    Castelo do Vinho

    Precisamente no Tanque, em Jacarepaguá se encontra o paraíso da Babilônia, o templo do vinho denominado Castelo do Vinho da Adega Ramos.
    Neste dia tomei tantas provinhas de diversos vinhos que arrematei com um bolinho de bacalhau, um programa simples que indico, exelente

    Panorâmica do Castelo do Vinho


    Ricardo e Renato Motta de frente ao chimarrão gigante


    Provando o chimarrão gigante


    Mas o melhor mesmo é a garrafa de vinho gigante


    E um boneco avisando do proximo festival de queijos e vinhos

    domingo, julho 25, 2004

    Filosoficamente falando



    Começo minha divagação filosófica com a seguinte questão: existe história fragmentada?
    Um homem olha uma banca de jornal. No bar, as mesas estão lotadas e o garçom aguarda um pedido. Um ônibus lotado parado em frente a um sinal vermelho numa movimentada rua da cidade.

    E então, meu caríssimo leitor? Quais os significados e as significâncias, “filosoficamente falando”?

    E meu olhar tridimensional filtrado na perspectiva binária! Somos testemunhas seletivas da história? Somos testemunhas oculares? Qual o grau de minha miopia gramatical? E a grande ocular de minhas perspectivas?

    A visão de uma noite na mesa do bar ou da minha viagem de ônibus para Recife? Sou tomado por um grau de curiosidade atemporal. O que fará o historiador do século XXIX que deseje quantificar nossa vida cotidiana através dos diários virtuais?
    Até que ponto, o Blog da Babilônia é um ponto de partida referencial em minhas divagações sobre o real, irreal e o material.

    Sou um andarilho refletindo o limite do terceiro mundo sul americano aportuguesado continental.

    Nesta incessante busca de desconstruir e reconstruir meu período histórico em contos, seria eu um referencial geo-espacial?

    O historiador do futuro vai se debruçar sobre milhares de blogues, perdidos, esquecidos e desaparecidos pelo tempo. Um trabalho sobre humano de classificar, selecionar os principais pontos de referência, conversão e interjeição; tentando desesperadamente filtrar nossas subjetividades abstratas de pensamentos contextualizados em nosso tempo histórico – neste caso apontando para o século XXI de nossa internética galáctica, universo paralelo de mega informações. Nossa real “Matrix”.

    Quantas palavras os Blogues produzem por décimo de segundo? Seriam 800.000 P/dec.? Bateríamos o novo record global? Mas esse não é o cerne da questão, nem da equação e sim - qual a importância real desse mar de palavras virtuais?

    Sou tocado por essa duvida: Por que passo horas a elaborar um novo post nesta mesa de bar numa sexta feira, aqui em frente ao prédio do Maracanã? A única certeza que tenho é a possibilidade de tocar a alma do caríssimo blogueiro que irá opinar, debater, comentar... e na pior das hipoteses ignorar esse tedioso e inútil texto.

    Confesso que esse é um motivo que afeta exclusivamente meu ego, minhas vaidades e estima. Ter a certeza de que os textos são visitados e re-visitados. Ahhh como somos tocados pelas significâncias, nesta minha insignificância e.... Ops, meu copo está vazio!!!

    - Garçom, por favor, mais uma gelada!!!! Onde eu estava mesmo? Ahhhh deixa pra lá!!!!

    sábado, julho 24, 2004

    O diálogo





    Eu sei que o caro Blogueiro vai pensar o seguinte: Mas eu já sabia... O Impressionante é fazer a leitura do diálogo. Vejam que interessante a sensibilidade do Yuka:

    - Hei Joe onde é que você vai com essa arma aí na mão?
    hei Joe esse não é o atalho pra sair dessa condição?
    dorme com tiro acorda ligado tiro que tiro trik-trak boom pra todo o lado

    - Mmeu irmão, só desse jeito consegui impor minha moral, eu sei que sou caçado e visto sempre como um animal. Sirene ligada os homi chegando trik-trak boom boom, mas eu vou me mandando

    - Hei joe assim você não curte o brilho intenso da manhã.
    Hei joe o que o teu filho vai pensar quando a fumaça baixar

    - Fumaça de fumo, fogo de revólver e é assim que eu faço eu faço
    eu faço,eu faço a minha história. Meu irmão, aqui estou por causa dele e vou te dizer talvez eu não tenha vida Mas é assim que vai ser armamento pesado corpo fechado

    - Menos de 5% dos caras do local são dedicados a alguma atividade marginal e impressionam quando aparecem nos jornais tapando a cara com trapo,m com uma uzi na mão, parecendo árabes do caos.

    - Sinto muito cumpadi mas é burrice pensar que esses caras é que são os donos da biografia já que a grande maioria daria um livro por dia sobre arte, honestidade e sacrifício.

    Vote em mim!!!


    Passo por um grande cartaz anunciando o nome e o número do candidato e aquele sorriso maroto ou provocador: Numero: 23123. Bom, já faz quase uma semana que a temporada de caça ao voto iniciou-se no Brasil, onde todos nós iremos votar em um vereador e um prefeito.

    Me pergunto, que partido é esse, qual a coligação, qual as propostas? Mas olhando bem direto pra placa e pro semblante, só uma coisa me vem na cabeça:
    - Vota em mim, palhaço!!!
    E pra piorar me sinto como um palhaço mesmo, numa votação peculiar, meu titulo está alocado a quase 3.000 Km de distância daqui, exatamente no município de Olinda-PE.
    Serei um observador deste processo, porque dificilmente irei viajar 3 dias para votar e logo em seguida voltar.

    Lembro no fim da década de 80 quando a nossa esperança, nossos anseios passavam pelo ato de votar, que uma militância preparada iria fazer a campanha apaixonada, tentando convencer as pessoas a mudar de opinião, votar na esquerda.

    Logo nas primeiras eleições, indo pra rua, paramentado com material, camisa bottom, panfleto, violão, tudo isso por princípio, por ideologia. E os partidos de direita? Estes sim precisam de militantes de aluguel para suas campanhas, e ainda tínhamos a audácia de convencer os militantes de aluguel a votarem em nossos candidatos.

    Hoje, infelizmente, não há diferença. TODOS os partidos usam militantes de aluguel, assim como um emprego temporário para descolar um troco por final de semana. 50,00 ou 20,00 Reais? Depende da verba do candidato, e enquanto isso os salários, os “jetons” são aumentados pelos próprios deputados ou vereadores e quem paga somos nós todos. Em recessão, na deficiência das escolas, em precariedade dos hospitais públicos, fora as mamatas, os desvios, etc... É um ciclo assustador.

    Tentar explicar, argumentar é quase impossível. Olho de novo pro cartaz que me observa:
    - Vota em mim, palhaço!!!
    A única coisa que me contento, é pensar ironicamente:
    - Eu não voto aqui, palhaço!!!- E ir embora, pensando talvez numa poesia, ou num post pra Babilônia.
    Fuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuui.


    Em tempo: A bateria do Anil me mostrou duas coisas:
    1) Tem uma galera fera tocando conosco!!!
    2) Preciso melhorar muito – ou seja, vou acabar comprando uma "caixa" pra mim, mas aqui em casa vou perturbar muito meus vizinhos, pais e familiares.

    quarta-feira, julho 21, 2004

    Moto-contínuo

    Se é eficaz proibir garupa em moto para coibir a violência, deveríamos também proibir o carona no carro. Assim evitaríamos os bondes e os seqüestros, relâmpagos ou não. Ou não?

    Decidi tocar nesse assunto depois de ouvir o Arnaldo Jabor na GLOBO FM dizendo, enfático como só ele, que a proibição das garupas em motos era uma medida que deveria ser tomada porque deu certo na Colômbia. Alias, na Colômbia, onde há três estados paralelos (o governo, as Farc e a direita paramilitar), a proibição se restringe às motos de baixa cilindrada. Ou seja: quem tem R$ 40 mil ou mais para comprar uma moto pode levar a carona que quiser. Lá, a proibição da garupa em motos é parte de um toque de recolher, obviamente imposto apenas à parte mais pobre, que também impede a colocação de películas nos vidros dos carros (insul-film), a circulação de menores de noite, e impõe a lei seca, entre outras medidas.

    É fato que a violência é crescente e o medo é enorme. A moto também é usada, sim, em crimes (embora eu não tenha conseguido as estatísticas do uso de motos em roubos, furtos, assassinatos etc. Alguém aí pode me ajudar?). Nesse panorama, a proibição da garupa passa a ser simpática aos mais apressados. Há quem pense: o mal que a proibição fará será menor do que o bem. É fácil dizer isso quando a pimenta é nos olhos dos outros. Restringir direitos individuais não pode ser fácil assim.

    Um dos passos talvez seja exigir que a Lei em vigor seja cumprida. Roubar motos é proibido e os crimes com motos  são cometidos com motos roubadas. Sem veículos irregulares circulando nas ruas (não parece óbvio?) os crimes diminuiriam. Lembro-me de um comandante do 31º BPM (Recreio) que explicou bem essa lógica. Uma das medidas prioritárias para aumentar a segurança na Barra era o patrulhamento da Avenida das Américas. Segundo o policial, evitando-se o roubo e a circulação irregular de carros (ele nem citou motos...), os índices de criminalidade diminuiriam. Em apenas um dia de operação da polícia (16 de março), foram apreendidas 546 motocicletas na região metropolitana, medida que não restringe direito algum, pelo contrário.

    Não dá para aceitar medidas restritivas que só prejudiquem as pessoas de baixa renda. Se houver proibição da carona em moto em nome da segurança, não há explicação para permitir a carona em carros. Mas alguém ousaria proibir os bacanas de circularem nos seus modelo quatro portas, blindados e com películas nos vidros?

    PS: Imagine o Diários de Motocicleta sem o Che na garupa... A moto é um veículo maravilhoso.

    "Dois Bicudos", CD de estréia da dupla Pedro Paulo Malta e Alfredo Del-Penho
    (o blogger se recusa a publicar a imagem da capa, já tentei zilhões de vezes e desisti)


    Sei que não sou ninguém para recomendar ou deixar de recomendar qualquer coisa. Mas ainda assim faço questão de dizer que este CD vale a nota. Uma bela dica de presente. Mas nada de presente de Dia dos Pais, este é um belíssimo mimo para si mesmo. Compre, escute e aproveite. Fui ao show da dupla Pedro Paulo Malta e Alfredo Del-Penho mais por dever de amiga do que como admiradora. Não poderia recusar um convite de PP. Já esperava que de lá viesse coisa boa, mas não conhecia o CD, motivo do show de lançamento, e portanto não poderia ter certeza.
    Bastaram 15 minutos de show, três ou quatro músicas, para eu já estar totalmente entregue, cantando baixinho os poucos sambas que já conhecia e deixando o corpo balançar discretamente na cadeira nas músicas que eu ouvia pela primeira vez.

    O repertório do disco "Dois Bicudos" tem uma qualidade que, para o meu deleite, foi determinante: as músicas são tão boas que, numa primeira audição, você tem certeza de já ter ouvido alguma outra vez. Não porque os sambas sejam óbvios, iguais aos outros, pelo contrário, cada um deles é único e a interpretação da dupla também. A certeza de já ter escutado antes é porque não me parecia possível uma música inédita aos meus ouvidos me agradar tanto. Sabe aquela sensação de estranhamento que a gente sempre tem quando é apresentado a algo novo? Mesmo quando este algo novo é excelente? Pois esta sensação não existe, ou pelo menos desaparece em segundos, quando se ouve as pérolas de "Dois Bicudos", começando pela faixa-título, tesouro de Cartola mantido inédito até hoje sabe-se lá Deus porquê. A nêga Judith do baile do Bola Preta, as irmãs Matilde e Jurema, o avião pilotado por um baixote, personagens de músicas que ouvi pela primeira vez e que já não me saem da cabeça.

    No fim do show, é claro, comprei o CD. Mas aí a compra foi por pura admiração mesmo, o dever de amiga já estava cumprido há muito tempo. Experimentem! O disco vale muitíssimo a pena.





    Fim do Preview


    Mais uma do Blogspot para com seus usuarios. Sumiu o Preview, significa que terei sempre que advinhar e postar sem ter a certeza da confirmação da imagem. Ai ai ai ai ai....

    Recife-Rio


    Depois de uma semana em Recife a conclusão é a seguinte:
    Nas duas capitais chove, só chove...
    A diferença é o Frio. O inverno veio para arrazar mesmo...ahh que saudades do calor nordestino.

    terça-feira, julho 20, 2004

    Templário Lunar


    Alguns terráqueos vêem com certa magia e fascínio a possibilidade de caminhar na superfície esburacada de nosso único satélite natural.

    Até compreendo e compartilho com esta idéia, de que nela há um certo "status" e "charm" só em pensar, de como seria, ver nosso planeta azul do espaço sideral, sem a força gravitacional.

    Mas cá pra nós, a Lua é extremamente monótona e sem vida (literalmente), sem falar nos possíveis perigos de se explodir em função de um eventual vazamento de oxigênio no vácuo.

    Neste caso, cratera por cratera, recomendo um templário lunar seguro em pleno Brasil ao leitor sideral, uma viagem rodoviária pela BR 116 entre os estados da Bahia e Sergipe.

    Ali o veiculo automotor transita por 30 km/h, sem falar que, em vez de vácuo, o viajante poderá dobrar em direção as belas praias litorâneas de Trancoso ou Porto Seguro já encontradas pelos nossos colonizadores portugueses lá pelo ano de 1.500.

    Já sei, já sei caro bloggueiro, vossa dúvida procede:
    - Quando vou perceber que cheguei em nosso "Templário Lunar?"
    Não tem erro, assim que avistares a seguinte placa:
    "SORRIA, VOCÊ ESTÁ NA BAHIA!!!!"

    segunda-feira, julho 19, 2004

    O Meu Presente Imaterial


    "Os tambores acariciam a noite
    Sinhá Clementina acordou
    O estandarte do Estrela chegou"

    Silvério Pessoa


    RECIFE - Durante a programação da terça negra no centro histórico de Recife, Beto Barraca, assim que me encontra faz uma pergunta:
    - Você está preparado para receber um presente meu?
    - Sim! Não sei, não precisava Beto -
    respondi meio constrangido e tentando olhar para sua mão, de onde não avistava nenhum pacote.
    - Você ainda não está preparado, Renato! - respondeu Beto.

    Passado algum tempo ele insistiu na mesma pergunta:
    - E agora? Você está preparado pra receber meu presente?
    - Agora estou Beto!
    - Pois então, como legítimo cidadão pernambucano, residente em Jaboatão dos Guararapes, quero que você olhe para lá amigo. (essa imagem da Igreja de São Pedro que o caro bloggueiro pode ver no topo do post) Pois este é o seu presente, essa imagem é tua, só sua agora. Esse é o meu presente pra você Renato.


    E não é que tive uma sensação indescritível?
    Comecei a me arrepiar com aquela imagem do século XVII que tem a figura de São Pedro no centro como a esperar abrir os portões do céu. Foi um daqueles presentes que não é qualquer um que recebe, a imagem da principal igreja do Pátio de São Pedro. E a emoção de um grande amigo oferecendo dos principais símbolos da capital pernambucana.

    Respondi emocionado:
    - Obrigado Beto, foi o maior presente que poderia receber aqui em Recife, obrigado amigo.

    Terminei a noite comemorando me embriagando com vinho carreteiro e dançando muito maracatu e afoxé ao som do grupo Alafin Oyó.

    quinta-feira, julho 08, 2004

    Não é implicancia, verdade!!!


    Mas meu caríssimo bloggueiro, pode parecer mas não é. Existem duas políticas no mundo virtual, a da boa vizinhança cordial e a oportunista. Me sinto como a qual um cientista, tentando deseperadamente classificar blogues? Ora o que é isso Sr. Motta, preste atenção, vamos a minha insignificante teoria:

    Cordialidade
    A primeira é, quando feita de coração, um visitante insólito encontra o teu virtual espaço, faz com que o contador dispare (nada como ser uma micro celebridade no disputado mundo virtual dos blogues) e no comentário a constatar uma polêmica ou o agrado ao público. Dependendo do texto e da forma como foi escrito a retribuição à visita é automática.

    Oportunista
    É aquela visita inesperada com um padrão comum:
    "Oi, meu nome é xxxx, adorei o seu blogue, aproveita e visita o meu: , mas deixa um comentário, tá bom?".

    Vá lá, isso é marketing e tá valendo. Um tipo de marketing cativante né? Mas dia desses eu não acreditei, estava visitando o Historinhas da Mimi e vi num comentário o padrão oportunista.
    Pois minha curiosidade foi além e fui checar o virtual mundo da criatura. Caramba!!!!

    Era um daqueles sites sem conteúdo, sem nada, um fotolog somente, sem referência, sem textos, sinceridade fiquei decepcionado... e olha que o comentário nem foi nas minhas redondezas babilônicas.

    Devo confessar que fiquei com uma vontade louca de comentar - "oi, meu nome é Renato, mas sinceramente, não gostei do seu fotolog. Acho que ta falatando conteúdo."

    Caramba!!! isso seria muita falta de respeito, deixa disso Motta, vai implicar com coisa mais séria, vai passar pelo menos uma semana em Recife!!!
    Ta certo então... viajo amanhã e não se espantem se a Babilonia estiver meio calada. Temos a participação de outros babilônicos nesse espaço virtual e quem sabe? Dou uns pitacos lá da terra dos Guararapes.
    Mas calma, minha gente, dia 19 estou de volta na cidade maravilhosa!!!!

    Em tempo: O exelente blog do Fernando Peixoto e Frederico Bittencourt é o
    http://www.mesadeboteco.blogspot.com. Indico com "cerveja". Garçom, mais uma gelada, por favor!!!!

    quarta-feira, julho 07, 2004

    Balaco blog, no botequim

    Pois na Blogosfera tem site novo, uma Conversa de Botequim virtual antes de uma sexta, sábado ou domingo na mesa do bar.
    Seus donos, são desta babilônica rede, o eterno Comandante da SOCABA que abriu seu próprio estabelecimento virtual e quem como sócio Fred Bittencourt.
    O espaço é exelente com dicas cultuais, botequinais, péticas e futebolísticas sem falar na interface "clara" e agradável. Mas infelizmente não memorizei o nome e o endereço para linkar na Babilônia.
    Fernando, as honrarias são tuas. Faça a apresentação oficial.


    PS: Tenho notado um problema grave na Babilônia, basta digitar o endereço que o blog não aparece (tem-se a impressão que foi tirado do ar) e só depois de muita insistência (geralmente três tentativas) é que o blog aparece. Estou me sentindo como nas primeiras transmissões de tv que tinham aquela desculpa esfarrapada:

    - Desculpem-nos a falha técnica, logo estaremos com a nossa programação no ar.

    E o pior, caro Blogueiro, é que não sei como ajustar esse problemão.

    terça-feira, julho 06, 2004

    Testemunha Ocular do tempo



    Ontem, indo buscar meu CD na sede do Viva-Rio, fui testemunha ocular do tempo.

    O dia, que estava ensolarado, virou, nublou, esfriou... O esfriar no Rio é quase uma cojugação do sinônimo "Enfeiar".

    Ser uma testemunha ocular do tempo é interessante. Veja bem meu caro e paciente blçoggueiro. Tem um site muito legal pro carissimo desocupado, ou simplesmente curioso.

    É o site do trânsito do Rio, oferecido pela CET-Rio. Daqui, voce pode ver o transito da cidade maravilhosa.

    http://transito.rio.rj.gov.br

    Pra quem conhece o Rio, é um barato. Antes de sair de casa, pra ver se tem um engarrafamento o site funciona. Pra quem não conhece, vale a pena pra se ter uma noção espacial daqui. Eu recomendo.

    segunda-feira, julho 05, 2004

    O futebol de listrinhas


    Os acontecimentos da última semana no Planeta Bola foram, no mínimo, esquisitos. Não é todo ano que vemos os resultados obtidos por campeonatos expressivos da comunidade internacional, como a Eurocopa e a Taça Libertadores da América. E, se analisarmos bem, quem apontaria o Porto como campeão europeu antes do início da competição?

    É justamente por isso que tenho que discordar do jornalista Juca Kfouri. Em seu artigo publicado ontem no jornal Lance!, Kfouri assinou o atestado de óbito de um animal famoso no futebol, como sugeriu já no título da matéria: "A zebra morreu".

    Fui consultar meus alfarrábios eletrônicos, ou seja, as páginas do Google, para descobrir em que momento o nobre eqüídeo desembarcou no vocabulário esportivo, vindo diretamente das savanas africanas. No site Futebol: linguagem e paixão, encontrei a informação de que teria sido o técnico Gentil Cardoso o autor da idéia. Muito provavelmente sua inspiração veio do jogo do bicho, onde a zebra não figura entre os 25 animais e obviamente os apostadores jamais esperam que dê a bichinha no sorteio.

    A julgar pelo sentido da expressão, enquanto times que ninguém imagina que sejam campeões - nem seus prórpios jogadores - continuarem surpreendendo e abiscoitando os troféus de grandes competições, a zebrinha continuará trotando pelos quatros cantos do mundo. Em sua mais recente aparição, foi vista em Portugal linda, gorda e feliz, com listras azuis, pastando pelo gramado do Estádio da Luz.

    E digo mais: enquanto houver equipes como as seleções de Tonga e de Samoa Americana, também irá existir time bobo no futebol!

    Fim de Semana



    O final de semana foi intensamente agitado, destacaria o ensaio na Unidos do Anil na sexta feira - nossa batida está ficando redondinha - no sábado um passeio pela Rodoviária Novo Rio.
    Pela manha de ontem, acompanhei o programa TOQUE DE LETRA da rádio Viva Rio, e vejam vocês, acabei sendo sorteado com um CD de samba.

    Após o resultado, resolvi ir comemorar na praia da Barra da Tijuca que simplesmente estava espetacular, com o mar transparente e um sol quente e agradável. Um domingo perfeito, daqueles que só faltaria um jogo do Flamengo a tarde.
    E não é que houve e com uma vitória do Mengão 4 X 1 sobre o Paysandu.

    Não, se o caro bloggueiro acha que fiquei acompanhando a partida no radinho (afinal de contas o jogo foi na cidade do aço), está ligeiramente enganado.
    Meu destino ontem foi a quadra da Renascer de Jacarepaguá no Tanque. Por aqui, a bateria das escolas: Unidos do Anil, Parque União Curicica estão se unido com a bateria da Renascer de Jacarepaguá para o desfile de 2005 na Marquês de Sapucaí, e me parece que a idéia vai dar bons frutos, a bateria está unida, desfilar na Sapucaí... um sonho que agora está cada dia mais perto.


    PS: Corre em boca míuda que a Rio Tur pretende acabar com o desfile do Grupo C da Avenida Rio Branco. Segundo um ritmista da Unidos do Anil, o motivo é que o grupo C atrapalha o desfile na Marquês de Sapucaí - principalmente no que se refere ao delocamento de carros dos barracões para a Avenida.

    O revés para as escolas e para a cidade do Rio de Janeiro, é que o carnaval carioca e o seu charme histórico tem origem na Rio Branco, que o desfile é um programa alternativo e gratuito para os turistas que não conseguiram comprar os ingressos exorbitantes da Passarela do Samba e que, para as escolas, desfilar perto do Sambódramo é um incentivo a mais. Os rumores indicam que o grupo C seria remetido para a Rua Intendente Magalhães pro subúrbio do Rio.
    Sinceramente, não gostei desses rumores.

    quinta-feira, julho 01, 2004

    Antes do jogo, falei com minha mãe por telefone. A vascaína estava meio quieta, não tinha o tradicional traço de ironia na voz que sempre marca suas previsões a respeito do Flamengo. Pelo contrário. Tranqüila, minha neguinha mandou seu recado: "Não vou torcer contra o Flamengo, sinceramente não estou com vontade. Mas tenho certeza que o Flamengo vai perder. A cidade está tomada por um clima totalmente 'Copa de 50'". Claro que eu creditei o comentário ao recalque vascaíno e nem dei bola. Afinal, minha mãe tinha só oito anos quando o Uruguai calou o Maracanã. Ela não poderia se lembrar do clima da época. Depois do jogo, tive duas certezas: jamais desconfie da intuição da sua mãe, ainda que ela seja vascaína. E a outra: Se eu com seis anos lembro-me perfeitamente da tristeza que tomou conta da minha vizinhança após o Brasil X Paolo Rossi da Copa de 82, como eu poderia duvidar que minha mãe lembraria do clima da Copa de 50?

    Não me lembro de outra derrota tão vergonhosa. Não pelo resultado em si. Já vi o Flamengo perder pior, só para não ir tão longe, basta citar aquele recente Fla-Flu que tomamos de quatro. A vergonha que sinto não é pelo vice-campeonato (afinal, ficamos à frente de todos vocês que estão aí implicando com a gente, só os 27 torcedores do Santo André realmente estão acima de nós). Mas pela forma como aconteceu. Na minha época de colégio, eu morria de medo de participar das olimpíadas, porque a pressão da torcida (meus coleguinhas de turma) era muito grande. Nos jogos que participava, sempre fazia questão de lutar o máximo possível, pelo menos para eles não dizerem depois que eu fui um peso-morto em campo. Aí eu fico pensando: e se meus joguinhos de olimpíada fossem assistidos por 72 mil pessoas em delírio, gritando o nome da minha equipe, empolgadíssimas???? Eu poderia até perder, mas certamente ia correr feito uma louca para não fazer feio. Ver os jogadores do Flamengo andando em campo ontem, desde o primeiro minuto de jogo, foi a maior prova de falta de vergonha na cara que já vi no esporte. Nem cobro profissionalismo deles, já que a diretoria do clube não os trata como tal, atrasando salários e assinando contratos duvidosos, mas uma pequena dose de vergonha na cara já cairia muitíssimo bem.