Lambendo a bíblia da língua
Acho que é isso. Dois pontos, linha e reflexão:
As palavras estão por aí, em cada coisa, em cada canto ou lugar. Todas separadas, desarticuladas em seu tempo e espaço.
Sei que o caro blogueiro deve estar pensando:
“Pronto, é agora que esse cara pirou de vez!” Mas pensando bem, se fossemos nos aprofundar, acho que essa minha Babilônia faz parte de minhas pirações.
Mas isso não vem ao caso.
Juntá-las como um quebra cabeça, lapidar empregando sua forma correta. Nada tão complicado, tantas vezes ensaiado na escola formal, com seus significantes e significados e é aí mesmo, meu caro blogueiro, que entra a tua percepção e o motivo desta babilônia – leia-se por “post” .
O Conceito – você já percebeu como o dicionário é interessante?? Mais interessante se torna se a edição for antiga, de como em tempos em tempos a concepção e grafia das palavras vão se modificando. São as palavras fixadas, registradas em seu tempo e espaço. É um exercício interessante, às vezes me ponho como Holmes a tentar buscar um significado preciso.
Definiria como lamber a bíblia da língua, nesse caso, o dicionário da Língua Portuguesa. Mas tenho percebido uma tendência natural pós-digital. Evidente que a cada, nessa nossa era de incluídos digitalmente, a cada dia recorremos menos aos dicionários.
Basta abrir o Word e começar a digitar, se houver um lapso da grafia ou da gramática que o programa vai colorir o fragmento do texto em questão, seja vermelho ou verde respectivamente.
Pronto, é só ir com o mouse e aceitar as opções que o programa oferece. Sem nem precisar folhear uma só página do dicionário. Tem-se a impressão de que os textos e os níveis escolares estão mais desenvolvidos. Sei não... eu mesmo já cometi barbaridades aqui na Babilônia – basta verificar nos arquivos deste blogue que não será difícil encontrar meus equívocos gramaticais.
Só pra não perder o habito, ontem fiquei olhando um dicionário da língua portuguesa de 1939 que tem aqui em casa. Foi uma brincadeira tão legal que acabei tendo um sonho exaustivo, que enquanto dormia, o dicionário aparecia na minha cama, acordava, colocava no chão, voltava a dormir e de repente lá estava o livro na minha cama.
Acordei meio exausto e com esse post na minha cabeça. Lambendo a bíblia na língua, texto bem apropriado para um matutino domingo outonal ensolarado.
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