terça-feira, setembro 20, 2005

O Eremita

Sim, ando meio a ser eremita, ou pelo menos uma tendencia a sê-lo ao menos em parte. O motivo é bem banal, minha extrema dificuldade em me aptar ao mundo convencional.

De tal modo a me conformar? Não consigo. Tensões nas minhas reflexões, minhas vontades em voar pelos ares.

E o tempo demonstrando em sincopes temporais sobre as minhas divagações, ando a não me reconhecer pelas fotos digitais.

O cotidiano dividido em tarefas, compromissos horários! Hei de enganar o tempo, mas é ele que me engana... vacilo e pronto!!! Estou mais velho.

Tentamos (nós; tolos humanos modernos) cotidianamente esquecer do tempo em longa perspectiva, mas apenas nos compromissos horários.
Mas que droga! Neles ando sempre meio atrasado, um tic tac que implica em ser implacável.

Neste meu desertão ermitão, ando com minha visão deturpada, a claridade me ofusca as perspetivas. Minha noção de ceder e trocar ficam perdida pelos meus deslumbramentos temporais.

O que fazer? Ando a ficar refletindo. Ando parado, estático, um sedentário ermitão moderno? Quantas questões neste inicio de madrugada!

E me espanto! Não me reconheço nas fotos digitais. Que babilônia esquisita!!! Me faltam os poemas, me facultam os poemas, penso que andam fugindo de mim!
Preciso viajar! Preciso parar de brigar, só não sei ao certo com quem!
Preciso ceder! Preciso viver!

Palavras que jogo aos mares virtuais, como aquela garrafa com a mensagem dentro. Um tesouro meio escondido. Quem sabe pare em alguma areia, de uma ilha deserta e tenha algum significado. Deveria ter conhecido Italo Calvino! Seria um grande blogueiro!

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