Eleição Presidencial no Brasil
OLINDA EM 2002: Foi uma festa, aquele domingo acordei cedo e logo recebi a visita do meu amigo pernambucano João Filho e sua mochila repleta de adesivos e panfletos do Lula, Humberto Costa, e do meu deputado federal Paulo Rubens Santiago.
Além disso, uns sanduíches pra encarar o dia de panfletagem nas ladeiras da cidade alta de Olinda e seus encantos. Paradinha pra tomar uma geladona na padaria do Varadouro.
Havia uma alegria, uma euforia que era indescritível resultado do dia anterior lá no comitê do partido, onde ficamos até tarde da noite confeccionando bandeiras vermelhas com a constelação branca.
Aquele dia foi mágico, convencíamos os eleitores indecisos com aquela garra, aquela gana de tentar modificar o Brasil. Fim de eleição corri pro Morro da Conceição encontrar mais amigos, acabei virando fiscal do Partido dos Trabalhadores, assinei ata e boletins de urna.
Depois, carona pro Centro de Recife, Marco Zero pra ver a apuração em um telão gigantesco, encontrar os amigos e obter informações sobre como tinha sido o dia, as panfletagens, etc...
A onde vermelha se encontrou toda lá, show, alegria um carnaval fora de época. Em pleno outubro, bebemos, cantamos, dançamos, rimos, choramos.
RIO DE JANEIRO EM 2006: Foi uma apatia. Naquele domingo de ontem, acordei cedo e me dirigi a Seção 784 na 13ª Zona Eleitoral pra ser Presidente de Seção. Eleição morna, silencio absoluto, as pessoas votando e eu passando o dia digitando os números de títulos, comparecimento de 91,78% de eleitores de minha seção.
Os fiscais do PRB enchendo a minha paciência, e me dizendo que iria impugnar minha urna, porque estava deixando crianças entrarem na cabina junto com os pais.
Revolta, irritação minha. Acredito na possibilidade de incentivar as crianças a votar, a tirar titulo, na euforia eleitoral que tantas vezes vivi.
Sem noticias, fiquei lá na seção burocraticamente pensando no ano de 2002, fazendo minha viagem no tempo lamentando e apertando numeros de 338 titulos. E na hora de votar, foi 13, Lula de novo, mas sem aquela força do povo, sem aquela gana, sem aquela alegria.
As ruas com os poucos militantes. E os que tinham eram aqueles militantes de aluguel entregando panfletos do PMDB ou do PFL, e uma tristeza de não ver meus amigos de novo na rua, panfletando comigo. Vou em casa, parada básica. Almoço em casa, um churrasco, algumas cervejas e volto pra seção. Resultado, fim de votação, não fui pra praça, não fui pra Cinelândia porque lá não tinha ninguém. Não teve bandeira vermelha, não teve estrela. O dia estava nublado.
Peguei o boletim de urna extra e trouxe pra casa, Senadora Jandira (PC do B) perdendo pro Dornelles (PP), Lula ganhando com pouca margem, Governador Vladimir (PT) com poucas chances. Cansei, deitei, dormi!
PS: em tempo, meu voto foi:
5050 - CHICO ALENCAR (PSOL) Elegi
50555 - RENATO CINCO (PSOL) Não elegi
651 - JANDIRA FEGHALI (PC DO B) Não elegi
13 - VLADIMIR PALMEIRA (13) Não elegi
13 - LULA (PT) Não elegi. Acho que vou eleger no segundo turno.
Enquanto isso no Rio de Janeiro... Sergio Frosard ou Denise Cabral? Tudo a mesma coisa? O mesmo saco?
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