terça-feira, maio 22, 2007

José Junior do AfroReaggae


Eu sabia por ter lido na coluna do Goes do Joral O Globo que o presidente do grupo cultural AfroReggae José Júnior estaria no Roda Viva de ontem.

Assim que cheguei em casa, pude assistir o final da bela entrevista que Junior nos possibilitou.

Conheci o AfroReggae no ano de 1995 quando fazia o curso de história da UFRJ. Acebei entrando para o gupo GeraAÇÃO - de jovens ligados a ONG Ação da Cidadania Contra a Miséria do sociologo Hebert de Souza - O Betinho.

O GerAÇÃO tinha como principal objetivo integrar jovens da zona sul carioca com jovens de comunidades e nosso maior parceiro era o AfroReggae. Como tinha a participação do CA de História da UFRJ, os meninos do AfroReggae deram um show de percussão no salão nobre do IFCS.

Foi o mote para me apaixonar pelo grupo e ir a Vigário Geral sempre que me dava na telha. Acabei fazendo amizade com Plácido, Moredson, José Junior, Altair, Michele, Paulo Negeba dentre outros.

Histórico do AfroReaggae
O projeto começou com o jornal Afroreggae Notícias, distribuído nas favelas cariocas, e depois cresceu com o objetivo de oferecer atividades que consigam atrair jovens e retirá-los ou evitar que entrem para o tráfico de drogas, além de resgatar cidadania nas favelas, quebrar barreiras sociais e negociar a paz entre comunidades rivais.

O grupo AfroReggae ganhou destaque depois da chacina de Vigário Geral, em 1993, quando policiais invadiram a favela e assassinaram 21 moradores inocentes para vingar a morte de 4 policiais. Em uma situação onde apenas falava-se de crime na favela, José Júnior conseguiu colocar a comunidade em destaque nos jornais fora das páginas policiais ao mostrar a cultura dos moradores.

O AfroReggae tem oficinas culturais com aulas em diversas áreas e tornou-se conhecido internacionalmente pelos projetos musicais.

Dentre os entrevistadores estavam: Rappin Hood, rapper colaborador do programa Metrópolis da TV Cultura; Bruno Paes Manso, repórter do jornal O Estado de S. Paulo; Jorge Antonio Barros, editor adjunto da editoria Rio do jornal O Globo e autor do blog Repórter de Crime - http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/reporterdecrime/; Âmbar de Barros, jornalista, fundadora da ANDI - gência de Notícias dos Direitos da Infância; Mario Cesar Carvalho, repórter especial do jornal Folha de S. Paulo; Paulo Lins, escritor, professor de literatura e roteirista de cinema. Apresentação: Paulo Markun.

O programa ontem lavou a alma de quem trabalha e conhece a realidade dos conflitos e Morros Cariocas como o que tenho desenvolvido no CEACA-Vila.
Parabéns Junior!!!!

PS: José Junior escreve como colunista no portal http://www.vivafavela.com.br

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