Caras-pintadas mudam o tom 13 anos depois
Eles já pintaram o rosto de verde, azul, amarelo e branco. Hoje, talvez, preferissem o vermelho. De vergonha ou indignação: 13 anos depois de tomarem as ruas do país, ajudando a fortalecer o movimento pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, os caras-pintadas de 1992 se mostram perplexos com as denúncias de corrupção no governo Lula. Mais ainda porque atingem justamente um partido, o PT, e autoridades que, lá atrás, também engrossavam as fileiras da ética na política.
— Em 1992, o movimento estudantil teve papel importante no desfecho da crise. O contexto hoje é diferente. É muito mais difícil ir às ruas contra Lula do que foi contra Collor. A UNE e a UBES não são institucionalmente contra o presidente e os caras-pintadas de hoje não têm a mesma força. Além disso, há pessoas que, como eu, ainda acreditam em Lula — afirma Renato.
Fonte: O GLOBO
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