Azougue em doses homeopáticas
"Azougue eu tomo pra me distrair,
azougue eu tomo pra me transformar" Também passei o dia inteiro com essa música do DJ Dolores na cabeça com a voz da Izaar. É o tipo da canção Exu, Babilônicamente mexe com as entranhas de nossa alma e uma vontade de sair pulando pelo quarto, pela sala, pela rua, pelas avenidas e chegar na Avenida Gararapes tendo Pernambuco debaixo dos pés e a alma na imensidão.
Segundo recentes pesquisas, azougue é "uma mistura de PÓLVORA com aguardente e ervas, bebida usada em ritual religioso e tradicional dos caboclos de lança guerreiros do maracatu de baque solto, da região da mata e dos canaviais de Pernambuco."
Em 7 de janeiro de 1957, o cronista Antônio Maria escrevia na sua coluna Mesa de Pista o seguinte: "...Uma noite fomos com Orson Welles ao cabaré. Pedimos o "Metralhadora Pesada". Welles ouviu com os olhos abertíssimos (sempre fez muito olho, o nosso Weles) e disse que era espantoso. Mas achou que o frevo sairia do Recife. Discordei! O frevo, uma dia sairá pelo mundo. É a única música que levanta o freguês da cadaeira. Agora, é preciso encontrar uma maneira de levá-lo ao mundo. Isto é, descobrir um modo de simplificá-lo (mesmo adulterando-o), até torná-lo possível ao gosto e aos norvos do mundo." Jornal O Globo - 7/01/1957.
Os Penrmabucanos, depois do Movimento Mangue e de Lenine, agora estão falando para o mundo!
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