Poesia, contos, casos e histórias...
Babilônia pouca é bobagem
Caledoscópio de Renato Motta
quinta-feira, fevereiro 19, 2004
Está chegando a hora! Poucas vezes na vida acreditei nos meus sonhos. Sempre tive a sensação de que eles eram impossíveis e, por isso mesmo, nunca corri atrás deles. Mas é uma surpresa maravilhosa ver que, sem tratá-los como sonhos, já realizei vários objetivos. Pode parecer brega, mas subir a Torre Eiffel é uma sensação indescritível. Assim como foi, aos 14 anos, assistir a um show de Paul McCartney (sim, joguem pedras, mas eu me agarro a qualquer coisa que me transporte, ainda que só um pouquinho, aos tempos dos Beatles) num Maracanã lotado e ao lado do meu pai. Pois agora estou prestes a realizar um dos maiores desejos que carrego desde os oito anos, quando vi o público invadir a pista do sambódromo para ovacionar a Mangueira e a escola, ao fim do desfile, voltou em direção à concentração com o povo em delírio atrás, cantarolando o samba "Yes, nós temos Braguinha". Foi a primeira vez e certamente a última que isso aconteceu. Tudo bem, joguem pedras de novo, mas não tem jeito, sou mangueirense de coração e nada vai me fazer mudar. Neste domingo, voltarei ao sambódromo, onde estreei ano passado pela simpática Porto da Pedra (esse ano estarei no Tigre de novo, na segunda-feira!), para desfilar pela Mangueira. Desde muito pequena, dizia e repetia para o meu pai todo carnaval: "Ano que vem, não tem jeito, vou sair na Mangueira". Ele sorria e fazia aquela cara de "essa garota..." que sempre fazia quando sentia que eu ia aprontar alguma (e eu aprontei muitas, para orgulho dele). Mas todo ano o desfile era adiado. Desta vez, realizo o sonho meu e dele, que torcia para que um dia eu conseguisse. Na Quarta-feira de Cinzas, seja qual for o resultado do carnaval, volto ao Babilônia para tentar descrever meu desfile, que certamente vai ser pura emoção!
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