De Renato Motta
Na espaçonave intergalática
Viajando ciclicamente
Aos recantos espaciais
Numa esfera subjulgada.
E o ponto de retorno foi ultrapassado
O anjo torto desesperado, em chacinas
Poesia obtusa, em carnificina,
Drones teleguiados
Razão anestesiada, dor.
Sangue por todos os lados.
O vale das sombras que aprofunda
IAs sofisticadas, mortes em sincronização
Plantam bombas cirurgicas em cidades
Justificando a insana destruição
E o ponto de retorno foi ultrapassado
O anjo torto desintegrado, em toxinas
O tempo e o espaço se fundem
Jogatina da quarta, talvez quinta dimensão
E o que será de nós, em angustias
Súplicas em gestos famintos
Na rasa e pseudo, teológica doutrinação.
Perecem flores, para o além
Prece, nesta segunda sem lei
Saudades, em alma, evaporada recordação.
E se encanta o poeta, acordes dissonantes
Macalé se esvai, no mundo em erupção.
3 comentários:
Quando a beleza
transformante torna alegre a tristeza
O comentário acima é meu. Lindo meu filhão
Obrigado pelas palavras e comentários
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