Poesia, contos, casos e histórias...
Babilônia pouca é bobagem
Caledoscópio de Renato Motta
domingo, outubro 31, 2004
Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
Sei que andei meio sumido nessa semana de feriado, atribuições e compromissos, além de uma pitada de falta de imaginação para postar.Mas essa historia que aconteceu comigo, tenho que contar: Numa de minhas voltas do ensaio da Renascer de Jacarepaguá - grande final da escolha do samba, depois de ter tocado das 23 ás 6 da matina chegou o momento de voltar pra minha casa.
Exausto, acabei não resistindo ao balanço e dormi e em vez de acordar no Moutela, acabei acordando no Rio das Pedras (favela que aparece na película: O Redentor).
Vá lá, coisa incomum seria, se isso não fosse tão constante para este singelo escriba que aqui conta este relato.
Tive que pagar outra passagem e a estratégia foi simples, ficar de pé ao lado da trocadora contando uma outra história absurda que também aconteceu comigo.
A História Absurda
Pra quem desconhce, aqui no Rio de Janeiro a linha 268 que faz o trajeto Pça XV (Centro) - Rio Centro (Curicica).
Mas pra enriquecer os detalhes, o carissimo bloggueiro precisa saber que o busu faz um trajeto bastante longo. Vejam:
Centro - Central do Brasil - Cidade Nova - Pça da Bandeira - Maracanã - Vila Isabel - Grajaú - Serra - Jacarepaguá - Freguesia - Moutela (onde moro) - Anil - Gardenia Azul - Cidade de Deus - Merck - Curicica - Projac - Rio Centro.
Esse breve trajeto dura em média de 40 à 60 minutos.
Pois a minha história foi mais ou menos assim, entrei no onibus, já tarde da noite, em Vila Isabel, depois de uma maravilhosa chopada com os amigos. O balancê do 268 me convidou ao sono e pronto... acordei em plena Cidade de Deus.
O adiantar das horas me obrigou a ir até o ponto final, pois afinal de contas, o bairro é meio sinistro. Chegando no Rio Centro, fui obrigado a descer do onibus, aguardar 25 minutos (voces não sabem como de madrugada esse tempo dura) e entrei de novo no busu pra voltar no intinerante.
O soninho não me abandonou e acabei adormecendo no Merck... de repente, numa curva mais intensa, acabei acordando... na Pça da Bandeira... O susto foi enorme, não acreditei que havia atravessado a Serra mais uma vez, passado por Vila Isabel (ponto de origem) e ali estava em frente a Pça da Bandeira.
Me restou esperar até o ponto final na Pça XV, pagar mais uma vez minha passagem e ficar em pé até o ponto de minha casa. Esse talvez tenha sido a minha longa jornada noite a dentro, de dentro de um 268!!!
quarta-feira, outubro 27, 2004
terça-feira, outubro 26, 2004
Constatação
Depois de duas semanas nubladas neste Rio de Janeiro, olho pra mim e só vejo melancolia. Que coisa esquisita, não é mesmo!!!! Acho que foi uma identificação com o post de Andy em seu blog Inventando Dogmas. No meu caso é torcer... sim e náo to falando do Flamengo (se bem que é uma idéia).Vou torcer pra que chegue logo a sexta feira, onde eu posso meter bronca naquela Caixa de guerra da Renascer de Jacarepaguá, que além de ser a primeira a desfilar, já tem sua comunidade devidamente criada no Orkut.
A via do Caos
Sei não, olhar daqui dos tropicos para o desenrolar das eleições norte-americana, me causa a sensação de estar presenciando a via do Caos Global.Mesmo distante, tenho a impressão de que se o Sr. Ronald Bush Golias ganhar a eleição (tomo emprestado a expressão de Benito), me parece que o mundo vai entrar numa fria. Não obstante Kerry de longe me parece a melhor opção aos "não" Norte-Americanos, mas é uma outra opção.
O fato é que a lógica de incutir o medo naquela população, nos atinge diretamente, pois não sabemos qual será o próximo alvo desta "grande" nação do norte.
Se em criança meu sonho de visitar a Disney era reforçada pelas imagens do Clube do Mikey, hoje já não me seduz a vontade de visita-los por perceber que a cada dia a política da intolerância é o foco da propaganda do atual governo.
É por isso que o cineasta Grift se torna atual com seus dois filmes: O Surgimento de Uma Nação e Intolerância.
Essa é a minha dica Babilônica, quem sabe?
segunda-feira, outubro 25, 2004
O Quinto Elemento Suspenso?
Curioso que sou, resovi investigar a ausencia de informações sobre o jogo entre o Americano e o Barbarense no Estádio Godofredo Cruz.
Pra minha surpresa o jogo de ontem foi suspenso por motivos não divulgados na imprensa. Neste caso incide uma questão:
Porque estas coisas acontecem com o time do ilustre torcedor, e ex-presidente cassado da FERJ - Eduardo Vianna (O Caixa D,agua).
Sei não, acho que tem pilantragem no ar... A Babilônia fica aguardando maiores explicações ou seja esse Campeonato Brasileiro da Terceira divisão promete, Ahhh se promete
Em tempo: O Gama do DF, goleou de 5X0 o time cearense do Limoeiro.
sábado, outubro 23, 2004
Espelho, Espelho Meu! Reflete ma Avenida a Magia de Quem Sou Eu
Esse é o samba hino da Renascer para o ano de 2005, se o caro bloggueiro quiser, pode escutar o samba no site: http://www.ocarnavalcarioca.com.br
Compositores: Jayme Cesar, Ivani Ramos, Ciganerey, Marcelo Silva,
Nilson Castro, Julinho Cá, Jeffinho doAmaral
Interpretes: Ciganerey e Tiãozinho Cruz
Mergulhei no espelho d'água
Vi a imagem refletida
Grega, bela apaixonante
A ti contemplo, oh! Minha alma
Escravas, rainhas divinas
Do metal da natureza
De batalhas vencidas nos mares
À criatura que o bronze derrotou
Dos venezianos à França chegou
E para o mundo despontou
É mito. É superstição, será?
Na magia, astrologia, o espelho a encantar
Folclores, lendas que pairam, no ar
Quebrar o espelho é azar? Sei lá!
No Reisado é um amuleto ao meu agoro
Nos festejos à yemanjá
Dou-te oferendas "Rainha do Mar"
Hoje a vaidade não tem idade
É o "Renascer" da felicidade
A alegria é geral
Vem, vou levantar o seu astral
É o reflexo do meu carnaval
Sou Jacarepaguá
E vou te conquistar, meu amor
É o sol que vai brilhar
Na luz do seu olhar
Hoje eu vou, que vou.
sexta-feira, outubro 22, 2004
Esquentando os tamborins na final
É hoje que acontece a grande finalissima do samba na quadra do G.R.E.S. Renascer de Jacarepaguá.
São 3 sambas que estão na final e já tenho um predileto. De qualquer forma, hoje a espectativa que a quadra fique bem cheia.
Estarei lá até 4 da manhã na bateria.
Estão todos convidados:
A Renascer fica no Largo do Tanque, s/n.
Tanque - Rio de Janeiro-RJ
A dica é chegar antes das 00:00 horas pra entrar de graça.
Da internet, claro
Carta Resposta da Rosinha para o jornal The IndependentVery Excellent Mister Gringo,
We read in your niuspeipe that Rio is quepital of coqueine. And worse, dat here is laiki Sudan i Xexenia. Rio is veri, veri diferenti, Rio is wonderful. We nou deti is bicose de elexion, and this articol has the finguer of Cesar Maia, from devils party.
Do not mix garlic with bugarlic.
Rio is Rio, Sudan is Sudan and Xexenia, I dont know uere it is.
Best regards,
Little Rose,
Wife of Little Boy,
Governor in charge of wonderful city
quinta-feira, outubro 21, 2004
A Morte do Super-Homem
É um passaro... é um avião? Não, é o Super homem. Lembro da música de abertura do filme, tantas vezes peguei canetinha e pintava um "s" em meu peito, ou me enrolava numa toalha inventando que eu era o Super-Homem. Todas as 72 vezes que a Rede Globo reprisou o filme, assisti todas, já decorando até algumas cenas e falas. Adorava a dramatica cena de Luthor (Hakman) revelando o plano imobiliario no sub-solo, a Kriptointa no seu pescoço, quando ele é jogado na piscina e da Srita Montegomery que vai salvar o super, quase se afogando. Mas ele se foi.
Bom, caro bloggueiro, depois que o Super Homem morreu, o que nós faremos agora?
Brincadeiras a parte, Reeve foi um verdadeiro heroi na batalha contra o preconceito aos deficientes, e um simbolo de luta contra a morte e a depressão.
terça-feira, outubro 19, 2004
O Quinto Elemento Americano
Longe de ser a Segunda opção do carioca, em termos futebolísticos, me causou surpresa a entrada do Americano no quadrangular final da série C do Campeonato Brasileiro de 2004 e minha torcida é para o clube alvinegro de Campos dos Goytacazes.Além do Americano-RJ, Gama-DF, União Barbarenense-SP e Limoeiro-CE completam o quadrangular.
Afinal de contas, na primeira divisão Botafogo, Flamengo e Vasco estarem perto da zona de rebaixamento e o Fluminense aspirando o limbo entre o 5 ao 13 lugar (simplesmente coadjuvante), desanimando o torcedor de qualquer dos grandes times do Rio de Janeiro.
Ou seja, o Americano, hoje tem a real possibilidade de ser campeão ou vice na terceirona, passando a ser o quinto elemento no campeonato brasileiro. Não sei se foi por sorte ou mérito (porque não assisti os jogos) mas desde o inicio do ano, Americano se credenciou no campeonato carioca, deixando o Botafogo fora das semi finais.
Sendo o quinto elemento do futebol do estado, espero que o Americano volte pra Segunda Divisão. Bem verdade que o clube tem uma imagem antipática, porque dente os torcedores e o quadro social, está o famigerado Eduardo Vianna – O Caixa D’agua presidente deposto da Federação de Futebol do Estado Rio de Janeiro
Se o caro bloggueiro amante de uma peleja futebolística, quiser acompanhar o desenrolar dos jogos e da classificação fica aqui minha sugestão para o seguinte site:
http://odia.ig.com.br/sites/ataque/brasileirao2004/seriec_classifi.htm
Então...Que vença o Quinto Elemento, e que passe a ser o único representante do Rio na Segunda Divisão!!!!!
segunda-feira, outubro 18, 2004
600
Mais do que comemorar cerca de 25.560 acessos (o que é um numero extremamente significativo para um "não jornalista") dos caros bloggueiros fiéis a esta babilônia, quero mesmo é comemorar as 600 vezes que foram postados textos e imagens.Claro que este numero tem a participação do Claudio, Joana, Fernando e Everaldo que juntos formam o Blog da Babilonia.
E agradecer os amigos cativos que sempre visitam e comentam desde: Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rondonia e também os amigos de Portugal.
Obrigado!
domingo, outubro 17, 2004
Aniversário na Feira do Anil
Ontem comemoramos aqui no Anil o aniversário de Rogério Alvarenga, com muita cerva e amigos:Rogerio feliz da vida em seu aniversário!!!
Um brinde ao aniversariante.
Do outro lado da mesa
Rogério Alvarenga e Renato Motta
Rogério Alvarenga (apelidado de Clone do Juan) e Welington.
O Ponto no ponto
A sexta feira chuvosa no Rio de Janeiro tendo que levar meus alunos pra jogar uma pelada em pleno Aterro do Flamengo das 14 às 17 horas. Observando o tempo nublado, me inspirou um poema breve:No Ponto
Por Renato Motta
Meu ângulo de vista
Desloca-se
Desta realidade,
Absurdamente imporvável
No ponto de interseção
Entre todas as possibilidades
De uma pirâmide estática
Meu absurdo possível
Se estanca radicalmente
Tornando-me instável
Frente as doses de emoção
Destilando a adrenalina
Invisível
Nas costas ásperas do Pão de Açucar
sexta-feira, outubro 15, 2004
Tempo Babilonicamente Perdido
Tenho a honra de anunciar nesta babilonia que Rogério Alvarenga se encontra por aqui e passei a ser o anfitrião deste Ribeirão Pretense nas terras fluminenses.Ontem, após um happy hour em frente a praiade Ipanema, passamos na livraria da Travessa onde pude folhear o livro BLOG, resultado de uma tese de Comunicação e que a Elis Monteiro comentou.
Acredito que a Babilônia quase foi relacionada na referencia de blogs que a autora cita. Não é a toa que tenho percebido uma visita grande de pessoas que vão do baticum parar aqui na babilonia.
De qualquer forma, a babilônica Joana Ribeiro também está com uma citação interessante sobre o perfil dos bloggueiros e a relação com a profissão de jornalista. Fica a questão: seríamos ou não contratados para fezer colunas em jornais?
Confesso ao caro bloggueiro que fiquei muito tentado em aquirir um exemplar deste livro para ter uma opinião mais contundente sobre a recente obra. Enquanto isso estou lendo: Cibercultura de Pierre Levi, traduzido e publicado no Brasil pela Editora 34.
quarta-feira, outubro 13, 2004
Dinâmica da Lingüística
Sim, cheguei a uma conclusão sobre a Dinâmica da Lingüística.Os pensamentos são como relógios fluidos de Salvador Dali, escorrendo ou transbordando pelo cume instável do celebro, saturado de informações e reflexões.
Particularmente inexistente, até engessarmos em algum meio ou mídia, seja num tosco papel de pão até a requintada interface gélida deste Bolgger.com
"Voilat", as palavras surgem dando significado a dinâmica lingüística - está aqui, neste momento, onde o caríssimo blogueiro iniciou a alguns instantes e que pacientemente me atura até o ponto final deste parágrafo.
Cabe a mim, finalizar este rodeio introdutório e partir para os "finalmentes" (como diria o personagem de Odorico Paraguassu no "O Bem Amado" de Dias Gomes).
Ando impressionado com a iniciativa da TV Cultura - de incentivar a literatura de forma inteligente no programa Contos da Meia Noite
A fórmula é simples:
Um ator interpreta um fragmento de uma obra. Nada de gestos largos ou jogo cênico, apenas closes que vão se sobrepondo ou confundindo, dando velocidade ao texto em questão.
A edição valoriza a obra. A impressão é de um mar de palavras inundando nossos pensamentos, dando a exata noção do dinamismo literário de forma ampla e confesso, despertando meu profundo interesse sobre a obra em questão e pelo texto original.
A qualidade também reside na escolha dos atores que interpretam estas obras, no primeiro que vi foi Matheus Nachtergaele brincando com o timbre de voz, e ontem tive a oportunidade de ver a interpretação de Walmor Chagas para o conto "O Indigente" de Adalgisa Nery do livro: "Contos da angústia'', revela sua sede de justiça social.
Sobre a série
Contos da Meia-Noite faz uma leitura de obras de autores consagrados da literatura nacional. Com exibição de segunda a sexta, a série inédita é uma parceria entre a TV Cultura e a Imprensa Oficial. No total, mais de 100 contos integrarão a série com programas de até 10 minutos.
Parabéns para a TV Cultura - que pela qualidade dos textos e pela excelente realização na valorização da literatura brasileira com as cores de Língua Portuguesa.
segunda-feira, outubro 11, 2004
Babado do Fim de Semana
Eu sou o samba, sou Renascer de Jacarepaguá (...)
O fim de semana foi assim mesmo, e o destaque foi no sábado lá no Saara, onde a bateria do G.R.E.S. Renascer de Jacarepaguá se apresentou na festa do Babado da Folia (loja de artigos para o carnaval).
Além de nossa agremiação, a Santa Cruz também particpou da festa. Para que o caro bloggueiro possa conferir, publico as fotos de Roberto, responsável pelo registro fotográfico digital:
No ônibus, indo para o Centro da Cidade do Rio de Janeiro - Muita farra e samba
A princesa (com a fantasia) e a Rainha da bateria, Vivian; posam para uma foto conosco
As cores da ala das baianas em destaque
As belas e formosas passistas se preparam pra entrar em cena
O mestre sala no tom da alegria
Uma panorâmica da bateria da Renascer de Jacarepaguá; Me achou?
A evolução da porta bandeira.
Close da Bateria da Renascer. Agora está mais fácil de me ver.
No fim da festa, foi curtir a bateria da Santa Cruz com cerveja, junto com a galera do tamborim.
A Palavra da Horda
Deve ter sido usura de minha memória, não vejo outra explicação para tão grave lapso e saiba o bloggueiro que tenho me esforçado a dois meses e nada de me lembrar do nome daquele filme.Já procurei pela Internet e nada de achar o nome. Pensei até em consultar os maiores especialistas de filmes de ficção da SOCABA, Mauro Katinguelê ou Pedro de Greenville, mas não tive oportunidade de falar com os confrades.
O enredo deste thriller norte-americano é simples, acompanhe-me:
O mundo sofre um ataque biológico e todas as pessoas acabaram se tornando zumbis esfomeados que atacam de noite, porque à luz do dia, esta horda fica escondida. A luminosidade incomoda esses humanos doentes. O personagem principal mora numa super mansão com suprimentos e armas para se proteger.
Esses monstros humanos têm um líder que a todo o momento está bolando planos para atacar a casa. Cabe ao personagem fugir. No fim do filme aparece o ator, dirigindo seu Mustang vermelho pelas desertas ruas de Manhattan ao entardecer e o som das criaturas.
Tudo bem normal para um filme de ficção da década de setenta, mas por coincidência, hoje percebo que vivemos essa realidade.
Sendo bastante explícito: andando pelo bairro da Freguesia, tenho percebido um aumento de casas com “grades eletrificadas”, com “dispositivos de luz” que ascende automaticamente assim que passamos perto das portas gradeadas. Assim que fui “iluminado”, me lembrei imediatamente deste filme.
Fiquei refletindo se as hordas bestializadas do filme são os excluídos socialmente, e o solitário personagem nada mais é do que uma alegoria do homem contemporâneo que vive em seu mundo consumidor - a individualidade elevada ao absurdo – consumindo os bens de serviço – No filme os funcionários são invisíveis e a única ameaça é a horda; os excluídos.
No filme, a horda vai sofrendo baixas consideráveis, seja levando tiros, pisando em minas terrestres até perceber que a luz pode ser suportada e a casa conquistada, cabendo ao personagem fugir pra cidade deserta – que na verdade está infestada de hordas também.
Será que essas câmeras e esse sistema de luzes que ascendem e apagam nos condomínios também não serão ultrapassados? E quando os bestializados reais começarem a se organizar pra atacar em massa a idéia de mansão? E afinal de contas, em qual grupo estaremos? De uma coisa é certa, esse é um filme, que na minha opinião, conseguiu registrar um tempo futuro (o nosso) e o agravamento social do século XXI.
quinta-feira, outubro 07, 2004
Cordel do Fogo Encantado
Esse é um trecho do primero disco do grupo Cordel, declamado por Lirinha que vale a pena ser lido:
"A gente vem lá do sertão de Pernambuco, de uma cidade
chamada Arcoverde.
O poeta *Zé da Luz, do início do século escreveu uma poesia, porque falaram pra ele que pra falar de amor é necessário um português correto e tal.
Aí Zé da Luz escreveu uma poesia chamada "Ai se sesse" que diz assim..."
Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dos se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?...
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!
O Poeta Zé da Luz - Severino de Andrade Silva, nasceu em Itabaiana-PB, em 29/03/1904 e faleceu no Rio de Janeiro-RJ, em 12/02/1965
quarta-feira, outubro 06, 2004
Fala Sério!!!!
Oficialmente os orgãos da imprensa Norte-Americana confirmaram que nuca houve armas de destruição em massa no Iraque.
Mas, fala sério!!! O carissimo blogueiro acreditou quando o presidente dos EUA disse que o Iraque tinha armas de destruição em massa???? E atacou impiedosamente!!!!
E nada abala a candidatura desse insano à Casa Branca!!!
Alias bem conveniente Poweel dar uma passadinha pelo Brasil né????
Quando, que a ONU vai realmente julgar os crimes de guerra Norte Americano, contra os diversos povos do planeta???
E de longe ouvimos do presidente um "apolgise"!
terça-feira, outubro 05, 2004
Breve Curriculo
Pelo Poeta Aldo Medeiros
Desbanquei os poderosos na CPI
pus o dedo na cara do FBI
comandei passeatas do Oiapoque ao Chuí
dei a volta nos otários do FBI
toquei na banda da Rita Lee
dei toques de ioga ao Mahatma Gandhi
Rolou um clima com a Naomi
dei entrevistas pra acabar com o tititi
zoei com Zacarias, Mussum, Dedé e Didi
amarrei as luvas de Muhamad Ali
ensinei novos golpes a Bruce Lee
cruzei o deserto num rallie
atravessei o Atlântico num jet-ski
surfei maremotos no Havaí
veio Moby Dick, eu fiz um sushi
fui cosinheiro na casa da Fat Family
ensinei harmonia a Debussy
Filosofia a Guattari
Perspectiva a Salvador Dali
já fui vanguarda, retrô, pós-tudo, dejá-vu
and the Oscar goes... to me
segunda-feira, outubro 04, 2004
A Babilônia em Chamas
Zapeando pelos meus blogs favoritos (hoje tem muita coisa impressionante on line), principalmente na dica de Cora Ronaí para um site sobre uma farsa do caso do avião no Pentágono - parece coisa de cinema e inicia com um discurso de Hitler VEJA AQUI.
Mas nada me chamou tanta atenção quando o texto da gaúcha Pamela Marley e sua Babilônia em Chamas sobre o tal: Ressonância Schumann. É... pode ser, vejam:
"Tanta violência, tanta miséria, injustiça, mortes, tanto estresse, tudo isso não podia ser normal. Estamos no inverno e aqui na minha cidade o calor chega quase aos 40ºC. Toda a semana uma notícia nova de algum conhecido assaltado, morto, doente. Cada vez mais pessoas com câncer. Cada vez mais gente passando fome. Cada vez os dias passam mais rápido, não temos tempo pra nada: Páscoa, Carnaval e quando vemos, já é Natal novamente. Todos comentam sobre a rapidez com que passam os dias.
É, não é apenas impressão nossa. Isso tudo tem fundamento científico, por incrível que pareça. Apresento-lhes a Ressonância Schumann. O físico alemão W. O. Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (daí chamar-se ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma freqüência de 7,83 hertz.
Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80, e de forma mais acentuada a partir dos anos 90, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo. O coração da Terra disparou. Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real nesse transtorno da ressonância.
Com certeza a Mãe Terra está buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai conseguir. Não sabemos o preço a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos e, enquanto isso, vamos sobrevivendo em meio a esse caos devastador.
A Pammy tá contando com o caos mundial, bem ao estilo: Acredite, se quiser... E eu, caro bloggueiro, penso que nunca tinha lido nada a respeito deste tal fenômeno, fico no observatório dos acontecimentos.
domingo, outubro 03, 2004
O Relógio
Minha adolescência, confesso nunca ter sido inspirado por atos violentos, ou seja, nada de revidar, até porque não sou fã destas práticas – vulgarmente conhecida por (com o perdão da palavra): cair na porrada.
Assim que completei 13 anos cheios de inexperiências, ganhei de meu velho pai um relógio digital cheio de recursos, dentre eles: cronômetro, tempo regressivo, “luzinha”, despertador e hora, dia e mês. Feliz da vida, ostentava meu poderoso digital pelas ruas de Jacarepaguá e que me servia como guia, seja onde for.
Mas não é que numa tarde comum, andando em minha pequena bicicleta pelo bairro, passaram dois moleques numa velocidade absurda, num “zaz” de causar inveja ao Flash, capturaram meu relógio que foi violentamente arrancado de meu pulso. Meio atônito ainda tive forças para gritar:
- Ei!! Isso é meu!!!
Evidente que os jovens nem me ouviram e comecei a chorar compulsivamente, indo na mesma direção dos mais terríveis bandidos da minha história de vida. A cena que se configurava era meio patética, eu na rua chorando como um bebê mal alimentado, empurrando uma bicicleta, e as pessoas me olhavam com certo espanto.
O caso mais interessante foi de uma mulher que extremamente preocupada perguntou-me se eu havia sido atropelado ou caído da bicicleta. Entre soluços e choro consegui dizer:
- Roubaram meu relógio!!!
- Só isso!!!! Pensei que fosse algo grave. Tenha paciência!! – Quase que me condenando por ter sido furtado.
Mas parece que meu escândalo surtiu efeito, um senhor tinha visto a cena, tentou interceptar os garotos que pra se livrar do flagrante, jogaram meu relógio fora. Que me foi devolvido no mesmo instante. Apesar da correia destruída, o visor falhando e o tempo regressivo em mal funcionamento, estava com o meu singelo relógio de volta.
Depois deste episódio me lembro de ter passado por mais duas experiências de furto, mas sem a mesma reação, evidente. Confesso que o trauma de um furto, ou roubo é sempre negativo, porque carrega a marca de uma violação. De um ato violento, capaz de causar a cólera dos Deuses Gregos.
O Rio de Janeiro tem sido estigmatizado por essa violência por quase uma década. A dimensão é internacional e somos nós que perdemos com esses atos. Fruto de uma série de descaso político, de um processo histórico que se inicia quando a família real se instala em nossa cidade elevando o Brasil à Reino Unido de Portugal e Algarves, atraindo povos de todos os lugares.
Sei que a violência carioca é tão grande quanto em Vitória, Porto Alegre, São Paulo, Recife, Belo Horizonte, etc... Nosso grande diferencial é que a cidade, já com suas relações sociais esgarçadas até o limite da tolerância e das fronteiras entre todas as esferas de poder, estão se sobrepondo, atravessando, numa luta invisível diária e que em certos momentos são percebidas.
Conviver com esse clima de medo e pavor é o pior de tudo – vi a síntese desta sensação no último filme de Michel More - Mas tenha certeza meu caro bloggueiro. O Rio de Janeiro continua lindo e é uma ótima opção pra quem não conhece; e pra quem já conhece fica muito difícil não retornar a Cidade Maravilhosa – Babilônia do Sudeste.
É amanhã...
Comigo foi assim, em 1984 tava lá na Presidente Vargas no meio de uma multidão que em coro exigia "Diretas Já". Era muita gente e me chava a atenção os bonecos gigantes representando o "FMI Ladrão" e as bandeiras vermelhas: PT, PCB, PDT, dentre outras. Foi quando fui agente da História do Brasil.
Depois de quase 20 anos de ditadura militar, em 1989 - eleições (junto com o meu pai, meu primeiro voto voto pra Presidente). Uma esperança grande no ar de renovação e transformação da sociedade tendo o Lula como meu candidato. Fomos pras ruas, abanei bandeira, gritei, mas perdemos pro tal PRN de um tal Collor. Mas a esperança continuava nas eleições seguintes: (seja qual fosse) disposição, luta, ir pra rua e fazer boca de urna, convencer que do papel importante de se eleger a esquerda.
Eles - a direita, tinham que alugar militantes e nõs iamos pra rua com a convicção e a ideologia pra convencer os eleitores indecisos com nossos argumentos infalíveis. Hoje meu titulo se encontra em Olinda.
Breve pausa: (que engraçado, até aqui, o texto fez-me sentir como Arnaldo Jabour em suas divagações, geralmente reacionárias, sobre o fim da esquerda. Tô fora!!!)
Confesso que pensei muito em viajar pra Pernambuco só pra votar, mas a grana não me permite tal estravagância.
Aqui no Rio a conjuntura é feia:
A esquerda dividida entre Bittar (PT) e Jandira (PC do B) alcançando no máximo 5%. Cesar Maia (PFL) na frente e em segundo o evangélico pastor Crivela (PL) e o meu desânimo com essa conjuntura.
Cabe então fazer uma pequena boca de urna lá pra minha Zona Eleitoral. Pra Prefeito de Olinda elegeria Luciana (PC do B) e pra vereador Marcelo Santa Cruz (PT). Mas se o pernambcano estiver em Recife é João Paulo na cabeça e em Jaboatão dos Guararapes Paulo Rubens Santiago.
PS: Ultimas notícias de Pernambuco me confirmam:
sábado, outubro 02, 2004
O Orkut foi pro espaço?
Quando me deparei com uma mensagem publicada no Enfim!! de Carol Bessa, achei que fosse somente um problema dela. Vejam:
"Há dias tento entrar no Orkut. Alguém tem conseguido?"
Pois não é que a partir do dia que li essa matéria, não tenho conseguido entrar no Orkut, que parece demosntrar falhas em seu sistema. Não sei se Elis Monteiro, Joana Ribeiro ou Cora Ronai já constataram se isso é um problema do sistema de nosso amigo arábico - Orkut, ou se realmente a pane é de meu PC.
sexta-feira, outubro 01, 2004
Delicie-se com Mafalda
Delicie-se com Mafalda, do Quino. Ela comemora 40 anos. Vai lá:
http://www.clubcultura.com/clubhumor/mafalda/index/nacimiento.htm
http://oglobo.globo.com/online/cultura/146080133.asp
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