segunda-feira, novembro 08, 2010

Muito Além do Capitão Nascimento

O bonde sinistro do BOPE (Batalhão de Operações Especiais) do Capitão Nascimento parece estar indo além das grandes telas de cinema do Brasil e indo parar no coração e mente dos policiais da ativa que podem não ter compreendido o significado do filme Tropa de Elite 2.

Se este Super-Heroi brasileiro da capa da Veja e o potencial da película em bater o record de bilheteria de 2010 e sucesso de público que adentra ao cinema para ver a encenação que caminha entre a linha tenue entre a ficção e a realidade recente e cheia de caricaturas de personagens que marcaram recentes acontecimentos do Rio de Janeiro.

No filme é possivel identificar muitos deles.

Se o romance policial exalta uma realidade política, mostra os mandos e desmandos, a trama perversa das milicias que hoje, segundo o Jornal O Globo, estão em 155 comunidades cariocas.

Mas por detrás dos frames, coloca em xeque os defensores dos direitos humanos, alias é o primeiro ataque do filme. E os metodos do Matias, a tortura que é carregada a tira-colo pelos policiais do BOPE no filme parece que é ovacionado pelos espectadores. E ao mesmo tempo o drama do capitão Mathias em seguida desfaz  a nuvem do equivoco em sua pratica de buscar a informação do traficante.

Hoje, o programa de radio Bronca Pesada apresentado pelo pernambucano Cardinot falou do episodio ocorrido em Pontezinha no bairro de Jaboatão dos Guararapes-PE. Segundo depoentes, dois policiais militares chegaram àquela comunidade e espancaram e ameaçaram um carroceiro da localidade. Segundo o locutor, os policiais diziam ser do BOPE e que não iriam aliviar.

O resultado foi que o carroceiro veio a falecer, mas como haviam testemunha acabaram localizando os dois policiais que acabaram sendo suspensos e trabalham na parte administrativa até a investigação do caso pela PM de Pernambuco.

Deixem no cinema os filmes e seus personagens!!! Os cidadãos agradecem.

3 comentários:

Isabelle Câmara disse...

longe de ser uma prática incentivada pelo filme, estas atrocidades são cometidas cotidianamente por diversos policiais, em vários cantos dessa babilônia. investidos de poder e sem preparo para tal, se sentem nesse direito. é lamentável, mas essa realidade também diz respeito a muitas outras profissões que, qd se empoderam de algo, se tornam destruidoras. ou seja, o problema é o humano, frágil humano...

Cynthia Lopes disse...

Oi Renato, vc sabe, as coisas são bem mais complexas que isso. A partir do momento em que os direitos humanos são rechaçados, vale tudo! Eu sou de uma época feia, brava, então estou sempre com o pé atrás... minha o opinião sobre as forças de repressão são muito radicais, polícia para quem precisa e quem precisa mesmo, NUNCA VAI PARAR NA CADEIA.

Renato Motta disse...

Concordo Cy, em numero genero e grau.