É preciso ser brisa à pedra
O invólucro de um relicário
Como a vida singela de éfedra
Em que a alma, enfim, se concretiza.
É preciso ser brisa à pedra
Que se desloca pelos recantos
Um sopro na angustia de Fedra
A bússola, que se tanto precisa
É preciso ser brisa à pedra
Das vinhas, às ervas nocivas
Fazer do tempo, labor em redra
O acalanto, do vento que avisa
(Recife - abril de 2022)