segunda-feira, maio 13, 2013

Histórias que o Santa Cruz não conta

Postagem atualizada em 05/05/2018 com informações do Perfil @Flamengo Retrô

Em 2002, visitando o solar onde morou Manuel Bandeira, descobri uma livraria ao fundo da casa do poeta, que fica na Rua da Aurora em Recife.

Dentre as obras, estava uma pérola que encontrei por acaso, um livro intitulado: História do Futebol Pernambucano - Livanildo Alvez - Editora Bagaço - Recife/PE

No site do time coral podemos perceber que foi apagada da sua memória o real motivo para que o Santinha escolhesse as suas cores. O registro apenas indica a sua fundação: http://www.santacruzpe.com.br

"Aos três de fevereiro de mil novecentos e quatorze a rua da mangueira no. 02, distrito da Boa Vista, pelas 19 horas, reuniram-se os srs. Quintino Manda Paes Barreto, José Luiz Vieira, José Glycerio Bonfim, Abelardo Costa, Augusto Franklin Ramos, Orlando Elias dos Santos, Alexandre Carvalho, Oswaldo dos Santos Ramos, Luiz de Gonzaga Barbalho Uchoa e Augusto Dornelas Câmara, para a fundação de uma sociedade de “foot-ball”. Proclamado presidente o Sr. Augusto Ramos é pelo mesmo aceito tendo convidado o Sr. Luiz Barbalho para secretariar a mesma."

Mas o livro, documento irrefutável escrito por um estudioso do futebol pernambucano, registra o depoimento do primeiro goleiro do time Ilo Just:

"Quando houve a criação da liga, surgiu o problema, do Flamengo-PE que, tinha as mesmas cores nossas: preto e branco. Os dois não podiam ficar e o Flamengo terminou permanecendo como alvinegro.

Ainda estávamos em dúvida com respeito as cores, quando passou por aqui o Flamengo do Rio, que ia excursionar em Belém do Pará. Sua camisa era vermelha preta e branca. Resolvemos nosso problema, acrescentando o vermelho às nossas cores." Ilo Just - publicado também no fasciculo 2 - Conheça o Santa Cruz 55 anos de glória -

De fato, a passagem do clube carioca pelo Recife, naquela época aconteceu conforme registros de antigos jornais de Pernambuco como a matéria do Jornal do Commercio: "Viaja no paquete Rio de Janeiro com destino ao Pará, onde vai a convite da liga paraense jogar diversos matches de foot-ball, por ocasião das festas do tricentenário de Belém, o poderoso team do Flamengo do Rio." Registrava o Diário de Pernambuco em 19 de dezembro de 1915.

Naquele ano, o uniforme do Flamengo era Cobra Coral. Uniforme esse que posteriormente seria substituído pelo modelo Rubro negro listrado, pois a camisa anterior era similar a bandeira da Alemanha na primeira guerra.

Nesse sentido, o livro deixa claro de que o Santa Cruz em 1916 vai fazer a sua estréia com a camisa cobra coral.
Nessa logica , em cada camisa do Santa Cruz que vejo aqui em Pernambuco, está a antiga camisa do Clube de Regatas do Flamengo.

O livro registra que o primeiro clube pernambucano a ganhar o titulo de campeão foi o Sport Club Flamengo - de Pernambuco - fundado em 20 de abril de 1914 - uniforme - Calção branco, camisa preta - O nome resultou da simpatia de seus torcedores pelo Flamengo do Rio de Janeiro.

sexta-feira, maio 10, 2013

Sede Lex Dura Lex

SENTENÇA JUDICIAL DATADA DE 1833 - PROVÍNCIA DE SERGIPE

O adjunto de promotor público, representando contra o cabra Manoel Duda, porque no dia 11 do mês de Nossa Senhora Sant'Ana quando a mulher do Xico Bento ia para a fonte, já perto dela, o supracitado cabra que estava de em uma moita de mato, sahiu della de supetão e fez proposta a dita mulher, por quem queria para coisa que não se pode trazer a lume, e como ella se recuzasse, o dito cabra abrafolou-se dela, deitou-a no chão, deixando a sencomendas della de fora e ao Deus dará. Elle não conseguiu matrimonio porque ella gritou e veio em amparo della Nocreto Correia e Norberto Barbosa, que prenderam o cujo em flagrante. Dizem as leises que duas testemunhas que assistam a qualquer naufrágio do sucesso faz prova.

CONSIDERO:
QUE o cabra Manoel Duda agrediu a mulher de Xico Bento para conxambrar com ela e fazer chumbregâncias, coisas que só marido della competia conxambrar, porque casados pelo regime da Santa Igreja Cathólica Romana;

QUE o cabra Manoel Duda é um suplicante deboxado que nunca soube respeitar as famílias de suas vizinhas, tanto que quiz também fazer conxambranas com a Quitéria e Clarinha, moças donzellas;

QUE Manoel Duda é um sujeito perigoso e que não tiver uma cousa que atenue a perigança dele, amanhan está metendo medo até nos homens.

CONDENO:
O cabra Manoel Duda, pelo malifício que fez à mulher do Xico Bento, a ser CAPADO, capadura que deverá ser feita a MACETE. A execução desta peça deverá ser feita na cadeia desta Villa. Nomeio carrasco o carcereiro.
Cumpra-se e apregue-se editais nos lugares públicos.

Manoel Fernandes dos Santos
Juiz de Direito da Vila de Porto da Folha Sergipe, 15 de Outubro de 1833.

Fonte: Instituto Histórico de Alagoas
Imagem do blog http://artigosdehistoria.blogspot.com.br Publicado em julho de 2010.

quarta-feira, maio 08, 2013

Boa Reza

Hoje indo para o trabalho escutei esta música. Boas vibrações para o inicio do dia. Conexões entre Rio de Janeiro e Recife.

terça-feira, maio 07, 2013

Lisboa com sotaque francês

Cheira bem!!!

Para maiores informações da cantora sugiro o site http://www.wendynazare.com/

Um Rato Ignóbil

Por Renato Motta Rodrigues da Silva

- "Um Rato Ignóbil!!"

Logo que escutei a frase verbalizada de forma "inconforme", no instante fragmento do tempo em que passei pela estação do rádio, senti o calafrio de ser golpeado pela afiada peixeira da língua.

Língua que mingua, portuguesa, ferina e voraz, devorando em termos e frases ocultas o superlativo adjetivo da ira que não se aplaca pelo tempo.

Que se alimenta pelas entranhas do sistema e que se desdobra nos eixos de clamores pelo sangue, pela aniquilação, pelo espetáculo do Coliseu Romano.

Seja aqui, ali, seja alá... será?

Não há distinção deste mundo em ebulição aonde cada vez mais micros e macros se confundem, se comprimem ou se dilatam.

E o maniqueísmo do branco no preto, do preto no branco, do certo e do errado, da vida e da morte. Eles não permitem o cinza, o diferente, inviabilizando um possível não imaginado, A distensão da tensão humana é desintegrada por nossos formigueiros de intolerância e desprezo.

Quem são estes ratos ignóbeis se não todos os que estão no esgoto da contra cultura, nos apartamentos que apartam, destoam. Clamando pelo desfibramento da alma em postas fritas para o grande banquete.

E no limiar do desespero imposto pelos donos das vozes nas redes pelos nós do grande sistema.

O isolamento da sociedade esquece da máxima conhecida pelos ditos populares e trava língua:

"O rato roeu a roupa do rei de Roma!"

Texto inspirado pela proposta temática do blog UMA ESTRANHA NO LIVRO de Nina Marie

segunda-feira, maio 06, 2013

Samba Vida & Poesia

O Samba estará em Festa no dia 17 de maio de 2013. Vale a pena a pena conferir.