quinta-feira, maio 20, 2004

Papioto



Entrar no mundo da família Buarque de Hollanda a partir do Sérgio no filme de Nelson Pereira dos Santos é como entrar no mundo íntimo dos pedaços do Rio, São Paulo e Pernambuco e de suas transformações. RAIZES DO BRASIL

Papioto - forma que Bebel chamava o avô, e que a família inteira adotou. Ele devia adorar, tenho certeza, mas a construção de um Sergio ogbscuro e fechado, intelectual apaixonado em adquirir saber e conhecimento, figura mítica.

A vida e obra de Sérgio Buarque de Hollanda, escorrendo pela tela, o filme é dividido em duas partes, desde o cotidiano de Sérgio, incluindo o modo como interagia com a família e amigos, até um panorama cronológico de sua época, em que lidou com o nazismo, os anos de Getúlio Vargas no poder e a ascensão do movimento modernista no Brasil.

Não é um filme de aventura ou ficção, mas um documentário bem ao estilo de Nelson. Gostei. O filme é instigante, mas confesso que as vezes, ficava meio constrangido de entrar tão profundamente na vida intima e pessoal dos filhos, netos.

Por isso, gostei mais do Raizes 2 que o 1. caro bloggueiro, vale a pena dar uma conferida, mas não espere que vais substituir a leitura do Raizes. Nelson não se propõe a isso. Vale a máxima - veja o filme e depois encare o livro.

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