Antropofágico
Por Beto Barraca - 2004 - Recife-PE
Como tudo a minha volta que me lembram carne
O que me rodeia e o que me permeia
Como frases, como linhas
Como pensamentos
Pois bem sei foram pensados por cérebros
Cérebro é carne
Então eu como
Comi os versos anteriores
Comi, pois eram carnes
Tinham sangue
Como os dedos que te escrevem
Como olhos que te olham
Como narizes que te cheiram
Como quadros de revoluções
Pois inspiram-se em carnes decaídas
Entulhadas, queimadas, trituradas
Como fotos, tuas, deles, as minhas
Mostram-me carnes, tuas, deles, minhas
Então eu como
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