Garzel ao Reino de Longa
Por Jonas Moraes
Deixai tomar cicuta com Socrátes
Deixai ir para junto dos leões com Daniel
Deixai proclamar os versos etílicos da Babilônia
As garzeis de Lorca me chamam
Para perto dos vales gris do teu corpo
O silêncio corroí a aurora do dia que não veio
No anoitecer adentro pelas matas de marmeleiro
Vejo o clarão do teu corpo que me encandeia
O vento que bate no meu corpo
Arrasta as pedras das Araras
Para perto de mim
Sou uma estátua de pedras
De marfim
Mas meu peito dói
E em chamas no jardim da agonia
É que te encontro no Reino de Alba longa
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