quinta-feira, março 31, 2005

Torcida Virtualmente Organizada

É... meus caros blogueiros, em tempos de final da Taça Rio com um FLA X FLU pela frente, acabei ingressando numa Torcida Virtualmente Organizada, a FLAORKUT
Sou o socio número 0199 e como os caros blogueiros podem observar já tenho minha virtual carteirinha:

quarta-feira, março 30, 2005

Ai de ti, oh Guanabara


O antropólogo Claude Levi-Strauss
conheceu a baía de Guanabara
Pareceu-lhe uma boca banguela


Depois dos diversos adjetivos que o Rio de Janeiro tem adquirido durante o tempo como: cidade metrópole, cidade maravilhosa, cidade partida agora é essa de ser cidade-estado, neste caso é a possibilidade de sermos, de novo, Estado da Guanabara.

Se a questão for a semântica sonora e poética do nome Guanabara, acho muito legal retomar esse nome indígena talvez dos Maracajá ou Tamoios, que significa: "baia que se assemelha a um rio".

Alias, existem projetos de outros estados pelo Brasil, lembro da vez que fui ao Congresso Nacional e vi um cartaz de um Deputado do Paraná defendendo a criação do Estado Iguaçu - com territórios do extremo oeste do Paraná e Santa Catarina e que teve uma vida efêmera. Creio que o projeto foi arquivado.

Assim como Iguaçu, acho que os nomes indígenas soam bem pros territórios - veja que nome lindo é Guararapes e que fica somente em Jaboatão e no aeroporto de Recife.

Mas Guanabara é peculiar, tem uma questão política que divide os governantes (nesse caso Deputados, Senadores e Vereadores do Rio). Alguns como a vereadora Aspásia Camargo (PV) é defensora veemente da criação da Cidade Estado. Já a Deputada Federal Jandira Feghali (PC do B) já se posicionou contra. Certo mesmo é que um Deputado do Amazonas indexou o projeto do plebiscito do Estado da Guanabara no projeto de desarmamento e o relator é o Deputado Federal Jéferson Camata (PMDB-ES).

Vejamos, quem irá votar no plebiscito marcado para outubro? Só os cariocas, todos os fluminenses ou o Brasil inteiro? Babilônicamente não tenho opinião formada, mas penso no custo que isso vai ter para os moradores do Rio de Janeiro?

Me parece que os defensores do estado Guanabara tem um saudosismo quase que provinciano de que temos que nos separar do Rio de Janeiro (estado) e sermos Guanabara por essência. Creio que o custo social do Estado do Rio de Janeiro com os pobres municípios de São Fidelis, Itaperuna, Três Rios justificariam a separação? O Rio é lindo e isso vai representar mais custos para os seus moradores ou isso responderia os problemas sociais que atingem o Rio de forma violenta?

Não sejamos ingênuos!!! Tem muito político do Rio que não se elegeu e sabe que o novo estado é a possibilidade de entrar nas gordas fatias em Brasília como o representante da Guanabara. Tenho a impressão de que isso é um reflexo do tal "texto" alarmante do cineasta Arnaldo Jabour que clamava pela criação do Partido do Rio de Janeiro e que teve ecos significativos.

Sei não, acho que se o plebiscito for para o povo escolher, não seremos Guanabara, mas carioca, do Rio de Janeiro. Porque o carioca não agüenta mais o alto custo de ser morador do Rio de Janeiro. É ver pra crer!!!

domingo, março 27, 2005

Fim do Orkut?!


Ja tem um email correndo na Internet, não sei se é boato ou verdade mas vejam os caros bloggueiros:

"Foi publicada uma matéria no New York Times sobre o fim(provisório) do Orkut. Segundo o jornal, o Orkut sairá do ar no dia 1° de julho de 2005 para reformulação e voltará ao ar no dia 15 de agosto de 2005.

Segundo a matéria, o Orkut voltará em versão privada e exclusiva de assinantes. Ou seja,os membros q quiserem continuar com suas contas terão q fazer a assinatura do pacote, onde o valor de U$20,00 (dólares) mensais.

Os que não aderirem à assinatura, terão suas contas desativadas. Quanto às comunidades, elas só continuarão no ar, caso seus 'owners' efetivem sua conta.


Serááááááááááááááááááááááááááááá? - Me pergunta por email Bruno Babilônia. Não duvido... É esperar pra ver...

E aí Elis Monteiro, tá sabendo de alguma coisa???

sábado, março 26, 2005

Extra, Extra!!!!


Em todos os lugares do mundo, existe um point onde a gALLera se reúne sempre. Aqui no Anil tem o Point do Montela (bar constantemente freqüentado pela SOCABA Master), em Paris, Bélgica, Rio, Sampa - todos tem um point extremamente badalado.

O correspondente repórter, Cláudio Motta - em Salvador acabou encontrando um Point peculiar em pleno Pelourinho. É o meu Point. Adorei!!! Vejam caros bloggueiros que já tenho um babilônico espaço:

sexta-feira, março 25, 2005

O Molho e o Caldo

Deve ser a ira dos deuses, cólera do universo frente às suas melhores iguarias. Uma praga terrivel!!! Tenho dito e acredito!!!

Minha teoria é a seguinte, depois que se descobriu que os entorpecentes fazem mal a saúde, que a revolução sexual estava ameaçada frente a AIDS, que o pecado da gula era real com a Vaca Louca e a febre aftosa bovina (até o churrasco anda meio ameaçado no mundo) achei que toda a desgraça tinha se dado por completo, mas contextualizando, aqui no Brasil ainda teria um desconto.

Ledo engano, pois derramaram o caldo do salutar caldo de cana, que em Santa Catarina pode ser mortal.

O sujeito que vai degustar um singelo pastel de queijo com caldo de cana pode contrair o Mal de Chagas, sentir um beri-beri e morrer em plena Avenida Central.

Fala sério, O mal de Chagas já havia sido erradicado no século passado e agora voltou com força total nesta iguaria brasielira - CALDO DE CANA.

Pior que isso, só uma curiosa cena que ocorreu nos arredores da Califórnia onde um outro sujeito foi fazer um lanche numa famosa rede de restaurantes e descobrir uma indigesta surpresa. Acabou encontrando um dedo humano que estava numa tigela de chili. Segundo a perícia, o dedo pertencia a uma mulher (talvez tenha sido a cor do desbotado esmalte).

Ou seja, o molho e o caldo (infelizmente) estão agora sob terrível suspeita. Sinistro, muito sinistro.

Em tempo 1: Um texto meu foi publicado no Site Informativo Expresso Opinião.

Em tempo 2: Beto Barraca indo pra Maceió, Madureira indo pra Ribeirão Preto e aqui no Rio chove, chove, chooooove!!!! E como diria Robin - Santa Semana, Batman!!!

quinta-feira, março 24, 2005

Outonais no Rio

vejam os caros blogueiros como são as coisas, quem conhece o Rio de Janeiro, sabe que o canal do mangue da Av. Presidente Vargas na Cidade Nova é um esgoto a céu aberto, com elevada taxa de coliformes fecais e outros residuos de procedência desconhecida.

Mas a natureza é caprichosa no outono, pos toda a extensão do canal está florida até a avenida do samba. O impressionante é que flagrei essa imagem na terça feira a noite, um registro na retina que merece ser apontado. Os contrastres do Rio estão em todas as partes, inclusive nas flores.

segunda-feira, março 21, 2005

E aí gALLera



Nossa peculiaridade lingüística com Portugal não é por acaso, fruto da colonização dos séculos XV e XVI, o Brasil é um imenso território onda a Língua Portuguesa é o idioma oficial - que muitas vezes é confundido pelos norte americanos desavisados, achando que falamos espanhol e nossa capital é Buenos Aires.

As gírias e sotaques foram se multiplicando a ponto de haver diferenças profundas com o idioma falado em Lisboa ou outra região da Península Ibérica e entre o Brasil com suas características próprias.

Exemplos dessas diversidades lingüísticas foram marcantes no período da literatura brasileira modernista com os nossos clássicos regionalistas Érico Veríssimo do Rio Grande do Sul, os termos nordestinos de Graciliano Ramos, o neologista espinhoso de Guimarães Rosa.

Hoje, exemplos de gírias e expressões que poderíamos citar são: pocô capixaba, a prenda gaúcha, o piá curitibano, o aproxêgo nordestino, o trem mineiro, os desencanos paulistas e a galera carioca.

No caso específico do Rio de Janeiro, lembro de estar em um chat com um legitimo português morador de Lisboa. Conversa vai... conversa vem, quando pergunto:

- Como está a galera aí de Portugal?

Instantaneamente sou meio ridicularizado, se pertenço a algum tipo clube de navegação, afinal de contas, galera no dicionário Houaiss significa: "uma antiga embarcação longa e de baixo bordo, movida a vela ou a remos, que servia tanto a marinha de guerra quanto a marinha mercante."

Nada disso. Galera em "carioquês" fluente significa multidão, aglomeração, grupo de pessoas, etc...

Luis Gravatá, colunista do caderno Info ETC do Jornal O Globo, achou uma forma inteligente e criativa de grafar a gíria, colocando dentro da palavra uma expressão inglesa. Criando então gALLera que sintetiza inglês e português dentro da mesma expressão.

Será então que deveríamos adotar o gALLera de Gravatá pra designar a expressão carioca? To be or not to be? O que está em jogo é a nossa vocação norte-americana, lusitana ou carioca mesmo? Não sei.

Lembro de um antigo programa da década de 80 da Rede Globo que transmitia shows ao vivo da praia do Pepino em São Conrado. E o nome do tal programa era Misto Quente. Mas a forma gráfica era o sanduiche de queijo e presunto no meio da palavra Misto (de mistura) que acabou virando MIXTO de Mix americano. De lá pra cá, é comum vermos a palavra escrita com o X.

Certo ou errado, essas possibilidades e mudanças podem alterar profundamente o significado e a compreensão de que a galera comeu um misto quente.

Penso no brasileiro do século XXIII tentando compreender como um barco comeria algo inexistente? Sei lá. Mas se for pra criar, quero incluir a designação para o nativo do Rio de Janeiro.
Sou mesmo é caRIOca, assim mesmo, com o Rio no meio.
E aí Gravatá??? Gostou???
PS: Imagem retirada do site: http://www.museum.navy.ru

domingo, março 20, 2005

Justiça




Na semana passada tive a oportunidade assistir Justiça, documentário de Maria Augusta Ramos no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, filme em que os recursos de filmagem são basicos, onda a câmera está pousada e fixa no Tribunal de Justiça no Rio de Janeiro, acompanhando o cotidiano de alguns personagens reais e o processo dos processos judiciais.

Coisa banal, bem verdade seria, se não houvesse um profundo caráter histórico que o filme acaba absorvendo nos seus fotogramas. Um documento bem editado que vai percorrendo os diversos espaços do poder.

Adorei a definição de Pedro Butcher da Revista Cinemais onde "A câmera é utilizada como um instrumento que enxerga o teatro social, as estruturas de poder — ou seja, aquilo que, em geral, nos é invisível.

Acho que é isso mesmo, se o filme se chama Justiça, acaba mostrando as injustiças que são particadas seja por policiais e os metodos de tortura pra conseguir o depoimento, pela indiferença dos juizes com seus erros e as suas contradições - chegando a uma caricata pantomima.

Outro ponto que chama a atenção, são as ideias da defensora publica, que no primeiro momento parece passivel aos acontecimentos, mas que acaba revelando o contraponto da estrutura social e a sua visão sobre as contradições sociais num pequeno dialogo familiar na mesa do almoço.

Por um outro lado, está o papel do favelado, do fanatismo religioso, da prece dos prisioneiros de uma facção criminosa e de uma vida nascendo, de uma criança que é filho de um condenado.

Esse recorte histórico e social de um periodo contemporâneo da cidade do Rio de Janeiro que passava por uma onda de violência extrema com ônibus sendo incendiados, este é o pano de fundo o cartão postal do Brasil, desvendando o termômetro social e seus reflexos.

Todos os prismas possíveis que vão se desfazendo em feixos, espectros de nossa sociedade, verdade seja feita, Justiça reflete isso.

De fato, assim que o filme acabou o silencio imperava na sala de projeção, mas os pensamentos de cada pessoa refletia o imacto. Por isso imperdível... recomendo!!!!

sábado, março 19, 2005

Franco Caiu com Cavalo


Has muerto, camarada,
En el ardiente amanecer del mundo.
Has muerto cuando apenas
Tu mundo, nuestro mundo, amanecía.
Llevabas en los ojos, en el pecho,
Tras el gesto implacable en la boca,
Un claro sonreír, un alba pura.

(Fragmento do poema "A un compañero muerto en el frente de Aragón" de Octavio Paz em "Romancero de la resistencia española", México, 1967).

Belo poema deste Mexicano que foi lutar na Guerra Civil Espanhola do lado das forças internacionais.

As imagens contrastantes desta semana foram:
1) A retirada da estatua de Franco
2) Espanhois franquistas que se reuniram fazendo o gesto fascista.

Uma cena internacionalmente triste, lamentável e impressionante.


Significa que os fantasmas históricos da intolerância racial estão vivos e identificado nos jogos onde a torcida do Real Madrid imita macaco pros jogadores negros.

O gesto foi simbolico, se por um lado, a estatua de Franco no cavalo foi derrubada, os gestos fascistas que representam torturas e assassinatos durante anos, ainda permanece na sociedade espanhola.

Sem dúvida, isso mancha a imagem de España, mas minha esperança é de que D. Quixote, a dança Flamenca ainda povoa nossas memórias.

Espero que eles consigam superar esse terrível gesto que vemos abaixo do proprio Franco, Heil Hitler, Duce Mussulini, O anauê de Plinio Salgado.

Ou então, sempre olharei atravessado pra essa tal Comunidade Europeia.

ABAIXO TODOS OS TIPOS DE FASCISTAS!!! O preço mundial foi muito caro no periodo da extrema direita.

sexta-feira, março 18, 2005

Moro na filosofia...

"Não há mente capaz de sintetizar todo o conhecimento da humanidade"!!

Pois ouvi ontem essa frase enquanto passava por um boteco, em plena quinta feira, no bairro da Lapa. Que Babilônia completa!!! A nossa capacidade de filosofar na mesa do bar, são as coisas de brasileiro, hábito carioca.

Minha vontade foi a de pegar um copo, pedir o garçom uma gelada (como fez calor ontem!!) e retrucar ao amigo de copo:

- Que nada, pra quê? Nossa essência revela o perverso lado funcionalista em que técnicos e máquinas são os instrumentos de complementação e acesso a univesalidade do conhecimento humano. - Diria com toda a convicção.

No fundo, esta verbologia inútil jogada fora na mesa do bar complementaria o debate.

Mas seria esse nosso obstáculos epistemológico? Não sei. Neste caso, a discussão continuaria seu fluxo até ser cortado por uma ordem imperativa e absoluta:

- Garçom, mais uma por favor!!!

quinta-feira, março 17, 2005

Cólera Urbana

Stress, tic-tic nervoso, neurose, raiva contida, sinistro são todos sinonimos bastante convenientes para a vida urbana em uma cidade grande como o Rio de Janeiro.

Os sintomas estão em pequenas observações de nosso cotidiamo, veja bem esta suposição. O caro blogueiro transita em seu veiculo auto motor pela cidade e se depara com um sinal fechado (semáforo - na linguagem técnica). Pois bem, depois dos minutos pacientemente aguardados de repente ele abre. Tenho certeza que vais receber uma sonora buzinada.

Pois comigo aconteceu ontem: me encaminhava para o ponto do ônibus, quando no meio do caminho encontrei uma aluna. No meio de minha conversa aquele "bling ling" de portão de uma garagem disparou, e antes do carro chegar perto de nós, o motorista apertou com vontade a sua buzina. O susto foi tremendo e depois que olhei bem no olho do motorista, percebeu e acenou pedindo desculpa.

E quem é que ja não acordou de manhã e em vez do ar puro e fresco da manhã, sentiu o ar pesado, com aquela poluição insuportável de derivados de gasolina, gas carbônico e reagentes de combustiveis? Pois comigo aconteceu hoje.

Mas o pior das cóleras urbanas é voce tentar se conectar a Internet pela manhã, com uma conexão dial up - discada e receber aquela noticia eletronica da operadora telefônica de que: "não foi possível completar a ligação com o este número, e que por favor verifique o número discado!!!!

Como?? Se conectei ontem pra deixar um texto no Blog da Babilônia!!! Ahhhh.... e pra piorar, isso está acontecendo agora!!!

Isso sim, se chama Cólera Urbana!!!

quarta-feira, março 16, 2005

Naaaaaaaao Adianta

Aviso aos navegantes. Me recuso a adentrar nesta restrita comunidade do Gazzag. Já estou no Orkut e bem satisfeito, apesar da lentidão, esse é o meu lema:
Desculpe amigos, mas Gazzag não!!!

segunda-feira, março 14, 2005

All Star


Aos Mudes e a bela festa na qual fui padrinho:
All Star
Composição: Nando Reis

Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as Índias
Mas a terra avisto em você
O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário

Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali
E entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra hoje

Estranho mas já me sinto como um velho amigo seu
Seu all star azul combina com meu preto de cano alto
Se o homem já pisou na lua
Como ainda não tenho seu endereço?
O tom que eu canto as minhas músicas pra tua voz
Parece exato

Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali
E entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra hoje

quinta-feira, março 10, 2005

"Filosofiando"!!!

Passando de onibus pelo bairro do Flamengo me deparei com a seguinte frase pixada no muro de um prédio bem alto e antigo do bairro:

"O medo existe para que você possa ter coragem"

É... pode ser... só sei que nada sei e que fiquei pensando até chegar ao meu destino.

terça-feira, março 08, 2005

Concorrencia desleal - Cena Carioca

Ontem a noite, em frente ao sinal do Hospital do Pinel, diversos calouros da UNI-RIO pediam dinheiro pro trote.

Particularmente um estava disputando os trocados com uma mulher que não era caloura. Pelo contrário, a necessitada era uma deficiente... que não tinha olho.

Ela batia de janela em janela pra arrumar uns trocados para o tratamento do olho ausente.

De fato, o calouro até tentou, mas não conseguiu quase nada e foi embora reclamando:
- Pô, assim não dá, essa concorrencia é desleal!! - E partiu para outro sinal.

segunda-feira, março 07, 2005

Mulheres em Ação no CCBB

O Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB), conta com uma vasta programação em homenagem o dia Internacional da Mulher através de uma mostra de filmes, dentre outras atividades.

Ontem quem entrou em cena foi o grupo Mulheres em Ação, criado desde 2002, é um grupo de líderes comunitárias de diversas favelas do Rio de Janeiro, que sob a direção da jornalista Anna Penido, promoveu um dia inteiro de atividades.

Estive registrando e apresentando o site Banco da Paz o dia inteiro. Aproveitei para captar algumas imagens do belo Centro Cultural e das atividades que ocorriam. Foi um belo domingo, onde a cidadania prevaleceu absoluta.


Detalhe das colunas e do Hall do CCBB e a sua arquitetura neoclássica.


Painel: Cidade e a vida na favela entre duas colunas do Centro Cultural.


Detalhe da sombra do sol através da cúpula central no segundo andar do CCBB e maiores detalhes de sua arquitetura neoclássica.


Obra da artista e líder comunitária Andrea Junqueira, da favela do Vidigal com caixas de leite.


Obra da artista e líder comunitária Andrea Junqueira, da favela do Vidigal com garrafas, cds e tampinhas.


A equipe da Dinamicoop que apresentou o site das Mulheres em Ação: Flavio, Daniela, Renato Motta e Henrique.

sábado, março 05, 2005

Cidadania: carioca


Desde 2002 que meu título eleitoral estava na comarca de Olinda, estado de Pernambuco, Salve oh terra de altos coqueiros, com seus casarios, lendas e histórias que povoam a cidade alta das "Holandas".

E ontem, em menos de 5 minutos a juiza trouxe pra 13ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro meu título, aqui pra minha rua, perdendo minha cidadania Pernambucana que bradava aos 4 ventos virtuais.
Então: Paulo Rubens Santiago, Marcelo Santa Cruz e Humberto Costa perdem meu voto.

Alô Chico Alencar, Eliomar Coelho, Molon e Carlos Minc. Voltei pras origens.

E PT saudações companheiros!!!

sexta-feira, março 04, 2005

Padin Renato

A emoção foi grande e bem comemorada, pela primeira vez na minha vida fui pardinho de casamento, daqueles que assinam até o papel do cartório de Manino e Mudes. Gostei!!!
e como diz a música: "Chorava todo mundo, mas agora ninguem chora mais!!!"

A imagem mostra Renato Motta assinando o documento.

quarta-feira, março 02, 2005

The Oscar goes to...

Na grande noite do cinema norte americano, zapeando pelos canais da tevê a cabo, acabei encontrando um peculiar documentário da RTV Espanhola chamado Estadio Nacional.

O documentário impressiona pelos depoimentos fortes sobre as condições da prisão, e os processos de repressão, os depoimentos e as lembranças de cada preso, mas principalmente sobre as torturas que aconteciam dentro de uma masmorra, um anexo do complexo esportivo.

"Estadio nacional” me impressionou porque remete a Ditadura Militar que assolou o Brasil e ao Chile, e que segundo o proprio site da RTVE, "Se trata de la primera investigación periodística en profundidad, acerca de los hechos ocurridos entre septiembre y noviembre de 1973 cuando el Estadio Nacional de Chile sirvió como centro de detenidos políticos."

A direção deste documentário é de: Carmen Luz Parot, e nos faz refletir sobre a atual conjuntura do chilena.

Uma cena interessante é o depoimento de um preso que monta um coro improvisado dentro do estádio. Os produtores tiveram a preocupação de buscar imagens de arquivo da TV local e uma das músicas que foram cantadas pelos presos foi a famosa: Marinheiro, marinheiro. Sem dúvidas, teve a contribuição de algum dos cem brasileiros que estiveram presos lá.

Se a festa do Oscar era na TV Globo, vi um exelente documentário na TV Espanhola, digno de premio internacional. O Oscar? Ahh! Este foi dispensável!!!!

terça-feira, março 01, 2005

A Cidade


Pois é... lembro das vezes que viajava à Porto Alegre e os gaúchos me mostravam, orgulhosos a sua cidade cheia de marcos, histórias e sabores. Nunca fui de desprezar as culturas locais, pelo contrário, sempre tive noção da grandeza deste Brasil, cheio de formas, conteúdos para serem aproveitados e vividos.

Mas havia uma provocação que adorava fazer aos meus anfitriões. Olhava bem a cidade e num gesto beirando a espontaneidade falava com todas as letras:

- É... Porto Alegre é uma cidade charmosa.... – e o semblante dos anfitriões inflavam de orgulho, mas eu continuava: – É... mas o Rio é sensual!!!
Bom o orgulho passava pra uma indignação e depois uma constatação.
- Bah, Renato, assim não vale, comparar o Rio com Porrrrto!!!! – E depois a paz era estabelecida.

Esse episódio serve pra ilustrar o dia de hoje, 440 anos da Cidade do Rio de Janeiro, cidade contraste, cheia de emoções fortes. Dizia a um amigo pernambucano que morar no Rio é ter a certeza de que cada dia você sente uma emoção diferente.

Paixão pela sua beleza; Alegria pelo jeitão deste povo; Raiva pelo tamanho e pelos engarrafamentos; Medo pela violência e pela esquizofrenia de viver com a sensação de que dia ainda seremos achados por uma bala perdida.

Provocações a parte, a cidade resguarda muita coisa boa de seus contrastes: dia e noite, mar e montanha, cultura e arte, musica e cinema, novela e teatro, amor e paixão, Fla X Flu, alegria e tristeza, morro e asfalto, bandido e polícia. Enfim moro numa cidade partida que se fragmenta e se recompõe em seus diversos momentos.

Mas o fôlego da cidade vem sendo testado, e a cidade tem sido esvaziada, economicamente, socialmente, futebolisticamente, coisas que acontecem no Brasil mas que aqui tomam proporções enormes, nacionais, internacionais. Fundado em 1565 por Estácio de Sá, o Rio ganhou este nome 63 anos antes, quando o comandante André Gonçalves desembarcou por aqui.

De fato o Rio é tão irreverente que o seu hino, a sua identidade máxima formal, é cantada todos os anos no famoso bloco do Bola Preta e anima o carnaval da cidade. Quem é que nunca cantou a famosa música Cidade Maravilhosa?
Vamos então a minha homenagem:

Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil
Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil

Berço do samba e das lindas canções
Que vivem n’alma da gente
És o altar dos nossos corações
Que cantam alegremente

Jardim florido de amor e saudade
Terra que a todos seduz
Que Deus te cubra de felicidade
Ninho de sonho e de luz


Aliás a programação de aniversário da Cidade está muito boa:

Hoje: Desfile do Cordão da Bola Preta e da Confraria do Garoto na Cinelândia, a partir das 11h.
Inauguração da iluminação artística da Rua da Candelária, às 18h30. n Apresentação do pianista Arthur Moreira Lima na Casa França-Brasil (Rua Visconde de Itaboraí, 78), às 12h30.
Bênção do cardeal Eusébio Scheid e apresentação do Hino Nacional em linguagem de sinais com alunos do Instituto Nacional de Educação de Surdos e Orquestra Villa-Lobinhos, no Corcovado, a partir das 17h. n Show de Martinho da Vila nos Arcos da Lapa, às 21h.

Dia 5: Show de Ricardo Silveira, Pedro Luís e a Parede, Fernanda Abreu e Toni Garrido. Praia de Ipanema, em frente ao Posto 10, a partir das 19h.

Dia 6: Show de Márcio Montarroyos com a banda Black Rio, Cláudio Zoli e Sandra de Sá, Praia de Ipanema, em frente ao Posto 10, a partir das 19h.

Dia 12: Show de Jorge Aragão e grupo Swing e Simpatia na Praça do Canhão, em Realengo, a partir das 19h.

Dia 18: Abertura do Projeto Rio Música, na Praça 15. Programação a confirmar.

Dia 21: Show do guitarrista americano Lenny Kravitz na Praia de Copacabana, em frente ao Copacabana Palace, a partir das 20h.