segunda-feira, julho 01, 2002

E porque não fazer um poema?

Trem do Forró



Por Renato Motta

Tem forró no trem do forró
Que aponta noite adentro
Vai de cabo à rabo
Cabo, que acabo pedindo licença
Espichado pelo Recife do Marco
Alongado no xote do trilho
Ritmo do apito da zabumba

Tem forró no trem do forró
Folguedo matuto
O bom do bumbo de pífano
Lados em que as cidades passam
Sem pressa, ou vontade de chegar

Ritmos e sons
Percorrem por entre os vagões
Nos braços das linhas
Do que um dia
Já se foi em Pernambuco
Pela linha vazia
De um trem.....
Que hoje não tem mais.

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