terça-feira, dezembro 30, 2003

O próximo, faz favor!


Assiti à chegada de 2003 com amigos do coração. Bebida, comida, gente simpática. Uma pessoa muito especial. Foi bom enquanto durou!
Carnaval no Rio. Caramba! Como é bom sair no Cordão do Bola Preta!
A volta ao trabalho. Aqueles adolescentes me estressaram bastante esse ano.
Viagem pra Nova Friburgo... eita feriado bom!
Cervejas, amigos, churrascos, e mais cervejas!
Samba, muito samba. Samba dos Escravos da Mauá, samba da Família Portelense. Cacique de Ramos, Negão da Abolição. Dorina!
O retorno à UERJ, primeiro colocado na prova de transferência pra jornalismo. E o retorno aos bares em frente à UERJ. Aliás, retorno não. Permanência! Farias, Seu Ernani, ChoppGol, Planeta do Chopp, Rio 40 graus.

Estamos a praticamente um dia de 2004... Muita gente costuma fazer uma lista de "resoluções" para o ano que inicia. Eu vou incluir apenas uma: viver intensamente, como eu fiz em 2003. O resto é conseqüência!
Um feliz ano novo para todos!

Receita de Ano Novo
Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Desde a morte do meu pai, no início de dezembro, tive a sensação de que nunca mais daria uma gargalhada verdadeiramente alegre. Nunca mais veria graça em bobagens e brincadeiras que sempre me fizeram tão felizes. Nunca mais conseguiria dormir sem antes chorar alguns minutos. Bem, desta última coisa ainda não consegui me livrar, mas sei que o tempo vai me ajudar. Quanto às gargalhadas, hoje vejo, aliviada, que as mesmas bobagens e brincadeiras de sempre continuam me fazendo rir até doer a barriga e que ainda vejo graça nisso tudo. Fui a todas as festas de fim de ano a que tinha planejado (e ainda inventei algumas outras), não recusei convites para chopes (apesar de continuar bebendo apenas água sem gás e quente) e me cerquei das pessoas de que mais gosto para segurar o tranco. Fundamental. Graças a estas pessoas, de diferentes grupos, lugares, idades, humores, tudo!, estou aqui conseguindo ver a possibilidade de 2004 ser um ano bom.

Vou comemorar neste réveillon não só a chegada do ano novo, mas também (e principalmente) o fim deste ano que até o dia 4 de dezembro estava entrando para a história como um dos melhores da minha vida. Vou comemorar a confirmação de velhas amizades, a descoberta de outras tão importantes quanto e a redescoberta de algumas que andavam adormecidas. Vou comemorar cada vez que Ana Luísa falar "titi" (apesar de Sanny insistir em duvidar que ela já me chama assim).

Vou comemorar a vida. Ele viveu como queria e o quanto deu. Agora deixou comigo a obrigação de seguir o caminho. E eu vou fazê-lo da melhor maneira possível.

Um excelente 2004 para todos vocês. Quero acreditar que para mim assim será. Em todos os campos.

Imagens de Pernambuco



Nossa estadia em Olinda - casa de Ticiano

Os Socabas na Ribeira em Olinda

Renato Motta na Igreja da Sé

Renato Motta, Madureira e Rogério Coroinha - vamos tomar uma cerva?

Confirmando o Ano Novo


Pessoal
O ano novo da SOCABA vai acontecer no dia 31 para o dia 1.
LOCAL: Alto da Ribeira, em Olinda.
Já estamos com as camisas do ano novo.
O telefone daqui é: (81) 3439-6608

Amanhã é o dia das pessoas adquirirem as camisas da SOCABA.

Prelúdio de um 25 em Pernambuco


00:30 - Natal apressado, meia noite e meia, nada de táxi, desespero de minha família, e eu tentando contactar o taxista que me levaria ao Aeroporto Tom Jobim. Nervoso na cozinha de minha casa, ligando para o FREGUESIA TAXI.

1:10 – finalmente chega o taxista, que em menos de vinte minutos me deixa no local de embarque, faço o cheking, me sento na ultima poltrona e pronto fico apreciando minha viajem pela janelinha do avião, mas o mau tempo atrapalha as luzes das cidades, 5 da manhã, finalmente... pouso tranqüilo na terra de Gurarapes.

5:00 / 6:00 – Nada de Alexandre, fico dormindo nas cadeiras do aeroporto, até a chegada de meu amigo, que me leva para sua casa.

10:00 – Ribeira – Olinda, nada de Ticiano – será que está em Salgueiro ou Fortaleza? E eu aqui do lado de fora, única solução, me instalar na casa de Paulo Alexandre.
Com duas Xiboquinha, inauguramos os trabalhos, e realmente percebi. Agora estou em Recife, que saudades!!!

Depois passei a tarde em Boa Viajem, Estância e finalmente fui dormir... mas antes... doze garrafas de cerveja Frevo.

quarta-feira, dezembro 24, 2003

Cavalo Marinho de Mestre Salu



Que sorte a minha em ter grandes amigos em Pernambuco. Eles já me mandaram por email as felicitações pela minha chegada e programaram uma atividade para o dia 25 de dezembro em Recife.
Ver o Cavalo Marinho de Mestre Salu. Sempre tive desejo em ver o Cavalo Marinho no Nordeste e João Filho vai me levar. É uma grande representação folclórica da diversidade cultural Nordestina.

Em meados de 1982, a Editora Abril lançava uma coleção chamada Histórias e Músicas Brasileiras – Taba. Além da história, vinha dentro um Compacto (para ver e ouvir).
O primeiro fascículo era sobre a história de Marinho o Marinheiro e Gilberto Gil era o artista convidado pra cantar as músicas. Tem uma sobre o Cavalo Marinho que eu, particularmente, adorava:

Cavalo Marinho
Chega mais pra diante
Faz uma mesura
Pra toda essa gente!
Cavalo Marinho
Dança no terreiro
Que a dona da casa
Tem muito dinheiro!
Cavalo marinho
Dança na calçada,
Que a dona da casa
Tem galinha assada
Cavalo marinho
Já são horas já
Dá uma voltinha
E vai pro seu lugar

terça-feira, dezembro 23, 2003

O Natal do Menino de Rua


Pela poetisa Corina Maria Nassone

Para alguns hoje é uma noite muito especial
Mas para mim é mais uma igual a tantas outras
Amanhã sim! O dia será diferente
Porque no lixo vou encontrar migalhas gostosas
Que sobraram das mesas das crianças felizes.
Andando pela cidade, Papai Noel encontrei
Sentado ao pé de uma escada
Os seus olhos estavam tristes, a voz um pouco cansada
Eu logo imaginei! Estava me procurando
Saco nas costas não tinha
Já sei! Alguns dos meus amiguinhos
Querendo ganhar um brinquedo
Assaltaram o bom velhinho
Fiquei sentado ao seu lado, e contei-lhe a minha história:
Eu sou um menino triste, vivo apanhando nas ruas
Descalço, sujo, rasgado
Comendo restos nos lixos para matar a minha fome
Ás vezes não sei para onde ir
Não tenho para onde voltar
Durmo pelas calçadas e me cubro com jornais
O meu nome? Já nem sei! Só me chamam trombadinha
Mas o que eles não sabem, a culpa não é só minha
Agora quem sabe sou eu, dai-me nessa noite santa
Um pouco do teu carinho, um pouco do teu amor
Segura a minha mão nas suas
Pois elas ainda estão vazias
Talvez assim eu esqueça
Que sou um menino de rua.

Corina nasceu em 27/06/1929 em Pernambuco, moradora do Morro do Macaco, em Vila Isabel no Rio de Janeiro, participa do projeto Melhor Idade do CEACA-Vila. Adora escrever, mesmo tendo apenas o curso primário. Com esse poema, Corina ganhou o Premio Talentos da Maturidade do Banco Real – Categoria: Literatura em novembro de 2003.
Seu pseudonimo reflete a sua personalidade. Flor do Ébano.

Feliz Natal, Que venha o Babilônico 2004




Aos amigos bloggueiros que insistentemente fazem das visitas ao meu pequeno espaço virtual, um dos motivos principais de minha parca dedicação. Escrever, escrever, escrever... Que ofício interessante e instigante... Mais que um diário, uma busca pelo texto leve e interessante

Aos meus esforços, e as casualidades, que em pouco tempo fizeram o dispositivo de page views aumentar para Estratosfera de quase 15.000 acessos. (pó, é gente pra caramba querendo ler o que ando fazendo). Em especial Cláudio Motta, Elis Monteiro, Joanar e Luis Gravatá.

Aos mais incisivos bloggueiros que deixam comentários, opinam, quase que religiosamente num sistema de comentário mais pilantra que já vi, que não se definiu se vai ou se fica aqui na Babilônia,.

Aos meus amigos da SOCABA, responsáveis pelas diversas experiências que aqui são postadas.

Ao G.R.E.S Unidos do Anil, que tem sido um espaço de aprendizado constante, tanto musicalmente quanto na percepção da lógica de uma pequena Escola de Samba.

Aos amigos do CEACA-Vila, por serem uma família que, vai muito além de um simples trabalho, mas um aprendizado de vida, de pessoas que me ensinam a cada dia sobre a dura realidade, em se morar no Complexo do Morro do Macaco. Aqui minha vida é um desfio constante em pensar sobre a Inclusão Social. Essa é a minha missão.

Aos Blogues lincados, e aos que ainda irei lincar.

Aos bloggueiros que ainda não descobriram essa Babilônia. A todos o meu Feliz Natal e que venha o Ano novo babilônico.

Aliás, quero informar que no dia 25 estou indo para Recife e só volto no dia 13 de janeiro. Por isso não se assustem, a babilônia não morreu.
Se conseguir um computador conectado, tentarei postar alguma coisa aqui, lá das terras de Guararapes, como fazia em 2002.


A Babilônia será pernambucana.....

sexta-feira, dezembro 19, 2003

Legado Lebeis


"Já vejo terras de Espanha,
Areias de Portugal!
Também vejo três meninas
Debaixo dum laranjal."


Ontem faleceu um dos maiores magos e contador de histórias que já vi.

Fernando Lebeis, que além de escritor era também contador de histórias, sempre usava a cultura popular como ferramenta de suas aulas na Faculdade de Musicoterapia do Conservatório Brasileiro de Música-Centro Universitário.

Durante muito tempo viajou pelo Brasil divulgando canções folclóricas e literatura popular em oficinas organizadas pelo Proler (Programa Nacional de Incentivo à Leitura). Ganhou o prêmio Golfinho de Ouro, em 2002, pelo conjunto de sua obra em educação.

Realmente é uma grande perda para nós contadores de história.
Seu poder e energia em envolver-nos com contos e histórias seja qual fosse o assunto era impressionante.
Antes de morrer ele ainda lançou um livro no V Salão do Livro para Crianças e Jovens.

Tive o privilégio de presenciar uma de suas apresentações com 4 lendas indígenas do livro Moqueca de Maridos, me impressionou porque misturava mistério, lendas, sexo e cabeças voadoras.

No Simposio Internacional de Contadores de História, falou sobre uma lenda que envolve o nosso imaginario, o de todos os Brasileiros mas principalmente penrmabucano, a Nau Catarineta.

A expressão de voz e do olhar era mágico. Uma grande perda para a cultura popular.
Vai com os bons Tchocopoves Lebeis!

Grande Final no Anil


Hoje, a partir das 22:00 horas o GRES Unidos do Anil apresenta a Grande Final, onde vai ser escolhido o Samba-Enredo para o Carnaval de 2004, que esse ano é Gloria Perez – A Mensageira da Paz.
Local: RP 1000 que fica na Rua Nova no Rio das Pedras em Jacarepaguá.
Estarei na bateria, tocando a caixa.
Todos estão convidados.

Ontem no Bar do Mineiro


Ontem no bar do Mineiro em Santa Teresa, fiquei olhando para um poema colado em cima da porta. Era mais ou menos assim (não está correto, tem erros de reprodução sendo somente para ilustração):

CAUSALCAUSALCASU
SUALCASUALCASUAL


Viajei muito. Na primeira linha vi:
CAUS=CAOS, depois ALCA e em seguida USA
Na outra linha CAUSA
CASUAL
Minha capacidade de abstração está em forma.

quarta-feira, dezembro 17, 2003

Vai ter Xiboca no Batizado


Vamos levar Xiboquinha Philadélfia para os 200 inscritos no Encontro da UFF, hoje.

terça-feira, dezembro 16, 2003

Batizado da Babilônia



É amanhã, no combalido Encontro Nacional dos Estudantes de História que a SOCABA vai organizar o mai tradicional e esperado evento.
O BATIZADO DA BABILÔNIA

Temos baixas significativas na delegação das terras de Guararapes e da Marim dos Caetés - o Cardeal da SOCABA da PESTE Beto Barraca, Paulo Buda, Leandro Pajé e Taberneiro dentre os pais que sintetizaram a temível bebida nordestina PÁ BUFF.
Além da ausência do Coroinha da SOCABA Ribeirão Preto, tambem é desflaque insubstituivel na arte de confeccionar o nectar dionisíaco do Batizado da Babilônia.
Mas em compensação teremos a presença de Besouro, Madureira, Pepinho, Comandante Coelhinho, Geléia, Borboleta (eu), Enio, Bruno Babilônia, Musa Sativa, Wolverine, dentre outras lendas vivas.
Rasputin, Bizuin, Fudencio, Imperador e outros guias mestres de outrora, e da origem babilônica.
E a Babilônia em Chamas vai arder... na pinga

  • Local - UFF - Campus de Gragoatá
    Dia 17/12/2003 as 22:00 horas
    Niterói-RJ
  • sábado, dezembro 13, 2003

    E com vocês... Ridann


    Uma homenagem minha ao meu compadre Renato Cebola e seu filhão.

    Nasceu Ridann


    Por Renato Cruz Cebola


    Informo a todos os membros babilônicos que nasceu nesta quarta-feira 10/12 , às 22:50, no Hospital Pan Americano o meu filho socabinha cebolinha Ridann Gentil Cunha.

    O socabinha veio ao mundo medindo 45 cm e um peso de 2.780 kg. De cara deu logo uma mijada na pediatra e deixou seu pai bobalhão louco de felicidade. Não vou entrar na discussão de que é emocionante pra caramba. Na verdade é emocionante pra caralho !!!!!!!

    No dia 11/12 ele recebeu a visita do primeiro confrade ainda no hospital. Tio Chico foi dar as boas vindas ao bacuri junto com sua família, Bárbara e Pedrão. A galera (Renato, Everaldo, Fernando e Clícea) me ligou ainda na quarta-feira para desejar boa sorte e etc...

    Vou parando por aqui, pois o Ridann acabou de mamar e precisa arrotar. A única função do pai nesse momento é comprar as coisas e colocar para arrotar.

    Beijos a todos e saudações do dirigente papai, Cebola Miranda e família, incluíndo o Cebolinha

    sexta-feira, dezembro 12, 2003

    Aninversário de Noel com Sarau de Poesia




    Ontem, dia 11 de dezembro foi o aniversário de Noel Rosa, e Leandro (professor de Informatica do CEACA-Vila) pôs na Praça um projeto que ele sonhava em realizar.

    O I SARAU POÉTICO DO CEACA-VILA, teve como objetivo alimentar a alma com a poesia de poetas oriundos da Comunidade do Complexo dos Macacos em Vila Isabel.

    O evento iniciou as 18h na Praça Barão de Drumond, e foi marcado por uma série de atividades.

    A Oficina de Capoeira abriu as atividades e em seguida os poetas da comunidade começaram a se apresentar.

    Destaque para a sensibilidade e lucidez de Seu Zé Luis e Dona Corina, poetas do projeto da Melhor Idade, que não sabem ler nem escrever, mas que são mestres quando o assunto é poesia, daquela que vem do coração.

    A Escola Comunitária teve o cuidado de preparar trabalhos e exibir num telão historias sobre poesia, sobre poetas e sobre a comunidade incorporando tecnologia, e poesia.

    Aproveitei o espaço e declamei três poemas. Foi maravilhoso. Depois o professor de violão fez um animado baile na praça, com sua viola. Tomei cerveja, bailei, declamei, assim como faria Noel, se estivesse presente.

    O evento marcou tanto, que para março ou abril, estaremos organizando o II SARAU.

    O Sarau Poético é produto do Projeto de Trabalho da Escola de Informática e Cidadania do Centro Comunitário, que estará responsável pela organização do segundo evento, com a união dos alunos e educadores.

    A idéia final é que seja feito dois materiais a partir desse Sarau: um livro contando as Histórias de Vida dos poetas da comunidade e os seus ilustres poemas; além de um Vídeo Documentário sobre a vida e o cotidiano desses grandes poetas.

    Depois fui pro Botequim, no BAR DO SEU ERNANI, me encontrar com meus amigos da SOCABA, porque o calor de 40 graus estava escaldante e não sou de ferro.

    Conversa de botequim
    Noel Rosa e Vadico

    Seu garçom faça o favor de me trazer depressa
    Uma boa média que não seja requentada
    Um pão bem quente com manteiga à beça
    Um guardanapo
    E um copo d'água bem gelada
    Feche a porta da direita com muito cuidado
    Que eu não estou disposto a ficar exposto ao sol
    Vá perguntar ao seu freguês do lado
    Qual foi o resultado do futebol

    Se você ficar limpando a mesa
    Não me levanto nem pago a despesa
    Vá pedir ao seu patrão
    Uma caneta, um tinteiro,
    Um envelope e um cartão,
    Não se esqueça de me dar palitos
    E um cigarro pra espantar mosquitos
    Vá dizer ao charuteiro
    Que me empreste umas revistas,
    Um isqueiro e um cinzeiro

    Telefone ao menos uma vez
    Para três quatro quatro três três três
    E ordene ao seu Osório
    Que me mande um guarda-chuva
    Aqui pro nosso escritório
    Seu garçom me empresta algum dinheiro
    Que eu deixei o meu com o bicheiro,
    Vá dizer ao seu gerente
    Que pendure esta despesa
    No cabide ali em frente

    Rio, 40 graus!


    Depois de um dia de trégua, na quarta, quando o verão foi fazer uma visitinha ao inferno e até rolou uma brisa fresquinha aqui no Rio de Janeiro, eis que a estação da vez voltou com força total e, o que é pior: trouxe o inferno junto! E foi nesse calor infernal que alguns membros da SOCABA resolveram marcar mais uma reunião em seu escritório central, o buteco do "seu" Ernani, em frente à UERJ. Afinal, nada melhor do que algumas cervejas Itaipava para refrescar o espírito. Isso mesmo, ITAIPAVA. Somos ferrenhos opositores das cervejas da Ambev, que colocou os preços nas nuvens sem nenhum motivo pra isso.

    Dois dos editores deste amado blog compareceram ao evento: Eu e Renato Motta. Câmera em punho, registramos esse momento.


    Renato e sua eterna pose de galã.


    Eu, sorvendo o líquido precioso!


    Uma dupla de conteúdo! :)


    Visão panorâmica do buteco do seu Ernani.

    segunda-feira, dezembro 08, 2003

    O relato de uma terça no Trem do Samba (é grandinho, mas vale a pena encarar - Todas as Fotos de Fernando Peixoto)



    Marcado por encontros e desencontros mas principalmente por uma multidão que se comprimiu em 4 trens. O Trem do Samba foi divino, apertado, maravilhoso, cheio, lotado e cheio de histórias pitorescas que se espalham pelos diversos blogs que vi e bloggueiros que visitei. (Uma história que é repartida em diversos pontos de vista). Então vamos ao meu.
    Antes de tudo, tenho que confessar que fui o único a estar com a camisa da SOCABA, mas meus confrades poderiam ter avisado, que eu iria com a branca, ou mesmo coma do Unidos do Anil. Afinal o calor não deu trégua. Mais além, até São Pedro ajudou pois a chuva deu um tempo e o sol apareceu só para o evento.


    foto tirada dentro da estação Central do Brasil, momentos antes de embarcarmos

    Cheguei as 17:30 em ponto e me postei em um local estratégico, do lado de fora da Central do Brasil, mas bem em frente ao palco onde o samba tava comendo solto. Uma maravilha, longe do tumulto, mas bem perto do som.

    Ao meu lado uma ambulante vendia a Skol por R$=1.50. Falei pra ela:
    - Daqui não saio, daqui ninguém me tira. - e enquanto esperava Everaldo, sentia o vento, a música e observava o contrate entre passantes (trabalhadores que saiam da labuta) e nós, os passistas que estavam ali somente pelo Trem Samba.

    Não pude de deixar de prestar a atenção aos prédios do centro que compunham um belo quadro. Alias, a beleza do prédio da Central é um capítulo a parte, só no interior espaçoso, têm 4 painéis enormes e lindos, com imagens da década de 60 do Rio, São Paulo, Minas e Brasília, já meio desbotados pelo tempo, de idos tempos onde o trem era o principal meio de locomoção dessa cidade.

    Encontrei Kelly, Moniquinha, Lara, Sérgio Murilo, dentre outros amigos que não via a muito tempo. Reconheci um cara, mas cismei que o nome dele é Arísio (minha mania de dar esses vexames, cismar que é uma pessoa e insistir até o fim). Mas nada que comprometesse.

    Assim que entrei na estação, paguei a passagem, lá estava Fred Bittencourt (Pimpão), com uma cara de cachorro quando cai da mudança, com um celular em punho, me dizendo que o pessoal ainda tava lá fora...

    Resultado: saímos da estação, e eu só pensando em uma latinha desperdiçada. Droga!!! Mas beleza, contornamos e lá estavam Cristiano, Suzana, Fernando (Comandante), Carlinhos (Geléia) e Roberta.

    Lá pras 18:00 entramos na estação, vi o flautista e compositor Candogueiro que me deu um forte abraço. Lembramos, saudosos, do antigo projeto Roda de Samba no Museu da Imagem do Som que acabou faz tempo (eu trabalhava como assistente da produção e conheci esse povo todo do samba).

    Lá pelas tantas fomos para a estação entrar em algum vagão e...e ..e pronto, me distraí e me perdi de todo mundo, de novo.

    Entrei no primeiro vagão e vi Lara. Não satisfeito resolvi passar prum outro, foi quando entrou o pessoal do Império Serrano e abarrotou o vagão. Fiquei mais apertado que uma sardinha em lata. Mas tenho que confessar que foi providencial e perfeito.

    Acabei conhecendo, por muita coincidência, as meninas Fubangas. Muito, samba, suor, cerveja, e uns sacolejos providenciais. Parafraseando Caetano "Atrás do trem do samba só não vai quem já morreu".

    Bom, pulemos essa parte, cheguei em Oswaldo Cruz e a imagem era de dar pânico: milhões de pessoas na plataforma tendo que subir por uma passarela. Mas o pior era descer, quase que fui empurrado escadaria a baixo.

    Era impressionante o formigueiro humano do alto da passarela. Consegui sair ileso, mas tive que encarar outra multidão em frente ao palco principal.

    Uma das rodas de samba que rolou, essa, do outro lado da estação

    Assim que passei pude ver um pouco da apresentação de Nelson Sargento e a Velha Guarda da Mangueira. Espetacular, mas era impossível ficar, até porque ainda me encontrava sozinho. Muitas rodas de samba, muita gente, pensei: - Hei de encontra-los. Mas antes, tomarei uma cerveja.

    Bom, lá na ultima praça tinha um quiosque com preços razoáveis, comprei uma garrafa, sentei no chão e torci para que alguém aparecesse. Depois de ter tomado a gelada sozinho, fui procurar meus amigos. No meio da multidão vejo uma cara conhecida.

    Era uma menina que conheci na Secretaria de Habitação da Prefeitura do Rio e como tenho memória visual boa, foi fácil lembrar dela, mas cadê de lembrar o nome?

    Vez em quando, passo no seu Blog, Como Ser Solteira no Rio de Janeiro, na qual narra a saga dela pelo Rio, sempre na perspectiva de um dia encontrar o homem de sua vida que ela inventou na sigla HDMV.

    Pobre da moça, como raspei meu cavanhaque, ela não me reconheceu mesmo. Vejam, nas palavras dela, como eu a assustei:

    Quando estava saindo da Roda de Samba : UMA CENA HILÁRIA 2
    Um sujeito começa a falar -OI, OI, OI... pra mim.. e eu nem tchum... aí ele me puxa pelo braço .."OI! Eu te conheço! Você trabalha lá na Prefeitura! "
    Eu (achando que o conhecia e tinha me esquecido fico sem graça e digo): Oiii... tudo bom???..(como se tivesse lembrado!)
    Ele vira e diz : Poxa.. leio seu blog todo dia !!! E aí Comosersolteira? ..vai encontrar o seu HDMV hoje?
    Eu respondo: Não ...(atônita) eu to indo embora....... (agora indo embora apavorada!)
    Como assim?????? Fui reconhecida na rua???? .

    Relato de Mariana no Blogue Como Ser Solteira
    Só depois desse rápido diálogo, pensando que ela tinha me reconhecido, e andando na direção oposta é que lembrei que o nome dela é: Mariana. Coisas que só acontecem comigo.

    Mais a frente encontrei Fernando, depois Everaldo, a Socaba e as Fubangas vez em quando. Haja fôlego para a aquela noite, porque mais tarde, fomos para o outro lado da estação onde o samba rolava. Todas as cervejas tinham minguado, desaparecido e eu ficando cada vez mais embriagado. A ponto de chegar pro Marquinhos de Oswaldo Cruz, me apresentar e dar os parabéns pela grande festa do samba.

    No final da madruga, somente eu, Geléia e Fred. Alias, Carlinhos tava animado e enchia constantemente meu copo de cerveja, numa das últimas e derradeiras rodas de samba e eu pedindo arrêgo.

    Resolvemos ir embora. Nada de ônibus, passou uma Kombi e me meti pra Cascadura sem nem ter tempo de despedir de Geléia e Bolinho. De lá outra condução pro Anil e pronto, assim fui chegando em casa, morrendo de sono e lutando pra não desmaiar na Kombi e acordar no Rio das Pedras.

    Na foto superior da esquerda - eu, Fernando, Suzana, Roberta, Fred e Cristiano, do lado a velha guarda da Portela, em baixo Nelson Sargento e a velha guarda da Mangueira e do lado roda de samba

    O saldo foi positivo, Oswaldo Cruz ficou pequeno, o samba foi cantado e eu agora só tenho uma certeza. Que venha o ano que vem... Que vou pro trem do samba...

    O resto?!! Foi uma grande ressaca no dia seguinte. Numa quarta feira onde eu estava em cinzas.
    PS: Mais informaçoes do trem do samba no fotolog de Fernando:Samba etc...

    sábado, dezembro 06, 2003

    Renato Motta & Marcelo D2 tocam juntos amanhã



    Sei, sei que o caro bloggueiro não deve estar acreditando, não é?! Mas é verdade. Amanhã vou tocar junto com o Marcelo D2.

    A partir das 20:00 horas, Marcelo D2 irá fazer um show no RP 1000, que fica em Rio das Pedras, sub-bairro de Jacarepaguá – Estrada de Jacarepaguá numero 1.000.

    Quando Marcelo soube que a Bateria da Unidos do Anil está no RP 1000, através da matéria no RJ TV, a produção do show propôs ao mestre Paulão que tocássemos uma música juntos.

    Convite aceito, detalhes resolvidos. Por ser membro da bateria, ontem meu nome foi confirmado tocando caixa.

    Amanhã, dia 7 de dezembro de 2003 vai ser uma data histórica. Vou subir no palco junto com Marcelo D2, e vamos arrepiar na fusão do estilo de ritmos e sons. O show deverá estar lotado, e eu vou incluir mais esse episodio inédito no meu currículo musical.

    Além disso, vou entrar no RP 1000 sem pagar nada. Pra ver e participar do show.
    Babilônia mais completa não pode haver. Só precisaria de uma máquina digital para registrar o evento. Mas isso, a gente dá um jeito né?

    quinta-feira, dezembro 04, 2003

    Chá em Salvador-BA




    Caro Bloggueiro, tá pelos arredores de Salvador? Quer ouvir um forró pernambucano de qualidade? Então não perca o show do Chá de Zabumba.

    O grupo O Chá de Zabumba fará apresentação "case", no Mercado Cultural
    (Salvador-BA), domingo, às 17 horas, antes do show de Lenine.

    Imperdivel

    quarta-feira, dezembro 03, 2003

    Um poeta no Recife


    Segundo Leandro Ferreira correspondente de Guararapes, amigo e socabense da peste, no dia 29 de novembro de 2003, um poeta que se apresentava no Pátio de São Pedro no Recife Antigo mandou a seguinte pérola:

    Word Trade Center: errar é humano; acertar é mulçumano!

    Genial.....

    terça-feira, dezembro 02, 2003

    O Velho Esporte Bretão e eu




    Pois faltam somente duas rodadas para o final do Campeonato Brasileiro de 2003, onde o Cruzeiro é o grande campeão dessa temporada. Um plantel que teve competência, seqüência e preparação.

    Enquanto isso, pego a tabela e olho para o meu time de coração, o Clube de Ragatas do Flamengo, o Mengão, o mais querido do Brasil ocupando a nona posição, com 52 pontos e dois jogos: Com a Ponte Preta (no Maracanã) e com o São Paulo (no Morumbi).

    Vejamos o retrospecto do Flamengo. No Campeonato Carioca, chegou a fazer a final da Taça Rio contra o Vasco em fevereiro no Maracanã, mas o empate deu ao time da colina o caneco.
    Nesse mesmo campeonato, fui assistir o jogo entre Olaria X América, no qual o time americano perdeu por 1 a 0, numa atuação vergonhosa do goleiro do América Wagner.

    Na Copa do Brasil o Flamengo foi longe e chegou nas finais, encarando o todo Cruzeiro. Achei que esse título era do Mengão, ledo engano. Os mineiros empataram no Rio e foram superiores no Mineirão. E a Gávea ficou sem o caneco e sem a vaga para a Taça Libertadores da América de 2004.

    Com o inicio do Campeonato Brasileiro, fiquei desconfiado. Até onde o Flamengo poderia chegar. E em meados do segundo semestre, começou o a terceira divisão do Campeonato Brasileiro e fui acompanhando o América em dois jogos contra o Olaria. Vi o América perder nos dois jogos. E deixei o Mengão seguir seu caminho.

    Nesse próximo final de semana já está decidido, vou tirar minha camisa rubro negra do armário, sair de casa às três horas para dar uma força ao Flamengo. Até porque se eu for contabilizar prestigiei muito mais o Mecão do que o Mengão em número de jogos. Vejam:
    América 3 X 1 Flamengo (mas nas 4 vezes, vi o América perder e o Flamengo empatar) E preciso saldar esse déficit com o Flamengo.

    Não caros bloggueiros, não é para ver o Flamengo ganhar um titulo, porque isso talvez só aconteça no próximo ano, mas vou gritar, cantar, xingar o time de Campinas, terei o maior prazer em fazer coro para o rebaixamento da Ponte Preta e do Grêmio para o ano de 2004. E o Flamengo, esse torço para que consiga disputar pelo menos a milionária Copa Sul Americana. Porque nossa participação nesse ano foi vergonhosa, eliminados com duas derrotas pro Santos e Inter.

    Então finalizo com a bela musica de todas as torcidas do Rio:
    Domingo, eu vou ao Maracanã
    Vou torcer pro time que sou fã...

    Aniversario do meu Anjo


    Ontem foi aniversário de minha “anja” pernambucana Annie Grace (apesar do anjo não poder ser conjugados no feminino), feliz aniversário!!!! Tentei, fiz de tudo pra ligar, mas não consegui. Parabéns Annieeeee.

    segunda-feira, dezembro 01, 2003

    Fotolog Rubro Negro


    O Fotolog.net virou uma mania nacional. Apesar do site, que disponibiliza aos seus usuários a oportunidade de postar fotos diárias, ter sido criado por uma trinca de amigos de Nova Iorque, basta uma rápida olhada para perceber que o espaço foi invadido por milhares de brasileiros, que já são a maioria por lá.

    E já que "o Fotolog é nosso", muitos fotologgers criaram sites dedicados ao seu clube do coração. A minha dica de hoje vai para todos os torcedores do Flamengo e, por que não?, os amantes do bom futebol. Faça uma visitinha ao Flamengo 1895 e navegue por imagens que deram tanta alegria aos rubro negros. É de chorar de saudade!

    sexta-feira, novembro 28, 2003

    Terça tem Trem do Samba



    Finalmente, está chegando o Dia Nacional do Samba, dia 2 tem trem.

    A SuperVia vai realizar, em parceria com a BR Petrobrás, a Embratel e a Prefeitura do Rio de Janeiro, mais uma edição do Trem do Samba, na terça-feira, dia 2 de dezembro, na Central do Brasil, com concentração a partir das 17 horas.

    Este evento, fundado por Paulo da Portela, na década de 20, e relançado, em 1990, pelo compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz, já faz parte do calendário oficial da cidade.

    No palco, montado na Central do Brasil, Marquinhos de Oswaldo Cruz e a Velha Guarda da Portela vão receber seus convidados, entre eles, as Velhas Guardas do Salgueiro e do Império Serrano, além dos sambistas Nelson Sargento, Walter Alfaiate, Renatinho Partideiro, Wilson Moreira, Xangô e Tantinho da Mangueira, entre outros.

    Após o "aquecimento" quatro trens da SuperVia, entre eles o trem com ar condicionado, "Geladão" , e o trem "Tupi e Nativa", partirão às 19 horas, com destino a Oswaldo Cruz.

    Uma novidade é o batismo dos trens com nomes de sambistas consagrados: Silas de Oliveira, Paulo da Portela, Geraldo Babão e Cartola.

    As primeiras duas composições, terão seus vagões ocupados por rodas de samba de grupos tradicionais do Rio de Janeiro: Samba na Veia, Partideiros do Cacique, Pagode do Helinho de Guadalupe, Pagode da Tia Doca, Pagode do Pau Ferro, Bip Bip, entre outros.

    O 3º trem será ocupado pelas velhas guardas da Portela, do Império Serrano, e do Salgueiro. O último trem será ocupado pela bateria da Portela que, ao chegar em Oswaldo Cruz, promoverá um 'arrastão' dos sambistas para a antiga sede da Portela, conhecida como Portelinha.

    Durante o percurso, os dois últimos trens farão uma parada na estação da Mangueira (onde será recebida a Velha Guarda da Mangueira).

    Em Oswaldo Cruz, serão realizadas, simultaneamente, várias rodas de samba e de partido alto ao longo das ruas do bairro.

    O evento só faz comprovar a célebre composição de Paulo da Portela "para que havemos de mentir, o subúrbio está é bom, venha ver não é história, se por acaso estou errado dou a mão à palmatória".

    Esse que vos fala, estará lá, com meu manto azul e branco da Unidos do Anil e esbaldando nessa bandalha no meio da semana, na terça feira...
    NOTA: Para particpar, basta comprar um simples bilhete do trem que custa R$=1,20
    BABILÔNIAAAAAAAA!!!!!
    A SOCABA VAI ESTAR PRESENTE.
    Já é Natal na Leader Magazine e o meu humor também demonstra claramente que a época de Noel chegou. Falo mais besteiras do que nunca (para disfarçar uma pontinha de tristeza), a vontade de ir para a rua é cada vez maior, enquanto a de ficar em casa é inversamente proporcional. Definitivamente, não gosto de Natal. Mas esse ano tem algo diferente. Estou um pouco mais a vontade. Já não sinto que vou chorar só de ouvir uma musiquinha natalina nem tenho mais o ímpeto de dizer a todas as crianças que encontro que Papai Noel nunca existiu e que, acreditar neste velho, é uma grande besteira. Até pensei em comprar uma árvore de Natal para meu novo apartamento e decorá-la com meu sobrinho Lucas. Ainda não desisti da idéia, mas também não a coloquei em prática. Bom, de qualquer forma, só de ter pensado acho que já é um bom sinal...

    E por que essa mudança? Talvez porque eu tenha descoberto, com os últimos natais passados na casa da minha avó, que a festa do dia 24 pode ser divertida. E como ela é divertida naquela casa de loucos... O nascimento da minha sobrinha Ana Luísa, certamente, contribuiu e muito para eu mudar um pouco de opinião. Uma criança descobrindo o mundo é sempre motivo de alegria, em qualquer época do ano. Mas a principal razão descobri agora, enquanto escrevo este texto: eu mudei. Mudei com as pessoas. Hoje sei olhar para os olhos de um amigo e dizer "Eu te amo", consigo expressar melhor o que eu sinto e já não tento esconder meu lado manteiga-derretida. Consigo ligar para alguém só para dizer "oi" e saber como está, sei dizer que estava preocupada e que por isso liguei, só por isso. Já não tenho tanta vergonha de ser sentimentalóide e aprendi a ouvir as pessoas dizerem que gostam de mim. Antes, ficava incomodada com toda essa confraternização de dezembro porque não sabia dizer para as pessoas o quanto havia ficado feliz em tê-las por perto naquele ano, porque ficava sem jeito de dizer que as amava e que elas eram importantes para mim. Aos poucos, aprendi a dizer, escrever e, principalmente, demonstrar tudo isso. A amizade é o que há de mais importante para mim e, hoje, acho que já sei demonstrar isso. Ainda tenho muitas dificuldades, inúmeras, "deversas", como dizemos aqui no jornal. Mas estou caminhando... E a cada Natal vou ficando um pouquinho melhor na arte dos relacionamentos. Feliz Natal para vocês todos!

    quarta-feira, novembro 26, 2003

    Bonança

    E depois da tempestade vem a bonança, Posts e Comentarios juntos... A Babilonia foi restaurada... E que Nabucodonossor viva...

    Errar


    Errar é possivel, mas puts, agora ta ridiculo

    Caquinha

    E agora, será que estou poerdendo meus posts? ai ai ai ai ai

    Quartas Literárias sobre Xicão Xukuru


    Hoje em Olinda, 26 de novembro, a partir das 19h, quem comparecer aos jardins do Centro de Cultura Luiz Freire, além de conferir as três exposições fotográficas, irá assistir dentro da programação da última Quarta Literária de 2003 o lançamento do vídeo Lua das Praias sobre o povo Kambiwá, realizado através de uma parceria entre o CIMI e o Telephone Colorido, ver a exibição do videoclipe produzido pela TV Viva para a música O Outro Mundo de Xicão Xukuru, da banda Mundo Livre S/A, e conferir uma apresentação do Media Sana, coletivo de artistas multimídia que executa um trabalho de montagem em tempo real de áudio e vídeo sincronizados.

    Além, é claro, dos muitos poetas pernambucanos que povoam às Quartas Literárias como Marcos Asas, França, Malungo, Jorge Filo, Silvana Menezes, Ana Nogueira, etc...


    Endereço:
    O Centro de Cultura Luis Freire fica na Rua 27 de Janeiro – 181 – Carmo – na cidade alta de Olinda. O programa é imperdível

    terça-feira, novembro 25, 2003

    SOOOOOOCOOOOORRROOOOO!!!




    E foi-se pro espaço meu sistema de comentários... Droga e o pior, sou uma toupeira no sentido de colocar um novo sistema. O que acho o mais interessante dos Blogs, essa interatividade Babilonica.
    E olha que tenho parceiros aqui na Babilonia competentissimos, como a Joana e o Fernando que poderiam dar um grande HELP!!!!
    Ficarei como o sudoso robô do sériado Perdidos no Espaço Bloggueiro.
    - Perigo, perigo, perigo, perigo Will

    segunda-feira, novembro 24, 2003

    Unidos do Anil no RJ TV


    PESSOAL, HA UMA POSSIBILIDADE DA ANIL APARECER HOJE NO RJ TV, PORQUE GLORIA PEREZ, ISABELITA DOS PATINS, GUILHERME KARAN, ERY JONSON... DENTRE OUTROS, ESTAVAM LÁ NO RIO DAS PEDRAS, PRESTIGIANDO A UNIDOS DO ANIL E A REDE GLOBO COBRIU NOSSA FESTA ONTEM....
    FOI UM ACONTECIMENTO...
    REPAREM O NOVO UNIFORME DA BATERIA... ACHO QUE APAREÇO ESTOU LÁ NO FUNDO TOCANDO CAIXA.

    FIQUEM DE OLHO AS 12:00

    domingo, novembro 23, 2003

    Um Sábado na Muda


    No Rio de Janeiro já é carnaval. Pelos bairros da cidade, vários blocos já esquentam seus tamborins. Ontem fui até o ensaio do bloco Nem Muda Nem Sai de Cima, no bairro da Muda, zona norte do Rio. Apesar da bateria ser um desastre, valeu pela animação, o encontro com os amigos e, é claro, as cervejas consumidas! ;-)
    O enredo paro o ano que vem do bloco do Aldir Blanc, que estava lá presente, é "Hei de torcer até morrer, Nem Muda Nem Sai de Cima festeja o Centenário do América". E, claro, a SOCABA tem que estar presente em seu desfile, que acontece 15 dias antes da festa de Momo.

    sexta-feira, novembro 21, 2003

    Quem Morre?

    Esse post poético de Neruda retirei do Blog Relicário da minha amiga paulista Lisss.

    Quem Morre?
    Por Pablo Neruda

    Morre lentamente
    quem se transforma em escravo do hábito,
    repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
    Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

    Morre lentamente
    quem faz da televisão o seu guru.

    Morre lentamente
    quem evita uma paixão,
    quem prefere o negro sobre o branco
    e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
    justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
    sorrisos dos bocejos,
    corações aos tropeços e sentimentos.

    Morre lentamente
    quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
    quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
    quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
    fugir dos conselhos sensatos.

    Morre lentamente
    quem não viaja,
    quem não lê,
    quem não ouve música,
    quem não encontra graça em si mesmo.

    Morre lentamente
    quem destrói o seu amor-próprio,
    quem não se deixa ajudar.

    Morre lentamente,
    quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
    ou da chuva incessante.

    Morre lentamente,
    quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
    não pergunta sobre um assunto que desconhece
    ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

    Evitemos a morte em doses suaves,
    recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
    que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
    um estágio esplêndido de felicidade.

    Plabo Neruda - Poeta chileno (12/7/1904-23/9/1973). Prêmio Nobel de Literatura de 1971, militante comunista, antifascista e anticlerical, é considerado uma das maiores vozes da poesia latino-americana, autor de Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada (1924).

    terça-feira, novembro 18, 2003

    O Maracatu no século XIX



    Vejam o artigo preconceituoso do Jornal Diário de Pernambuco que noticiava com rancor a expressão cultural do maracatu:

    MARACATU: O "ESTÚPIDO FOLGUEDO"
    Recife, 18 de maio de 1880

    "O estúpido folguedo africano que assim se denomina e de que cada vez se mostra mais ávida uma certa porção de nossa sociedade, não obstante achar-se no índex municipal e policial, vai se desenvolvendo cada vez mais nesta cidade e seus rabaldes e parece que, se não com a conivência, ao menos com a aquiescência das autoridades policiais. Entretanto, esses pretensos divertimentos em que se vêem cenas supinamente imorais, deponentes dos bons costumes, são outros tantos motivos de lutas, dos quais não raro saem os festeiros feridos por cacete ou faca.

    Demais, como já temos dito e repetimos, são eles extremamente incomodativos para os vizinhos dos pontos em que se dão as reuniões, não só porque o batuque dos
    barbarescos instrumentos e das desafinadas vozes dos cantores é de ensurdecer e dura longas horas, mas também porque, de quando em vez, do seio dos freqüentadores saem voz em grita palavras obscenas e ditos picantes pelo sal ático dos bordéis em que são apanhados para serem lançados a todos os ventos...".


    Que bom que o Maracatu vive e é admirado por todas as classes sociais. Essa resistência é uma vitória de nossa cultura popular, e dos negros e escravos que deixaram sua marca na História.
    Viva a cultura popular

    segunda-feira, novembro 17, 2003

    Sábado na Unidos da Vila Isabel



    Os puxadores do samba.



    As passistas, negras, mulatas e o samba correndo solto



    Eu só olhando tudinho com uma Skol



    E claro que segurei o estandarte de Vila Isabel

    Unidos do Anil no RP 1000

    Desde a semana passada, o G.R.E.S. Unidos do Anil têm ensaiado em um novo endereço, a casa de espetáculo RP 1000 que fica no Rio das Pedras, aqui mesmo em Jacarepaguá.

    Pois é caro bloggueiro, se ficou interessado em me ver detonando na caixa da Bateria, basta aparecer na próxima sexta, dia 21 de novembro a partir das 21:00 horas no RP 1000 que a Unidos do Anil fará uma grande apresentação, no processo de corte para o carnaval de 2004 que têm como enredo Glória Perez - A mensageira da paz

    No domingo vai acontecer a grande festa da escola e me parece, segundo o Presidente Maninho que a própria Glória Perez se fará presente no dia 23/11. A festa deve começar as 19:00 Horas do Domingo.


    Sobre o RP 1000
    Eu mesmo fiquei impressionado com o tamanho do local. Ali acontecem shows gigantescos e que geralmente atende ao gosto da comunidade do Rio das Pedras, que acredito ser 75% oriundos do Nordeste.

    Vejam, a última grande atração do local foi o show de Reginaldo Rossi. E se você, caro bloggeiro, acha que ficou por aí, se preparem. No dia seguinte de nosso ensaio, no sábado próximo, dia 22 de novembro, haverá o grande show do grupo de forró Calcinha Preta, que tem fãns pelo Brasil.
    É Babilônia certa para todo o final de semana que se aproxima...


    PS: E olhem que ainda temos o V Festival de Poesia rolando paralelamente....

    Continua Lindo...


    E não é que Fernando Peixoto, grande amigo e colaborador "virtual" daqui da Babilônia tem um FOTOLOG super ativo.

    O endereço é fácil: http://www.fotolog.net/profpeixoto

    Eu que fui o autor da foto, no ultimo sábado na quadra da Unidos da Vila.
    Sou um fotógrafo razoável.

    sexta-feira, novembro 14, 2003

    Dia da Consciência Negra

    Se aproxima o feriado de 20 de novembro - Zumbi dos Palmares - dia da Consciência Negra.

    Minhas atividades serão cheias, pela manhã três alunos do Projeto Esperança de Vida do CEACA-Vila vão correr em Padre Miguel e estarei torcendo por eles.


    A noite vai ser especial, vai ter um super show nos Arcos da Lapa com a presença de nada mais, nada menos que Sandra Sá e o maravilhoso Cidade Negra. Essa babilônia não perco por nada.

    quarta-feira, novembro 12, 2003

    Terrível Ataque Blatídeo

    Esse é um fantástico e verídico relato de minha mãe que realmente me surpreendeu, acompanhem:

    Por Sonia Motta
    Hoje vivi uma situação inédita para mim, apesar de não ser usuária freqüente de ônibus ou transportes coletivos.

    Estava indo para meu médico, no Barra Plazza, da linha 755, pois o meu veículo auto motor se encontrava na oficina de lanternagem.

    Quando, um pouco antes do Hospital Barra Dor, o meu ônibus pára e os passageiros de um outro 755 (Cascadura-Gávea) começam a entrar no que eu estava.

    Todos estavam desesperados, homens e mulheres, crianças e idosos, com caras assustadas, revoltadas e que gritavam sem parar! Era como se eu estivesse num filme de terror “trash”.

    O motivo? Milhares de baratas que estavam subindo pelas pernas das pessoas. Era um Terrível Ataque Blatídeo sem igual.

    A moça que ficou em frente ao meu banco, havia anotado o número do tal ônibus infestado pelas temíveis baratas exploradoras de pernas, e ligado para a sua mãe para ver se conseguia fazer alguma reclamação a qualquer ministério ou repartição que cuide de assuntos “blatídicos”.

    Ela estava tão nervosa que ainda tinha a sensação de milhares de baratas subindo por suas pernas.

    O ônibus só parou para que eles mudassem de carro, porque a gritaria foi geral.

    Todos, e não eram poucos, exigiam a parada, mas o motorista, talvez conivente ou dominado pelas baratas, não parava.

    Se você estiver pelo Rio de Janeiro e por ventura precisar ir para a Barra ou Cascadura, e quando fizer o sinal, parar um 755, carro número 30.069, num final de tarde quente perto das 15h e30min Cuidado!!!! Você poderá sentir na sua perna, a terrível revolta das Perplanetas Americanas vulgarmente denominadas baratas.

    No Bonde das Baratas do Rio

    terça-feira, novembro 11, 2003

    A Manga


    Vi ontem o meu vizinho catando mangas de sua mangueira... Ai! Que vontade que me deu bater em sua porta e pedir uma manguinha, a menor de todas já me bastava. Mas relutei e segui meu caminho.

    Vejam, quando o fim do ano se aproxima, a natureza muda suas características. Os Europeus têm a neve como o maior traço de seu inverno e suas tradições natalinas. Aqui vejo a manga ocupado seu lugar de destaque.

    Não me venham com essa, de que minha escola de samba predileta é a Mangueira, isso é uma simples coincidência, um acaso em minha vida.

    Vamos a um outro ponto então. Enquanto Machado de Assis nos colocou que a fruta celestial é a banana, argumento que considero um equivoco e injustiça frente a nossa manga. Adoro Manga e tenho dito, sempre gostei de amarelo, e manga é amarela (o trocadilho com o filme é proposital).

    - Ora Senhor Renato, amarelo por amarelo, a banana também é. – diria Machado - E com um certo ar de superioridade responderia:
    - Só por fora Senhor Machado, só por fora!!!! A manga é amarela na sua essência, em sua alma.
    - Já se vê que o Senhor é superficial, analisando e comparando de forma vil as frutas pela sua aparência e coloração. É pelo seu gosto e pelas diversas possibilidades quase alquimistas da banana, que ela supera qualquer outra – Diria Machado já exaltado e com o seu costume mau humor.
    - Já se vê que o senhor Machado nunca se lambuzou, com uma manga volumosa e cheirosa, nunca deve ter tido um fiapo de manga preso entre todos os dentes, e devorando tal iguaria embaixo da sombra de uma frondosa mangueira.

    A manga é como uma “neve tropical” que aparece só no final do ano, caindo sobre as casas. Bem verdade que existe uma diferença brutal entre o leve cair de um grão de neve em comparação ao de uma manga se espatifando num quintal. Alias pode ser até perigoso se o caro bloggueiro estiver de baixo de um pé de coração de boi ou de uma manga espada)

    Mas depois de tudo isso, diria com satisfação ao Sr. Machado que a Manga, essa sim, é a fruta celestial.
    Mas se por ventura não for, e estiver o Sr. Machado acertado, eu é que não quero ir lá pra ver.
    Mas de qualquer forma, entre o caminho do purgatório até o do céu, acredito que haverá uma mangueira.

    segunda-feira, novembro 10, 2003

    V Festival Carioca de Poesia - Poesia em Festa


    Poesia sempre, poesia cada vez mais, em cada canto, em cada boca, em cada cais.
    Poesia sempre, poesia simplesmente.


    Envolvendo cinco cidades distintas do Estado do Rio de Janeiro, a quinta edição do Festival Carioca de Poesia promete ser um grande evento do Estado do Rio, onde a Poesia estará, Literária e Literalmente, em Festa.

    Previsto para acontecer entre os 17 a 26 de novembro, o Poesia em Festa além de celebrar a poesia que pulsa e que tem pulso em viver nesta metrópolitana carioca desvairada, cena poética em atos semanais quase que diários em cafés, teatros, bares e arredores, o evento vai "conectar", poéticamente Niteroi, Nova Friburgo, Petrópolis, Rio de Janeiro e Teresópolis, e envolver todo o movimento poético destas cidades, uma passeata, e outros espaços poéticos.

    Um dos destaques será para o lançamento em dezembro da Antologia Poética da Editora IBIS LIBRIS que vai reunir em uma edição, cerca de 72 poetas.

    Aqui na capital, o Festival vai acontecer no Teatro Gláucio Gill das 17:30 até as 22:00, e será um espeatáculo imperdível (PRGRAME-SE DENTRO DO PROGRAMA).
    Endereço do Teatro: Praça Cardeal Arcoverde (do lado do Metrô) - Copacabana.



    POESIA EM FESTA NO RIO DE JANEIRO

    Dia 17 - Poesia em Festa - V Festival Carioca de Poesia -
  • 17:30h - Concentração no Pilar da Poesia, Teatro Municipal, Av. Rio Branco/Cinelândia.

  • 18:30 - Passeata poética no Centro do Rio: Cinelândia - Passeio Público - Lapa. Durante o percurso será desenvolvido o projeto "Tem poesia no meio do caminho, no meio do caminho tem poesia" da APPERJ e o Atentado Poético.

  • 19:45 - Abertura Oficial - Local: Casarão Cultural dos Arcos - Lapa.


  • Dia 18 - V Festival Carioca de Poesia -
  • 19:30 - Café Litarário - Teatro Glaucio Gill em Copacabana - palestra, debate e poesia com Helena Parente Cunha com a participação de Astrid Cabral - Coordenação Elvé Monteiro de Castro.

  • 20:00 - Palco do Teatro Gláucio Gill - Espetáculo Poético do grupo Poesia Simplesmente - Copacabana


  • Dia 19 - V Festival Carioca de Poesia -
  • Quarta Capa em Festa - Evento Poético no Espaço da Constituição - Nº 34 - Praça Tiradentes - Coordenação de Jiddu Saldanha, apresentação: Rodolfo Muanis.

  • 19:30 - Palco do Teatro Gláucio Gill - Progrmação em homenagem ao Poeta Reynaldo Valinho Alvarez - Copacabana


  • Dia 20 - V Festival Carioca de Poesia -
  • Evento no "Quintais da Cultura" - Local: Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro
    Casa de Cultura Lima Barreto - Av. Heitor Beltrão 353, Tijuca.
    Coordenação Edir Meireles, apresentador: Dartagnan Holanda.


  • Dia 25 - V Festival Carioca de Poesia -
  • 17:00 - Palco do Teatro Gláucio Gill - Evento infanto-juvenil Coordenação Rosa Born e Cláudia Luna / Concurso de Poesia Estudantil - Coord. Tanussi Cardoso.

  • 20:00 - Palco do Teatro Gláucio Gill - Homenagem a poeta Suzana Vargas


  • Dia 26 - V Festival Carioca de Poesia -
  • 17:00 - Café Literário do Teatro Gláucio Gill - Debate, palestra e poesia com Geraldo Carneiro - Participação de Marcia Wanderley. Coord. Marcus Vinícius

  • 18:00 - Prça Cardeal Arcoverde - Grafitagem e Hip Hop com o grupo Verbo de Rua.

  • 20:00 - Palco do Teatro Gláucio Gill - Dança e Poesia com o grupo Verbo de Rua
    Direção Claudio Filiciano - Musica de Myrian Moreira e Alba Lirio.
    grupo de Musicos recebem poetas. Homenagem aos Poetas do Rio.


  • Exposição Permanente 18, 25 e 26
    Local: Café Litrário do Teatro Gláucio Gill
    Material do movimento poético do Rio de Janeiro (livros, jornais, cartazes, poesia visual e fotos)

    PROGRAME-SE E POETIZE-SE SEM PUDOR OU MEDO, BEBENDO E DEGUSTANDO POESIA SEMPRE
    POESIA CADA VEZ MAIS....
    Domingo estranho...

    Torci contra o Flamengo e a favor do Vasco
    Fiz faxina e lavei roupa
    Comi tanto que não tive apetite para a sobremesa (de chocolate e maravilhosa!!!!)
    Marília Gabriela com cabelo Vamp entrevistando Marta Suplicy com a cara dura de plástica (isso é o fim para alguém da geração TV Mulher como eu!)
    Fabio Jr. fazendo participação na Turma do Didi (isso é o fim para alguém da geração Roque Santeiro e Louco Amor como eu)

    domingo, novembro 09, 2003

    Futebol, lá e cá


    É... acho que essa é a frase do final de semana:
    O futebol do Rio, está ruim...
    Mas o de Pernambuco está pior...

    sexta-feira, novembro 07, 2003

    Filhote de Pombo

    Esse é um poema muito interessante do meu grande e impoluto amigo, Érico Braga Barbosa Lima:

    Filhote de Pombo
    Por: Érico Braga Barbosa Lima

    Nunca vi
    Um político pobre
    Ou um bruxo que descobre
    Uma vacina para dor

    Não conheci
    Nenhum cínico fanático
    Ou poeta performático
    Que morresse de amor

    Nunca acharam
    O caroço da banana
    Ou o azedo da cana
    (overdose de bagana)
    Mas você vai me mostrar

    Eu nunca vi
    Filhote de pombo
    Mas o dia do assombro
    Eu sei que um dia vai chegar

    Nunca vi japonês boiola
    Beetohoven na viola
    Ou enterro de anão

    Mas se vocês
    Encontrarem esse segredo
    Bem na ponta do meu dedo
    Duvidar não vou mais não

    Não me mostraram
    O suspensório da minhoca
    (o suvaco da cobra)
    ou o dinheiro que sobre
    bem lá no fim do mês

    Se me descubram
    O braço da maneta
    E o instantâneo da mutreta
    Me revelem lá vocês

    Eu nunca vi
    Mulher que perdesse o prumo
    Pois no fim todas seu rumo
    Sabem muito bem e de cor

    Maromba

    é.... num teve jeito, tive que render... e posso dizer com convicção.
    Agora sou Marombeiro.

    Desde segunda entrei numa academia onde faço ginastica, musculação e natação. As vezes fico extremamente timido em ter um monte de gente levantando pesos e mais pesos e eu no minguado 10 Kg.
    Mas o que mais gosto é a natação. Como é tudo num pacote, estou gostando. Mas fala sério, estou todo dolorido. Mas confesso com um grau de voyerismo: O visual é bom de se ver, principalmente as aulas de ginástica.

    segunda-feira, novembro 03, 2003

    Cabruêra



    Conheci por esses dias Tom (centro de boné), percussionista do Cabruêra. O cara é muito legal. Valeu Tom, as amizades surgem assim mesmo. Babilônia...

    Scenario no Rio

    Rua do Lavradio, Centro da cidade do Rio de Janeiro. Scenario – Um centro cultural cheio de relíquias. Um Relicáriopara historiador nenhum botar defeito.

    O lugar é encantador por cada detalhe espalhado em três andares diferentes, em cada ambiente, onde o ecletismo de objetos nos remete a qualquer lembrança ou história.

    Objetos africanos, indígenas, nordestinos, de rendeiras, vários pianos espalhados, instrumentos, espelhos de prata, maquinas, fotos, pinturas, bonecos, santos barrocos, lampiões, bicicleta, etc... (Destaque para a foto do Getulio Vargas numa parede e um carregador de gente, lembrando nosso período de escravidão).
    Fui neste último sábado e fiquei encantado.

    A programação cultural foi embalada por um grupo essencialmente acústico, harmonizado com acordeom, flauta transversal, dentre a percussão marcante, onde pude ouvir: forró, samba, afoxé, baião, jongo, lundu, dentre outros ritmos a ciranda onde todos, acabaram participando de uma grande roda no salão principal. Realmente um grupo fantástico e envolvente.

    Mas tudo isso tem um preço, e convenhamos, bem caro: 18 Reais a entrada. Os preços lá dentro também estão salgados, uma cerveja de garrafa a 6 Reais é o parâmetro.

    Valeu pela experiência, mas confesso que esse é um programa que não faz parte da minha realidade.

    Um lugar maravilhoso desse, poderia ser mais barato, mas... Como já tem público cativo, que pagar por esse programa, só posso me contentar em ficar com minhas preciosas lembranças.

    Quem sabe num longínquo mês, de um ano que vem futuro possa ir ao Scenario...
    Aí sim, talvez possa dar, o ar de minha graça. Observar os objetos e fazer uma viajem no tempo e no espaço para um passado de Machados, de Jobins, de Gonzagas, Severinos, etc...
    Se você puder, não perca... Recomendado pela Babilônia (com certeza).

    sexta-feira, outubro 31, 2003

    A Frase


    Essa eu ouvi ontem da recifense Raquel Tais:

    - O homem é na sua essência: estomago, cérebro e sexo

    É... filosfia condensada. Babilônia

    quarta-feira, outubro 29, 2003

    A arte do encontro



    O CD "Nota no Verso", da compositora e poeta Delayne Brasil, é o resultado de encontros: da poesia com música; de artistas e escritores; de gerações; de afetos e afinidades; palco e platéia; violão e canto; de grupos e movimentos nos saraus e eventos; e destes nos festivais de Poesia - como o que acontecerá no mês de novembro, em cinco cidades do Rio de Janeiro (unidas, também, por este encontro).

    Notar o verso é ver o que está por trás e além. A nota musical no verso é outra e nova leitura, pois "na lata do poeta tudo, nada cabe" E, "a meta do poeta é metáfora" - como bem diz Gilberto Gil.

    Assim, o título "Nota no Verso" é encontro semântico, onde "notar" e "verso" se desdobram em vários significados. A música de Delayne Brasil para os poemas de Gilberto Mendonça Teles, João de Abreu Borges, Laura Esteves, Marcus Vinícius, Nei Leandro de Castro, Reynaldo Valinho Alvarez, Silvio Ribeiro de Castro, Tanussi Cardoso e Vígínia Gualberto é encontro de estilos, arranjos e instrumentos.

    Nota no Verso: a música de Delayne Brasil (poeta e cantora) para os poemas de Gilberto Mendonça Teles, João de Abreu Borges, Laura Esteves, Marcus Vinicius, Nei Leandro de Castro, Reynaldo Valinho Alvarez, Silvio Ribeiro de Castro, Tanussi Cardoso e Virgínia Gualberto.

    Apoio: Clube de Engenharia e Teatro Glaucio Gill

    Lançamento do cd:

  • Dia 31 de outubro, próxima sexta, a partir das 18 horas, no 24º andar do Clube de Engenharia (Av. Rio Branco nº 124, esquina com Sete de Setembro) - sarau-show com a participação de poetas e músicos convidados.

  • Dia 4 de novembro (a primeira terça do mês de novembro) será no Café do Teatro Glaucio Gill (Praça Cardeal Arcoverde - estação Copacabana do metrô).

    Em seu show de lançamento, Delayne Brasil se apresenta acompanhada pelos arranjadores musicais Aldo Medeiros e Fernando Vilela (violões), além dos músicos Alex Frias (violão e alaúde) e Di Lutgardes (pecussão), contando ainda com as participações de Myrian Moreira (viola de cocho), Carmem Moretzsohn (piano) e de S. Julinho (acordeom).
  • segunda-feira, outubro 27, 2003

    Você já foi ao Tokelau?


    De cara, meu caro blogueiro, você deverá me perguntar que raio de Tokelau é esse?! Pois vamos a minha explicação geográfica (meio capenga), sobre esse misterioso lugar. Misterioso lugar porque, para encontrar num simples mapa é necessário paciência e perseverança. Tokelau é um complexo insular que fica no hemisfério sul oriental, no continente da Oceania.

    Contando com uma área de 10 Km² (isso mesmo, menor que a Barra da Tijuca) tem uma população de 1.600 habitantes (o ultimo jogo do América do Rio, no campeonato brasileiro da Série C, teve mais gente que a população inteira do Tokelau).
    É por isso que Tokelau é um território ultramarino da Nova Zelândia (Commonwealth).

    Se pudéssemos replicar a posição geográfica do Tokelau para o nosso Brasil, diríamos que Tokelau ficaria exatamente dentro do Estado de Alagoas (um pouco acima da cidade de Maceió). Ou seja, Tokelau é quente pra caramba.

    Mas o caso deste post não é falar das dionisíacas praias de Tokelau (até porque nunca vi uma foto de Tokelau para saber se suas praias são realmente dionisíacas), mas sim, quero constatar mais uma história internética. Descobri o Tokelau por acaso. Meu problema era o site da SOCABA.

    Resolvi hospedar minha querida criação no espaço cedido pelo meu provedor (A INSIDE) no espaço que tínhamos de direito. http://www.iis.com.br/~mereca . Só o tempo que eu gastava dizendo esse endereço, as pessoas já desistiam de visitar a home page da SOCABA e ainda por cima, em termos de propaganda e marketing, não era nada prático.

    Foi quando soube pelo Leonardo do Espírito Santo, que ele tinha resolvido o problema de seu site sobre a cidade de Vitória (www.vitoria.tk) hospedando no Tokelau.
    Um “paraíso fiscal da Internet” de hospedagem grátis, que funciona redirecionando um eventual endereço que você tenha.

    Corri para o Tokelau sem precisar de passaporte (somente um inglês capenga) e pronto, dois endereços no Tokelau:
    www.socaba.tk e www.htreventos.tk (esse segundo tava hospedado no HPG e com o fim da gratuidadade, foi para o espaço)

    O sucesso foi tanto que comentei dentro do CEACA e Leandro (responsável pela Escola de Informática Comunitária do Morro do Macaco) e que acabamos criando juntos o www.ceaca.tk para o informativo do EIC.

    Dia desses o próprio Leandro me disse:
    - Renato, lembra do Tokelau, que você me disse. Pois agora em diante o registro esta custando 9,90 Dólares. Demos a maior sorte de ter registrado antes.

    Pois então pensei, é mesmo, a Internet é como futebol, uma caixinha de surpresa, o que você pensa que vai ser gratuito, logo passa a ser um comércio virtual, ou da mesma série, tudo que é de graça não dura para sempre.
    E vamos, pra frente....

    quinta-feira, outubro 23, 2003

    Som


    Se o som viesse da terra, o que surgiria?
    Se batesse do coração, como seria?
    Se o verso brotasse da alma, como viria?
    Côco Calixto, eu responderia!!!


    Está simplesmente fantástico, o CD GODÊ PAVÃO do Grupo Samba de Côco Raízes de Arcoverde. Fiquei muito impressionado com a força das novas linhas melódicas deste novo disco.

    Sabe aquele Brasil, simples, bonito, que a gente sente saudade mesmo sem ter pisado ou conhecido? Pois tenho essa sensação quando ouço este CD que começa na música BARRA DA SAIA.

    Olha o samba de coco
    menina venha pisar
    cuidado na sua saia
    que o trupe vai começar
    pise o coco com carinho
    cuidado pra não errar


    Ou quando Assis Calixto brinca com as palavras e com a sonoridade na linda música ABELHA ARIPUÁ nestes singelos versos.

    Subi no olho da arueira
    para tirar uma abelha
    que se chama aripuá

    ela não ferroa
    só enrola no cabelo
    com aquele zuadeiro
    fazendo “chuá” “chuá”


    E a brincadeira da família Calixto continua com a MENINA RICA que lembra aquele amor por aquela menina num São João de nossa infância:

    menina de brinco
    sapato de lã
    eu te quero tanto
    flor de hortelã

    menina de brinco
    vestido de chita
    te quero tanto
    pois tu é bonita


    Agora o que me chamou a atenção foi a linha melódica da música ROSEIRA, OH ROSÁ que tem uma sonoridade que impressiona no refrão e que mistura brincadeira, som e coro.

    balança a rede do menino, para fazer tururu...
    balança a rede do menino, para fazer tarara.....
    é do moleque de maçu, para fazer tururu...
    é do moleque de maçu, para fazer tarara...


    FICOU COM CURIOSIDADE, VAI NO SITE DELES:
    www.cocoraizes.com.br



    Caro bloguenáuta, há de se considerar que morei alguns meses em Pernambuco e, assim como Manuel Bandeira, meus sentimentos, laços afetivos e saudades correm no meu sangue como corre o Capibaribe e o Beberibe ao encontro do mar.

    Arcoverde me traz boas e belas lembranças assim como o Côco Raízes também. Pois vejam a audácia de meu velho pai que me identificou na canção O Amor de Bacurau. Depois de tantos apelidos, agora ele me vem com essa?!


    O Amor de Bacurau
    Assis Calixto

    bacurau durante o dia
    ele não quer trabalhar
    mais quando é a noitinha
    ele sai pra namorar

    aonde mora o bacurau?
    é no oco do pau
    aonde mora o bacurau?
    é no oco do pau

    o olho do bacurau
    só parece uma lanterna
    ele passa o dia todo
    só fazendo sentinela

    como é que o bacurau
    quer casar sem ter emprego?
    ele é muito preguiçoso
    só quer viver no maneiro

    bacurau durante o dia
    ele pensa em namorar
    namorando o ano todo
    mas não pensa em se casar

    segunda-feira, outubro 20, 2003

    15 minutos...


    Ao longo dos anos 50, principalmente nos Estados Unidos vários pensadores europeus fugidos da guerra criaram um movimento, chamado de neo-dadaísmo, utilizando vários elementos do dadaísmo original, no entanto, pouco a pouco, foi sendo absorvido pelos interesses capitalistas.

    Esta tendência acabaria por se transformar na chamada Pop Art, onde a arte buscaria apropriar-se de elementos da sociedade para expressar e explicar o acelerado processo de desenvolvimento industrial e o crescimento da sociedade de consumo.

    Andy Warhol foi o pai da arte pop, inundou o mundo nos anos sessenta com suas imagens, alcançando grande celebridade ao transformar uma lata de sopa em obra de arte. Em pouco tempo sobressaiu-se pelo seu peculiar estilo e conceito de arte gráfica. Foi quando decidiu reduzir seu nome a Andy.

    Nos anos setenta fez-se célebre com seus quadros que reproduziam imagens cotidianas, sendo os mais famosos os das latas de sopa e as fotomontagens de Marilyn Monroe e Elvis Presley.

    Em 1969 fundou a famosa revista "Interview", onde as celebridades da época gostavam de aparecer. Ao próprio Andy deve-se a expressão de que a fama transformou-se em um fenômeno efêmero, "onde cada um poderia aspirar a gozá-la por 15 minutos".

    Quero anunciar que tive meus 15 minutos de fama, quando descobri que a Babilônia foi publicada na coluna de Blogs de Luiz Gravatá do Jornal O GLOBO.

    Mas ando abusado, em fevereiro do ano passado, o mesmo Gravatá me honrou quando publicou um post que fiz para o BATICUM do meu irmão, sobre a passagem da Mangueira em Recife. Alias, meu irmão me mandou por carta o recorte da coluna de Gravatá.

    Para incrementar, o Blog Bola passou alguns dias no Top 10 do Blogger.Com.Br, que pode ser somado com as citações de Joana (essa já está na equipe babilônica) e o Par Elis.

    Nesse caso, fazendo a aritmética destes capítulos, saio da história com um saldo positivo de 45 minutos de fama internáutica blogueira no melhor estilo Andy.

    Concluo que no primeiro tempo, terminei com chave de ouro. Falta o segundo. Se derrubar.... é penalty.

    sexta-feira, outubro 17, 2003

    Quem cedo madruga...



    Caros Bloggueiros, às 0hrs do domingo (19/10) começa o Horário de Verão.
    Todo mundo adiantando o relógio em uma hora. Vejo essa imagem e percebo como isso reforça, de forma sutil, a desigualdade entre o do Norte e o Sul do Brasil.

    Droga, ano passado fui pra Recife pensando estar livre do Horário de Verão. Moraria lá para sempre e nunca mais teria que acordar cedo. Pois o mundo dá voltas... Eu aqui de novo no Rio, terei que encarar mais uma vez o Horário de Verão já na primavera.
    PS: Imagem retirada do exelente blog Cissa & Franco, que visitei hoje.

    CEACA de Luto


    Deixo a notícia ser dada pelo meu aluno IDI, que deixou essa mensagem no Blog do CEACA. Para quem não sabe, na noite de terça dois policiais foram mortos nas imediações do Morro do Macaco no bairro de Vila Isabel aqui no Rio de Janeiro.
    Na quarta feira, a polícia fez uma mega operação no Morro. O resultado foi a morte de inocentes, incluindo um garoto que era aluno do CEACA-Vila (local onde eu trabalho com o Programa de Reprodução Cultural, Lazer e Reforço Escolar):

    Tristeza
    Por Luis Carlos Idi (THE CAT)


    Estamos muito chocados com um fato triste que aconteceu na comunidade, na noite onte morreu o nosso amigo Luciano que fazia parte do Ceaca Vila.

    Um menino de 17 anos foi confudido com traficantes por policiais e foi baleado nas costa com um tiro de fuzil, morreu horas depois no Hospital Geral do Andarai. Luciano mais conhecido pela comunidade como "Lico" estava num local de lazer da comunidade quando foi pego de surpressa por uma bala de fuzil, quando estava agonizando no chão, o menino foi pego pelos amigos e levado até um carro, que o levou para o Hospital, mas o menino nem sequer tinha forças para falar por que tinha perdido muito sangue; os moradores indiguinados perguntam as autoriadades "até quando nossos filhos serã confundidos como marginais até quando?" Luciano o "Lico" tinha um sonho de ser um Jogador de futebool para ajudadr a comunidade ele dizia para os familiares e os amigos "serei alguem não gosto de violêcia, violência só gera violência".

    quinta-feira, outubro 16, 2003

    Camisas do Xô Halloween


    Finalmente, alguns membros da SOCABA se reuniram ontem no boteco do seu Ernani para a apresentação da nova camisa da Ordem. Como sempre, Fernado Peixoto fez o registro fotográfico dessa noite:


    Quer ver mais fots?!, vá no site da SOCABA
    www.socaba.tk

    quarta-feira, outubro 15, 2003

    Momento Mágico

    faz um tempo que não coloco um poema meu por aqui. Vamos então a este:

    Momento Magico
    Por Renato Motta

    No momento mágico
    Do desabrochar de uma flor
    No momento mágico
    O brotar do orvalho
    Talvez...
    Congele esse tempo
    Um momento numa fração
    Em um tempo
    E guarde essa magia repleta
    Para lembrar o teu jeito
    Menina
    Que um sentimento, destina
    Tão decisiva,
    Tão repleta e completa
    Que somente te observo.
    Teu jeito de ser
    De Falar
    Tua força interna
    De como ser mulher...
    De como amar...

    EX-HPG



    Sei... bem sei que esse título parece o nome de um computador de ultima geração, ou mesmo um super programa, um vírus, ou de um caça super sônico norte-americano.

    Não, todas as respostas erradas. A grande sensação para alguns Neo-web-designers, há uns três anos atrás, foi o aparecimento do HPG (Home Page Grátis) onde era possível criar um site sem precisar pagar pelo serviço de hospedagem, taxa anual da FAPESP, etc...

    Muitos sites foram criados, inclusive eu, em 2000, que tinha acabado de fazer um curso de programação HTML pelo SENAC aproveitei a onda e criei 4 Webs. Dentre elas, a home page do grupo POESIA SIMPLESMENTE, o da FEMEH, o da TRUPE DO PASSO, dentre outros.

    Eram meus briquedinhos que escrevia em Bloco de Notas, brincando com as TAG,s de colors, fonts, img e outros recursos que aprendi no curso.

    Mas aí veio a primeira novidade da HPG. De ter feito uma parceria com a Internet Grátis (iG) e que aumentou em mais algumas letras o domínio. Então de www.poesiasimplesmente.hpg.com.br, Nosso site passou a ser www.poesiasimplesmente.ig.hpg.com.br. Mas tuuuuuuudo bem!!! Continuamos usando o HPG sem problema algum.

    O tempo foi passado e aí veio a grande surpresa. Nesses dias, entrei na HPG pensando em mais uma criação, a home page do UNIDOS DO ANIL mas qual não foi a minha surpresa quando entrei no site: www.hpg.com.br?!!!!

    O serviço agora é pago, o usuário precisa se cadastrar e pagar uma taxa ao HPG ?!!! Me espantei, fiquei incomodado. Quando tentei entrar na Web site do POESIA SIMPLESMENTE, me veio a surpresa do anuncio.De que nossa página tinha sido tirada do ar por causa do conteúdo.

    Ora bolas!!! Que desculpa esfarrapada daquela pagina verde!!! Como faz muito tempo que não atualizava, eles devem ter tirado do ar. Mas conteúdo impróprio?!!! Me deu vontade de cantar a musica do Paralamas do Sucesso: “Assaltaram a Gramática/ Assassinaram a lógica/ Esconderam a Poesia/ Na bagunça do dia a dia”.
    E agora a EX-HPG é só saudade, de um tempo em que só vejo a possibilidade do Kit.Net.
    E mudemos de provedor mais uma vez. Afinal tudo que é de graça, acaba um dia?!!!
    Que pena... Constato que os Blogues realmente estão mudando o perfil da Internet e das Web Sites.

    segunda-feira, outubro 13, 2003

    Ainda não consegui digerir bem Mulheres Apaixonadas... Estou tão atordoada que, em vez de trabalhar, resolvi criar este teste abaixo. Aceito sugestões de novos personagens para incluir no teste.

    Descubra quem você é em Mulheres Apaixonadas:

    1- Se você vive correndo pela casa e se jogando em cima dos outros, é chato toda vida, adora bife com batatas fritas e fala como se estivesse lendo um texto em voz alta na alfabetização... Desculpa, sem querer ofender, mas você é o Lucas.
    2- Se você é feia (o) como poucos ao seu redor, trabalha só porque seu pai é o dono da empresa e ainda por cima consegue pegar aquele (a) funcionário (a) mais gostoso do escritório... Sortuda (a), você é a Vidinha!!!!
    3- Se você canta todas as mulheres que vê pela frente, não perdoa nem ex-namoradas de amigos e muito menos atuais namoradas das amigas, mas invariavelmente toma um toco e acaba a festa com aquela garota antipática que ninguém gosta... É, meu chapa, você é o Rodrigo.
    4- Se você é sempre chamado de bonzinho ou boazinha, é aquele (a) que todos gostam (mas não adoram), que todos sabem que vai estar presente (mas se não estiver também...), que faz tudo para conquistar um panaquinha por quem é apaixonada (e ainda assim não consegue), sempre compreende a dor dos outros, gosta de todas as namoradas do seu pai, é aquele tipo de pessoa que os outros descrevem como um "super ser humano" quando a pergunta na verdade é se você é bonito ou feio... Procure um analista, você é a Marcianinha!!!!
    5- Se as pessoas sempre comentam sobre você com uma pontinha de saudade, se tem muita gente que chora sua falta, se você aparece em todos os lugares mas ninguém te vê e, principalmente, se em todos estes lugares você está sempre com a mesma roupa... Corre para um centro espírita, cara, você é o espírito desencarnado da Fernanda!!!!!!!
    6- Se você é aquele tipo de cara que ninguém lembra do nome depois que acaba a festa, nunca brilha sozinho, está sempre numa mesa com outras três ou quatro pessoas falando sobre amenidades, enfim, se a sua existência não acrescenta absolutamente nada para a humanidade... Que chato, você é o... o... qual é mesmo o nome? Ah, você é o Rafael (preciso explicar: Rafael é o personagem do Cláudio Marzo, lembra?)
    7- Se você sabe qual a importância do Rafael na trama... Com certeza, você é o autor, porque só Manoel Carlos sabe dizer o motivo deste personagem existir.
    8- Agora, se você é podre de rico e não está nem aí para os problemas da sociedade. Não foi e jamais iria num domingo para uma passeata pelo desarmamento, a guerra no Iraque não te preocupa nem um pouco e você sequer se imagina fazendo um discurso contra a onda de violência que atormenta a população do Rio de Janeiro... Parabéns, você na verdade é um personagem de Celebridade. Viva Gilberto Braga!!!!
    10 perguntas da série "o que se passa pela cabeça de Manoel Carlos?"

    O último capítulo de Mulheres Apaixonadas foi um dos piores já vistos. Na correria para dar um desfecho às centenas de personagens que criou, o autor se perdeu por completo. Há perguntas que martelam minha cabeça desde a fatídica noite de sexta-feira:

    1- Por que a avó de Salete foi à festa de formatura da Escola Ribeiro Alves? E ainda por cima acompanhada das duas vizinhas da garotinha, a garota de programa e a pediatra, que a odeiam.
    2- Já que foi à festa (inexplicavelmente), por que o trio supracitado foi o único núcleo de personagens que não teve direito a uma mesa durante a festa da Ribeiro Alves?
    3 - Realmente, devia ter muito pouco lugar, porque Maneco colocou na mesma mesa Helena, Cesar, Lorena, Téo e Luciana. Na boa, por mais ricos e chiques que sejam os moradores do eixo Alto Leblon-Barra, alguém acredita em tal demonstração de civilidade?
    4- Quem em sã consciência iria virar para o coleguinha do lado, durante a execução do hino nacional na festa de formatura, e dizer um texto manoelcarlista do tipo "sabe aquele livro que a professora Helena falou durante a aula? Então, saiu uma nova edição e eu comprei um para mim e outro para você"? Aceitando-se que esta cena de fato rolasse (o que eu, definitivamente, não aceito), seria possível imaginar que o agradecimento pelo presente fosse um beijinho sem sal como aquele que o personagem-sem-nome-criado-de-última-hora-para-desencalhar-marcinha deu na filha do doutor César?
    5- Qual a relação de Manoel Carlos com o autor do livro supracitado para citá-lo em, pelo menos, cinco cenas no último mês da novela? E mais: por que em quatro destas cinco citações Maneco fez questão de frisar que o autor é de Niterói? Seria apenas uma forma de localizar o espectador ou uma mensagem subliminar do tipo "Estão vendo? Não é apenas a vovozinha má que mora em Niterói, nem a cartomante que descobre tudo do passado e do futuro (essa é de "Por Amor", a personagem de Suzana Vieira sempre falava nela) ou o piloto de helicóptero probetão (mais uma de "Por Amor"). Na terra de Araribóia também há seres superiores, mentes pensantes, homens dignos de morar no Alto Leblon". Eu, como filha da terra além-baía, fico extremamente comovida.
    6- Se Gianechinni entrou no último capítulo para interpretar ele mesmo (um cara bonitão que gosta de pegar coroas-peruas), por que o nome do personagem era Ricardo e não Reynaldo?
    7- Se no fim apareceram quase todos os casais da trama se beijando, por que Clara e Rafaela só deram um estalinho muito do sem graça e mesmo assim como Romeu e Julieta?
    8- Por que ninguém demonstrou surpresa ou espanto quando Raquel revelou, durante discurso, que estava grávida de Fred? A mãe do morto chegou a abrir a boca em sinal de "ooohhh", mas não passou disso.
    9- De onde a direção da novela tirou o casal de velhinhos que encontra Dóris na praia???? Eu não sou nenhuma netinha-que-odeia-idosos, mas depois de assistir àquela cena patética tive o ímpeto de correr para a casa da minha avó e estrangulá-la (ainda bem que moro em um edifício sem elevador e a preguiça de descer as escadas foi maior).
    10- Uma das cenas mais esperadas da novela se transformou em uma das maiores decepções: o que foi a primeira noite de amor de Edvirgem???? Dieckmann fez uma cara de espanto tão grande para a câmera que tenho a impressão que o Marcos Frota entrou no set de gravação furioso e mandou suspender tudo, por isso a cena foi tão rápida.

    Bom, tem muito mais coisa. Mas preciso voltar ao trabalho.

    domingo, outubro 12, 2003

    Especialidade....

    Essa eu recebi por email da Milena do Espírito Santo, pura provocação:
    Se dentista é especialista em dente...
    paulista é especialista em que???!!!

    Fuiiii

    sábado, outubro 11, 2003

    Num bar do Rio...


    Olhem como são as coisas, né?! A cultura popular se encontra em pequenos dede nosso cotidiano. Vejam o que encontrei:

    Dia desses passeando pela Rua do Mercado, resolvi parar para tomar uma gelada no bar da esquina. Quieto no meu canto, iniciei uma observação profunda do estabelecimento (que não tinha tantas coisas assim). Quando de repente meus olhos se fixaram num pequeno pedaço de papel que tinha a “Oração do Comerciante”. Achei o texto muito bem bolado. Vejam: (só não me perguntem quem é o tal Pastor Matias).

    Oração do Comerciante
    Pastor Matias
    Freguês nosso que estais atrasado
    Venha a nós o vosso dinheiro
    Seja paga a vossa conta
    Só a vista, nunca a prazo.
    O saldo restante quitai hoje
    Perdoai as nossas exigências
    Assim como nós perdoamos as vossas amolações
    Não nos deixeis cair em atraso com nossos fornecedores
    Mas, livrai-nos senhor, dos caloteiros.
    Amém!

    sexta-feira, outubro 10, 2003

    Reggae Root no Moutela

    O Largo do Moutela (que fica entre a Freguesia e o Anil) vai ter sua primeira noite de Reggae. Babilônia!!!!

    O Reggae Root vai estrear hoje a noite, dentro do Danilo,s Bar que fica no Largo do Mussum, na Estrada de Jacarepaguá.
    A proposta do DJ Dézinho, é que o evento role todas as sextas. Homens pagam 3,00 e mulheres: 1,00. (como hoje é dia de estreia, o DJ confirmou que a entrada é liberdada).
    Vai rolar muito Bob Marley, Nativus, Tribo de Jah, Cidade Negra, dentre outros!!!

    Perguntei para ele porque Reggae Root aqui em Jacarepaguá. Ele me disse que para se ouvir Reggae é preciso ir até a Zona Sul, ou até a Zona Norte. O Reggae Root vai ser a mais nova opção de lazer em Jacarepaguá. Sempre a partir das 22:00 horas.

    Estarei conferindo e prestigiando a mais nova opção do bairro do Anil. É a Babilônia inflamando. Babilônia em Chamas.

    quarta-feira, outubro 08, 2003

    MOMENTO-DESABAFO

    Pequenas coisas podem me causar uma irritação tão profunda que sou capaz de perder a cabeça. Especialistas podem ver nisso um forte traço de loucura (meus pais também vêem), outros acham que é apenas coisa de menina mimada (meus amigos também acham), mas eu sinceramente acredito que o erro esteja nos outros (tese com a qual ainda não consegui achar quem concorde). Um exemplo: você está falando com alguém e pede o número do celular de uma outra pessoa. Solícito, o sujeito responde prontamente: 987-654-32. Pronto, essa separação de primeiro três números, depois mais três e por fim outros dois já me deixa irritada. Na boa, celular se passa assim: 9876-5432, de quatro em quatro números e não se fala mais nisso. Mas tudo bem, passada a irritação inicial, faço um esforço para continuar conversando com o sujeito que não sabe ditar números de celular. Sabe-se lá porque, o digníssimo insiste em dizer o meu nome a cada frase "Mas aí, Joana, ele me telefonou e disse tal coisa. Joana, você acha o que? Eu também não posso aceitar isso, Joana. As pessoas têm que saber, Joana, que não é bem assim". Aí o sangue sobe: "Meu querido, vamos esclarecer uma coisa: há 27 anos eu sei que me chamo Joana, só estamos nós dois aqui, então não é preciso repetir meu nome compulsivamente, ok?". Mais uma etapa ultrapassada.
    A conversa continua animadamente. Até que vem o tiro de misericórdia: já conversaram com alguém que, enquanto você fala, fica mexendo os lábios discretamente como se também estivesse falando? Tenho um amigo que sempre faz isso e sempre me estressa. "Por que você mexe a boca enquanto EU estou falando?" "Eu não faço isso" "Mas é claro que faz! Parece que está cochichando consigo mesmo enquanto eu falo sozinha!"
    Bom, é claro que depois dessa não tem como manter o diálogo. Então vou fazer outra coisa. Sabe aquela pessoa que eu pedi o celular no início? Então, vou ligar para ela. Mas se for alguém com quem não tenho muita intimidade, o início do telefonema é motivo de tensão para mim. "Alô". "Oi, Fulano, é Joana". "Eu sei, o seu número está gravado na minha memória". Droga! Tenho dificuldade em ligar para as pessoas com as quais não tenho muitíssima intimidade, então quando telefono já tenho um textinho decorado e, se o meu interlocutor fugir do script, fico meio tonta. Atenção, a ordem correta é "Alô" "Oi, Fulano, é Joana" "Oi Joana, tudo bem?" "Tudo... Olha só, eu estou ligando para saber..." e aí a conversa engata. Além dessas coisas, também me irritam as pessoas que falam a menos de três palmos de distância do meu rosto, aquelas que pegam no meu braço compulsivamente durante a conversa (pior ainda são as que cutucam, putz!) e até as que insistem em falar olhando nos meus olhos (sinceramente, essa de Olhos nos Olhos só em ocasiões muitíssimo especiais!). Outra coisa: não gosto que falem meu nome alto na rua. Nossa, quer me matar de vergonha é soltar um JOAAAAAAAAAAAANAAAAAAAAAAAA no meio da Praça XV...

    terça-feira, outubro 07, 2003

    Encontro no Além Mar


    "Ai esta terra ainda
    Vai cumprir seu ideal
    Ainda vai virar
    Um imenso Portugal"

    Música: Fado Tropical de Chico Buarque e Ruy Guerra - CD CHICO CANTA
    música da peça teatral: CALABAR - 1973


    Encontrei no interessante Blogue de Esquerda de Portugal uma informação fantástica. Vejam o que Manoel publicou:

    Está já em preparação um novo encontro de blogues e de bloggers, desta vez em Lisboa e com um carácter mais informal.

    Todas as informações e novidades serão divulgadas aqui, durante o mês que hoje começa. Mas podem ir anotando nas agendas a data (30 de Outubro),
  • Local: Sociedade de Geografia de Lisboa, na Rua das Portas de Santo Antão.
  • Tema Blog, meio de comunicação de futuro ou moda efémera? e o moderador dos debates: Carlos Vaz Marques). As inscrições estão abertas.

    Confesso que se fosse por aqui, pelos arredores do Rio, eu iria com certeza. E aí caros Bloggueiros que me visitam diariamente? Que tal a ideia de replicar por aqui??
  • A Febre das Canções

    Eu aceito caros bloggueiros, aceito mesmo ser chamado de chato, inconveniente, velho babão. Mas esta rolando uma febre na Internet sobre um texto de um autor desconhecido, que mora nos Estados Unidos, e que, para ajudar no orçamento, esta fazendo "bico" de babá e estudante. O texto tem como nome “Canções Infantis”.
    Quero dizer babilonicamente que achei o texto bobo, com equívocos enormes. (tem gente achando esse texto o máximo. Na verdade, está virando um span chatíssimo).

    O tal estudioso (que não estudou nada sobre contos de fadas, muito menos sobre a subjetividade de canções infantis) nas horas vagas fica sendo baby siter tendo como método cantar canções brasileiras para uma menina americana.

    Quando a tal Mary Helen perguntou pro tal estudioso o significado da canção Boi da Cara Preta, o cara simplesmente mentiu pra menina. Vejam:

    (...)"Boi, boi, boi, boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta..." (???)
    Como eu ia explicar para ela e dizer que, na verdade, a música "Boi da Cara preta" era uma ameaça, era algo como "dorme logo, caralho, senão o boi vem te comer"(...)


    Lamentável esse trecho. Pelo pouco que sei dos hábitos alimentares deste animal, o boi é um herbívoro e na música não fala de “Caralho” ou de “Comer”. O máximo que um boi faz é dar chifrada.

    A partir daí, o cara fica paranóico. Aliás, isso é coisa muito comum dos americanos. Ele entrou em parafuso, porque não sabia de músicas que fossem gentis e que mostrassem um mundo encantado de uma Disneylândia brasileira pra Mary. A paranóia foi tão grande, que o cara resolveu formular uma tese sobre a origem dos problemas do Brasil.

    Ele parte do pré suposto que o problema do Brasil é que nós temos uma auto-estima muito baixa. Isso faz com que os brasileiros se sintam sempre inferiores e ameaçados, passivos o suficiente para aceitar qualquer tipo de extorsão e exploração, seja interna ou externa.

    No mínimo, cara descontextualiza nossa história de exploração: desde a colônia até os dias atuais, que passa pelo imperialismo Americano, pela Ditadura Militar, etc.... Não. Nada disso tem sentido. Temos é um Trauma causado pelas canções da infância.

    Bom, nunca me senti ameaçado por cantar a música “Atirei o pau no gato”. Pelo contrário, esta música é uma ciranda, uma grande brincadeira, na qual todos dávamos as mãos e cantávamos até chegar no miou onde todos caiam no chão!!! Quem tem atirado de verdade são as crianças norte americanas e canadenses em professores, em amiguinhos da escola. Não com um pau, mas com pistolas e revolveres desta sociedade doentia.

    O conhecimento desse estudioso é duvidoso, a música “sou pobre pobre pobre” é de origem francesa, e surgiu na idade média e que tinha como função a resignação social desta sociedade pré industrial.


    A música “Vem cá, Bitu!” descrita no email é uma versão escolar da musica junina.
    “Cai, Cai balão. Aqui na minha mão.!!!” A música no final diz no último verso: “Não vou lá! Não vou lá, Não vou lá! Tenho medo de apanhar.” Sendo um aviso para a criança que deseja pegar um balão na mão. Pelo perigo.

    A música “Marcha soldado” é um reflexo de todas as intervenções e ditaduras que o Brasil teve, mas também era uma ciranda, uma brincadeira de criança.

    Já a canção do “anel de vidro que se quebrou” não está relacionado “ao amor que era pouco.” A criança se apaixona rápido e com a mesma rapidez se desapaixona. Relacionar a canção à nossa sociedade adulta que tem valores monogâmicos de fidelidade até a morte, é um equivoco grave.

    Agora, dizer que a musica “O cravo e a Rosa” incita a violência conjugal e de que precisamos lutar contra essas lembranças para que nossos filhos tenham um futuro melhor é um absurdo. Criança briga sim, assim como os adultos e não são estas músicas que deixam nossa sociedade, rica culturalmente, com a estima baixa.

    A ORIGEM
    Muitas destas canções são de origem Européia, francesa, portuguesa, etc.
    Todas as crianças tem um lado mau, um lado perverso, e as músicas trabalham com estes elementos. De violência, de terror.

    Os contos de fada começam com Perraut no século XVII na França, recolhendo as histórias do povo e as coloca em verso. Oferecendo aos reis as histórias da Mamãe Ganso.
    As Fábulas de La Fontaine surgem na mesma época, denunciando as injustiças que aconteciam na corte e no povo. São contos que se baseiam na sabedoria prática da natureza humanas (medos, os sonhos, utopias) e contados dentro de casa, é um método de formação da criança.

    A moderna industria Disney, por sinal conseguiu ameniza a dor e o sofrimento dos personagens e retirar do contexto da história, justamente os elementos da condição humana. E o que esta industria faz, é um mau, que tem como principal reflexo essa sociedade que atira. Sejam em árabes, negros ou mesmo, numa escolinha interiorana dos EUA.

    REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Contos de fadas – Símbolos mitos e arquétipos – Autor: Nelly Novaes Coelho / Editora Difusão Cultural do Livro – 2003 - São Paulo

    segunda-feira, outubro 06, 2003

    Glória Perez – A Mensageira da Paz



    É com este enredo que o G.R.E.S. Unidos do Anil iniciou no sábado passado, o processo de escolha do samba. Foram 16 sambas inscritos e dois foram eliminados.
    O ensaio está ocorrendo todos os sábados a partir das 21:00 horas na casa de show Manecão, que fica na Estrada de Jacarepaguá, entre o Anil e Jardim Clarice, do lado da fábrica da Antártica.
    Como estou na bateria da Unidos do Anil a maratona é intensa, mas recompensa sempre.
    Meu padrinho da Escola (Chipoco) está disputando. Como bom afilhado, reproduzo na íntegra, a criação destes compositores:

    UNIDOS DO ANIL – CARNAVAL 2004
    GLÓRIA PÉREZ – A MENSAGEIRA DA PAZ
    Compositores: Ana Rita, Arizinho, Fernando Chipoco e Pinha


    A história Conta
    A trama do pecado original
    Tudo era maravilha e sonho
    No paraíso divinal
    Eva pela maça seduzida
    Nos gerou, nos deu a vida.

    “Homem, lobo do homem.”
    Com sua sede de poder,
    Com sua cobiça e egoísmo,
    Destrói, maltrata e faz sofrer.

    Amor chega de tormento!
    O Anil mostra o exemplo
    Dessa mulher singular.
    Vamos descruzar os braços,
    Ocupar todos os espaços.
    Fazer nosso brado ecoar.

    Sob o manto azul e branco
    De nossa mãe celestial.
    Emanando raios de felicidade,
    Iluminando a humanidade,
    Transformando em realidade,
    O amor e a paz.

    Glória, tua existência
    É um palco de vitórias.
    Da tragédia, surgiu uma guerreira.
    No coração, nossa indignação.
    Glória Perez, verdadeiro
    Gritos das mães desta nação.

    Verdade ou fantasia,
    Vou vivendo essa ilusão.
    No ar, o “show” da vida,
    Na televisão