Magnífica paisagem
Não pense o caro blogueiro que a paisagem estava assim. Ela é magnifica por natureza, mas repito: não estava assim. Era noite... Uma noite quente deste inverno dos trópicos, nesta cidade que impressiona pela sua beleza.
A volta da Zona Sul pra Jacarepaguá é uma prova de paciência, pois já estava de madrugada e os onibus ficam bastantes escassos. Garante-se a volta mas... o tempo que irás gastar é que é o grande mistério!
Meu destino é pegar o 455, linha que vem de Copacabana com destino ao Méier mas que fico sempre na Praça XV a fim de pegar, no ponto final o 268.
Apressado pelo stress do dia e pelos perigos da noite, entro no ônibus ouvindo meu walk man, após degustar uma latinha de Skol por 1,50.
Pra que usar aparelho eletronico no 455? Assim que passo pela roleta, um grupo de animados sambistas - com pandeiro, cavaquinho e violão executavam com maestria nosso clássico do choro "O Brasileirinho".
Enquanto isso, o onibus deslizava rumo ao acesso do Aterro do Flamengo, uma pista expressa que só terminina lá no Aeroporto Santos Dumont.
O espelho dagua da Baía de Guanabara desliza sobre a minha retina, com seus barcos aportados e fixos e um doce aroma de maresia, de agua do mar, perfuma o onibus. Ao fundo o Pão de Açucar, iluminado na sua extremidade da direita, proporciona uma bela visão, um pano de fundo da cidade que parcialmente mostra seus encantos.
A visão sim era magnifica, estava no Rio de Janeiro, privilégio para quem teve a sorte de nascer nesta cidade que a cada dia encanta.
Ao final do percurso do aterro, os músicos pedem uma contribuição, couvert que é justo, pelo espetáculo, pela composição - com uma enorme ajuda da cidade. Pago satisfeito 1 real!
Resultado?! Perdi o último 268 do dia, que saiu pontualmente as 23:45 daquela quarta. Mas... em compensação, estou com O Brasileirinho, o cheiro do mar, e o Pão de Açucar ecoando em minhas lembranças.
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