Bienal, Futebol e (in)Certezas
Ontem me permiti dar um pulo na XII Bienal do Livro que está terminando hoje, no pavilhão do Rio Centro, em Jacarepaguá. Assim que adentrei pelo portão do salão vermelho, pude ter uma noção de que o final de tarde na Bienal seria desesperador.
A sensação foi de como se estivesse no epicentro de um formigueiro humano. Palmas para os organizadores, afinal de contas uma pergunta fica no ar! Seria aquela quantidade enorme de pessoas em busca de lançamentos ou somente um modismo livresco pelo tamanho da feira?
Mas que isso, assim como muitos daqueles que circulavam pela Bienal, provavelmente estavam pessoas que trabalham durante a semana e que só podem visitar a esta festa do livro no fim de semana. Mas a sensação que tive é que existem muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, algumas mais públicas, outras mais restritas – afinal de contas, o Café Literário diminuiu de tamanho para o público, dando maior espaço ao bar (puro capitalismo).
Contadores de histórias, promoções de operadoras de telefone, sala de autógrafos, hall da fama, estandes de RPG, grandes editoras, pequenos estandes, etc... Cada espaço determinava a quantidade de pessoas. Minha alegria foi verificar uma roda de poesia e lá pude encontrar poetas conhecidos como a Thereza Cristina Motta, Mano Melo, dentre outros, assim como a presença resistente da Ed. Íbis Libris que publicou alguns poemas meus e lá estava com a Antologia Poética Ponte de Versos sendo vendida.
Mas a muvuca babilônia, confesso, me desanimou a ficar mais tempo dentro da Bienal.
Lá em casa, a família toda é rubro negra convicta, mas um fato me despertou na última sexta feira, o jornal da TV anunciava a estréia da nova camisa do Fluminense, depoimentos de jogadores, a jogada de marketing, tudo transcorrendo tranqüilo. De repente, do nada, minha mãe, que nunca foi de apreciar o esporte bretão, fala com uma propriedade e uma certeza de assustar.
- Eles vão perder, o Fluminense vai perder, quem mandou trocar de camisa?
Achei meio esquisito, mas não dei muita importância. Acabei indo ontem a Bienal e não acompanhei jogo nenhum, mas a minha surpresa foi verificar que o Flu tinha perdido de 4 X 2 pro Curitiba. É... mandinga pouca é bobagem.
PS: agora é ver se o Rubro Negro vai decepcionar ou vai ganhar a peleja logo mais contra o São Caetano. E seja o que Tupã quiser.
Nenhum comentário:
Postar um comentário