Pitiboys ao molho sardinha
Sei que posso estar implicante hoje, mas vamos ao meu dilema.Pense que a inocente bloggueira querendo se divertir na noitada carioca, acaba sendo molestada por jovens sarados que sem nenhuma sensibilidade, acham que pra chamar a atenção da “gata” se sentem no direito de puxar seus cabelos ou mesmo tentar a força bruta um beijo na boca.
Na maioria dos casos, as famílias dos pitiboys têm um nível social elevado, mas o boyzinho só quer saber de malhar e fazer Jiu-Jutsu pra poder depois aplicar na rua, nas boates ou nas festas.
Recentemente as boates e esquemas de segurança dessas casas noturnas estavam sendo alvo da imprensa que cobriram profundamente as falhas nas boates e os atos destes jovens denominados pitiboys – (pity vem da agressiva raça canina “pitibul” e “boys” de garotos).
Mas se o pacato bloggueiro assistir somente um capítulo da novela “A Cor do Pecado” da TV Globo, poderá ver o perfil dos Pitiboys sendo valorizado na família Sardinha, quase todos os filhos da “Mamuska” são os deuses gregos da geração teen, e tem uma coisa em comum. Resolver os problemas num tatame, na porrada ao mesmo estilo Maçaranduba do Casseta e Planeta.
Num recente capitulo, o personagem Thor chegou a amarrar a sua “amada” (porque vez em quando chego a desconfiar do verdadeiro sentimento de Thor para com a Tina que se baseia somente em atração física) numa cadeira, vendando os olhos, quase que preparando pra uma tortura. Não sei se está certo. Mostrar que você pode fazer o que quiser com uma mulher. Sei que a intenção do autor da novela, é descontrair os jovens e noveleiros que assistem televisão, mas acho que alguma coisa está errada.
Pior mesmo é a forma preconceituosa com que os irmãos tratam a personagem de Caio Blat que contraria todo o perfil dos Sardinhas e a intolerância dos irmãos e principalmente da Mamuska quanto a vocação de seu filho a ser maquiador, é de assustar. E os irmãos Sardinhas não se fazem de rogado e discriminam o irmão como homosexual – na novela nada demonstrou que esse irmão se relacione com homens. Só não batem porque o maquiador além de ser um Sardinha, sabe bater também.
Sinceramente, não vejo graça nessa apologia a violência dos pitiboys, que a mesma sociedade tem condenado e repensado como se combater essa agressividade gratuita de jovens que tem problema de relacionamento e acham que por meio da força tudo se resolve. Manda-se pro espaço a razão e se resolve tudo na agressão.
Mas como o ibope deve estar dando picos à trama de violência, os Sardinhas ainda devem continuar vivendo os dramas e resolvendo tudo no tatami, num desafio a base de porrada. Agora é conferir qual o próximo round, ou então, desligar a TV e ver, ouvir ou ler outra coisa.
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