Hoje meu tempo fechou.
Perdeu sua ternura e se tornou ácida
Do branco, fiz o vinho musgo e escuro
A janela antes aberta, possui agora um estranho bloqueio
Vivemos o curioso momento em que toda a euforia se tornou efêmera.
Há quem tremer?
Por que temer?
Somos assediados pelo estranho espectro do sórdido
Do mórbido.
A Babilônia escureceu
Ganhou esse tom neon quase mórbido
Do crepúsculo gótico, fiz a estética estática.
A porta entreaberta sugere que estamos agora invadidos
Sentimos o indesejável instante em que ódio virou intolerância.
A quem temer
Por que tremer?
Fomos vigiados pela máquina que controla e degola
Das sombras