Na ante sala do consultório gelado
A antítese de sentimentos.
Silêncio
Cortado, pelo desejo fugaz
Ao som estridente de um telemóvel
Constatar a antimatéria congelada
Por dentre os olhares perdidos
Encontrados pelos tons "bip-bip"
De um painel negro intacto.
No antebraço da cadeira estática
A dor em desejos contidos
Murmúrios
Palavras silibadas,
Recortadas por dentre os dentes
Emitidas pelas múltiplas ordens
Remetidas ao limite da agonia
E assim vai deixando o espaço
Fincando, no tempo da espera
A profunda expressão de um vazio
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