terça-feira, dezembro 30, 2003

O próximo, faz favor!


Assiti à chegada de 2003 com amigos do coração. Bebida, comida, gente simpática. Uma pessoa muito especial. Foi bom enquanto durou!
Carnaval no Rio. Caramba! Como é bom sair no Cordão do Bola Preta!
A volta ao trabalho. Aqueles adolescentes me estressaram bastante esse ano.
Viagem pra Nova Friburgo... eita feriado bom!
Cervejas, amigos, churrascos, e mais cervejas!
Samba, muito samba. Samba dos Escravos da Mauá, samba da Família Portelense. Cacique de Ramos, Negão da Abolição. Dorina!
O retorno à UERJ, primeiro colocado na prova de transferência pra jornalismo. E o retorno aos bares em frente à UERJ. Aliás, retorno não. Permanência! Farias, Seu Ernani, ChoppGol, Planeta do Chopp, Rio 40 graus.

Estamos a praticamente um dia de 2004... Muita gente costuma fazer uma lista de "resoluções" para o ano que inicia. Eu vou incluir apenas uma: viver intensamente, como eu fiz em 2003. O resto é conseqüência!
Um feliz ano novo para todos!

Receita de Ano Novo
Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Desde a morte do meu pai, no início de dezembro, tive a sensação de que nunca mais daria uma gargalhada verdadeiramente alegre. Nunca mais veria graça em bobagens e brincadeiras que sempre me fizeram tão felizes. Nunca mais conseguiria dormir sem antes chorar alguns minutos. Bem, desta última coisa ainda não consegui me livrar, mas sei que o tempo vai me ajudar. Quanto às gargalhadas, hoje vejo, aliviada, que as mesmas bobagens e brincadeiras de sempre continuam me fazendo rir até doer a barriga e que ainda vejo graça nisso tudo. Fui a todas as festas de fim de ano a que tinha planejado (e ainda inventei algumas outras), não recusei convites para chopes (apesar de continuar bebendo apenas água sem gás e quente) e me cerquei das pessoas de que mais gosto para segurar o tranco. Fundamental. Graças a estas pessoas, de diferentes grupos, lugares, idades, humores, tudo!, estou aqui conseguindo ver a possibilidade de 2004 ser um ano bom.

Vou comemorar neste réveillon não só a chegada do ano novo, mas também (e principalmente) o fim deste ano que até o dia 4 de dezembro estava entrando para a história como um dos melhores da minha vida. Vou comemorar a confirmação de velhas amizades, a descoberta de outras tão importantes quanto e a redescoberta de algumas que andavam adormecidas. Vou comemorar cada vez que Ana Luísa falar "titi" (apesar de Sanny insistir em duvidar que ela já me chama assim).

Vou comemorar a vida. Ele viveu como queria e o quanto deu. Agora deixou comigo a obrigação de seguir o caminho. E eu vou fazê-lo da melhor maneira possível.

Um excelente 2004 para todos vocês. Quero acreditar que para mim assim será. Em todos os campos.

Imagens de Pernambuco



Nossa estadia em Olinda - casa de Ticiano

Os Socabas na Ribeira em Olinda

Renato Motta na Igreja da Sé

Renato Motta, Madureira e Rogério Coroinha - vamos tomar uma cerva?

Confirmando o Ano Novo


Pessoal
O ano novo da SOCABA vai acontecer no dia 31 para o dia 1.
LOCAL: Alto da Ribeira, em Olinda.
Já estamos com as camisas do ano novo.
O telefone daqui é: (81) 3439-6608

Amanhã é o dia das pessoas adquirirem as camisas da SOCABA.

Prelúdio de um 25 em Pernambuco


00:30 - Natal apressado, meia noite e meia, nada de táxi, desespero de minha família, e eu tentando contactar o taxista que me levaria ao Aeroporto Tom Jobim. Nervoso na cozinha de minha casa, ligando para o FREGUESIA TAXI.

1:10 – finalmente chega o taxista, que em menos de vinte minutos me deixa no local de embarque, faço o cheking, me sento na ultima poltrona e pronto fico apreciando minha viajem pela janelinha do avião, mas o mau tempo atrapalha as luzes das cidades, 5 da manhã, finalmente... pouso tranqüilo na terra de Gurarapes.

5:00 / 6:00 – Nada de Alexandre, fico dormindo nas cadeiras do aeroporto, até a chegada de meu amigo, que me leva para sua casa.

10:00 – Ribeira – Olinda, nada de Ticiano – será que está em Salgueiro ou Fortaleza? E eu aqui do lado de fora, única solução, me instalar na casa de Paulo Alexandre.
Com duas Xiboquinha, inauguramos os trabalhos, e realmente percebi. Agora estou em Recife, que saudades!!!

Depois passei a tarde em Boa Viajem, Estância e finalmente fui dormir... mas antes... doze garrafas de cerveja Frevo.

quarta-feira, dezembro 24, 2003

Cavalo Marinho de Mestre Salu



Que sorte a minha em ter grandes amigos em Pernambuco. Eles já me mandaram por email as felicitações pela minha chegada e programaram uma atividade para o dia 25 de dezembro em Recife.
Ver o Cavalo Marinho de Mestre Salu. Sempre tive desejo em ver o Cavalo Marinho no Nordeste e João Filho vai me levar. É uma grande representação folclórica da diversidade cultural Nordestina.

Em meados de 1982, a Editora Abril lançava uma coleção chamada Histórias e Músicas Brasileiras – Taba. Além da história, vinha dentro um Compacto (para ver e ouvir).
O primeiro fascículo era sobre a história de Marinho o Marinheiro e Gilberto Gil era o artista convidado pra cantar as músicas. Tem uma sobre o Cavalo Marinho que eu, particularmente, adorava:

Cavalo Marinho
Chega mais pra diante
Faz uma mesura
Pra toda essa gente!
Cavalo Marinho
Dança no terreiro
Que a dona da casa
Tem muito dinheiro!
Cavalo marinho
Dança na calçada,
Que a dona da casa
Tem galinha assada
Cavalo marinho
Já são horas já
Dá uma voltinha
E vai pro seu lugar

terça-feira, dezembro 23, 2003

O Natal do Menino de Rua


Pela poetisa Corina Maria Nassone

Para alguns hoje é uma noite muito especial
Mas para mim é mais uma igual a tantas outras
Amanhã sim! O dia será diferente
Porque no lixo vou encontrar migalhas gostosas
Que sobraram das mesas das crianças felizes.
Andando pela cidade, Papai Noel encontrei
Sentado ao pé de uma escada
Os seus olhos estavam tristes, a voz um pouco cansada
Eu logo imaginei! Estava me procurando
Saco nas costas não tinha
Já sei! Alguns dos meus amiguinhos
Querendo ganhar um brinquedo
Assaltaram o bom velhinho
Fiquei sentado ao seu lado, e contei-lhe a minha história:
Eu sou um menino triste, vivo apanhando nas ruas
Descalço, sujo, rasgado
Comendo restos nos lixos para matar a minha fome
Ás vezes não sei para onde ir
Não tenho para onde voltar
Durmo pelas calçadas e me cubro com jornais
O meu nome? Já nem sei! Só me chamam trombadinha
Mas o que eles não sabem, a culpa não é só minha
Agora quem sabe sou eu, dai-me nessa noite santa
Um pouco do teu carinho, um pouco do teu amor
Segura a minha mão nas suas
Pois elas ainda estão vazias
Talvez assim eu esqueça
Que sou um menino de rua.

Corina nasceu em 27/06/1929 em Pernambuco, moradora do Morro do Macaco, em Vila Isabel no Rio de Janeiro, participa do projeto Melhor Idade do CEACA-Vila. Adora escrever, mesmo tendo apenas o curso primário. Com esse poema, Corina ganhou o Premio Talentos da Maturidade do Banco Real – Categoria: Literatura em novembro de 2003.
Seu pseudonimo reflete a sua personalidade. Flor do Ébano.

Feliz Natal, Que venha o Babilônico 2004




Aos amigos bloggueiros que insistentemente fazem das visitas ao meu pequeno espaço virtual, um dos motivos principais de minha parca dedicação. Escrever, escrever, escrever... Que ofício interessante e instigante... Mais que um diário, uma busca pelo texto leve e interessante

Aos meus esforços, e as casualidades, que em pouco tempo fizeram o dispositivo de page views aumentar para Estratosfera de quase 15.000 acessos. (pó, é gente pra caramba querendo ler o que ando fazendo). Em especial Cláudio Motta, Elis Monteiro, Joanar e Luis Gravatá.

Aos mais incisivos bloggueiros que deixam comentários, opinam, quase que religiosamente num sistema de comentário mais pilantra que já vi, que não se definiu se vai ou se fica aqui na Babilônia,.

Aos meus amigos da SOCABA, responsáveis pelas diversas experiências que aqui são postadas.

Ao G.R.E.S Unidos do Anil, que tem sido um espaço de aprendizado constante, tanto musicalmente quanto na percepção da lógica de uma pequena Escola de Samba.

Aos amigos do CEACA-Vila, por serem uma família que, vai muito além de um simples trabalho, mas um aprendizado de vida, de pessoas que me ensinam a cada dia sobre a dura realidade, em se morar no Complexo do Morro do Macaco. Aqui minha vida é um desfio constante em pensar sobre a Inclusão Social. Essa é a minha missão.

Aos Blogues lincados, e aos que ainda irei lincar.

Aos bloggueiros que ainda não descobriram essa Babilônia. A todos o meu Feliz Natal e que venha o Ano novo babilônico.

Aliás, quero informar que no dia 25 estou indo para Recife e só volto no dia 13 de janeiro. Por isso não se assustem, a babilônia não morreu.
Se conseguir um computador conectado, tentarei postar alguma coisa aqui, lá das terras de Guararapes, como fazia em 2002.


A Babilônia será pernambucana.....

sexta-feira, dezembro 19, 2003

Legado Lebeis


"Já vejo terras de Espanha,
Areias de Portugal!
Também vejo três meninas
Debaixo dum laranjal."


Ontem faleceu um dos maiores magos e contador de histórias que já vi.

Fernando Lebeis, que além de escritor era também contador de histórias, sempre usava a cultura popular como ferramenta de suas aulas na Faculdade de Musicoterapia do Conservatório Brasileiro de Música-Centro Universitário.

Durante muito tempo viajou pelo Brasil divulgando canções folclóricas e literatura popular em oficinas organizadas pelo Proler (Programa Nacional de Incentivo à Leitura). Ganhou o prêmio Golfinho de Ouro, em 2002, pelo conjunto de sua obra em educação.

Realmente é uma grande perda para nós contadores de história.
Seu poder e energia em envolver-nos com contos e histórias seja qual fosse o assunto era impressionante.
Antes de morrer ele ainda lançou um livro no V Salão do Livro para Crianças e Jovens.

Tive o privilégio de presenciar uma de suas apresentações com 4 lendas indígenas do livro Moqueca de Maridos, me impressionou porque misturava mistério, lendas, sexo e cabeças voadoras.

No Simposio Internacional de Contadores de História, falou sobre uma lenda que envolve o nosso imaginario, o de todos os Brasileiros mas principalmente penrmabucano, a Nau Catarineta.

A expressão de voz e do olhar era mágico. Uma grande perda para a cultura popular.
Vai com os bons Tchocopoves Lebeis!

Grande Final no Anil


Hoje, a partir das 22:00 horas o GRES Unidos do Anil apresenta a Grande Final, onde vai ser escolhido o Samba-Enredo para o Carnaval de 2004, que esse ano é Gloria Perez – A Mensageira da Paz.
Local: RP 1000 que fica na Rua Nova no Rio das Pedras em Jacarepaguá.
Estarei na bateria, tocando a caixa.
Todos estão convidados.

Ontem no Bar do Mineiro


Ontem no bar do Mineiro em Santa Teresa, fiquei olhando para um poema colado em cima da porta. Era mais ou menos assim (não está correto, tem erros de reprodução sendo somente para ilustração):

CAUSALCAUSALCASU
SUALCASUALCASUAL


Viajei muito. Na primeira linha vi:
CAUS=CAOS, depois ALCA e em seguida USA
Na outra linha CAUSA
CASUAL
Minha capacidade de abstração está em forma.

quarta-feira, dezembro 17, 2003

Vai ter Xiboca no Batizado


Vamos levar Xiboquinha Philadélfia para os 200 inscritos no Encontro da UFF, hoje.

terça-feira, dezembro 16, 2003

Batizado da Babilônia



É amanhã, no combalido Encontro Nacional dos Estudantes de História que a SOCABA vai organizar o mai tradicional e esperado evento.
O BATIZADO DA BABILÔNIA

Temos baixas significativas na delegação das terras de Guararapes e da Marim dos Caetés - o Cardeal da SOCABA da PESTE Beto Barraca, Paulo Buda, Leandro Pajé e Taberneiro dentre os pais que sintetizaram a temível bebida nordestina PÁ BUFF.
Além da ausência do Coroinha da SOCABA Ribeirão Preto, tambem é desflaque insubstituivel na arte de confeccionar o nectar dionisíaco do Batizado da Babilônia.
Mas em compensação teremos a presença de Besouro, Madureira, Pepinho, Comandante Coelhinho, Geléia, Borboleta (eu), Enio, Bruno Babilônia, Musa Sativa, Wolverine, dentre outras lendas vivas.
Rasputin, Bizuin, Fudencio, Imperador e outros guias mestres de outrora, e da origem babilônica.
E a Babilônia em Chamas vai arder... na pinga

  • Local - UFF - Campus de Gragoatá
    Dia 17/12/2003 as 22:00 horas
    Niterói-RJ
  • sábado, dezembro 13, 2003

    E com vocês... Ridann


    Uma homenagem minha ao meu compadre Renato Cebola e seu filhão.

    Nasceu Ridann


    Por Renato Cruz Cebola


    Informo a todos os membros babilônicos que nasceu nesta quarta-feira 10/12 , às 22:50, no Hospital Pan Americano o meu filho socabinha cebolinha Ridann Gentil Cunha.

    O socabinha veio ao mundo medindo 45 cm e um peso de 2.780 kg. De cara deu logo uma mijada na pediatra e deixou seu pai bobalhão louco de felicidade. Não vou entrar na discussão de que é emocionante pra caramba. Na verdade é emocionante pra caralho !!!!!!!

    No dia 11/12 ele recebeu a visita do primeiro confrade ainda no hospital. Tio Chico foi dar as boas vindas ao bacuri junto com sua família, Bárbara e Pedrão. A galera (Renato, Everaldo, Fernando e Clícea) me ligou ainda na quarta-feira para desejar boa sorte e etc...

    Vou parando por aqui, pois o Ridann acabou de mamar e precisa arrotar. A única função do pai nesse momento é comprar as coisas e colocar para arrotar.

    Beijos a todos e saudações do dirigente papai, Cebola Miranda e família, incluíndo o Cebolinha

    sexta-feira, dezembro 12, 2003

    Aninversário de Noel com Sarau de Poesia




    Ontem, dia 11 de dezembro foi o aniversário de Noel Rosa, e Leandro (professor de Informatica do CEACA-Vila) pôs na Praça um projeto que ele sonhava em realizar.

    O I SARAU POÉTICO DO CEACA-VILA, teve como objetivo alimentar a alma com a poesia de poetas oriundos da Comunidade do Complexo dos Macacos em Vila Isabel.

    O evento iniciou as 18h na Praça Barão de Drumond, e foi marcado por uma série de atividades.

    A Oficina de Capoeira abriu as atividades e em seguida os poetas da comunidade começaram a se apresentar.

    Destaque para a sensibilidade e lucidez de Seu Zé Luis e Dona Corina, poetas do projeto da Melhor Idade, que não sabem ler nem escrever, mas que são mestres quando o assunto é poesia, daquela que vem do coração.

    A Escola Comunitária teve o cuidado de preparar trabalhos e exibir num telão historias sobre poesia, sobre poetas e sobre a comunidade incorporando tecnologia, e poesia.

    Aproveitei o espaço e declamei três poemas. Foi maravilhoso. Depois o professor de violão fez um animado baile na praça, com sua viola. Tomei cerveja, bailei, declamei, assim como faria Noel, se estivesse presente.

    O evento marcou tanto, que para março ou abril, estaremos organizando o II SARAU.

    O Sarau Poético é produto do Projeto de Trabalho da Escola de Informática e Cidadania do Centro Comunitário, que estará responsável pela organização do segundo evento, com a união dos alunos e educadores.

    A idéia final é que seja feito dois materiais a partir desse Sarau: um livro contando as Histórias de Vida dos poetas da comunidade e os seus ilustres poemas; além de um Vídeo Documentário sobre a vida e o cotidiano desses grandes poetas.

    Depois fui pro Botequim, no BAR DO SEU ERNANI, me encontrar com meus amigos da SOCABA, porque o calor de 40 graus estava escaldante e não sou de ferro.

    Conversa de botequim
    Noel Rosa e Vadico

    Seu garçom faça o favor de me trazer depressa
    Uma boa média que não seja requentada
    Um pão bem quente com manteiga à beça
    Um guardanapo
    E um copo d'água bem gelada
    Feche a porta da direita com muito cuidado
    Que eu não estou disposto a ficar exposto ao sol
    Vá perguntar ao seu freguês do lado
    Qual foi o resultado do futebol

    Se você ficar limpando a mesa
    Não me levanto nem pago a despesa
    Vá pedir ao seu patrão
    Uma caneta, um tinteiro,
    Um envelope e um cartão,
    Não se esqueça de me dar palitos
    E um cigarro pra espantar mosquitos
    Vá dizer ao charuteiro
    Que me empreste umas revistas,
    Um isqueiro e um cinzeiro

    Telefone ao menos uma vez
    Para três quatro quatro três três três
    E ordene ao seu Osório
    Que me mande um guarda-chuva
    Aqui pro nosso escritório
    Seu garçom me empresta algum dinheiro
    Que eu deixei o meu com o bicheiro,
    Vá dizer ao seu gerente
    Que pendure esta despesa
    No cabide ali em frente

    Rio, 40 graus!


    Depois de um dia de trégua, na quarta, quando o verão foi fazer uma visitinha ao inferno e até rolou uma brisa fresquinha aqui no Rio de Janeiro, eis que a estação da vez voltou com força total e, o que é pior: trouxe o inferno junto! E foi nesse calor infernal que alguns membros da SOCABA resolveram marcar mais uma reunião em seu escritório central, o buteco do "seu" Ernani, em frente à UERJ. Afinal, nada melhor do que algumas cervejas Itaipava para refrescar o espírito. Isso mesmo, ITAIPAVA. Somos ferrenhos opositores das cervejas da Ambev, que colocou os preços nas nuvens sem nenhum motivo pra isso.

    Dois dos editores deste amado blog compareceram ao evento: Eu e Renato Motta. Câmera em punho, registramos esse momento.


    Renato e sua eterna pose de galã.


    Eu, sorvendo o líquido precioso!


    Uma dupla de conteúdo! :)


    Visão panorâmica do buteco do seu Ernani.

    segunda-feira, dezembro 08, 2003

    O relato de uma terça no Trem do Samba (é grandinho, mas vale a pena encarar - Todas as Fotos de Fernando Peixoto)



    Marcado por encontros e desencontros mas principalmente por uma multidão que se comprimiu em 4 trens. O Trem do Samba foi divino, apertado, maravilhoso, cheio, lotado e cheio de histórias pitorescas que se espalham pelos diversos blogs que vi e bloggueiros que visitei. (Uma história que é repartida em diversos pontos de vista). Então vamos ao meu.
    Antes de tudo, tenho que confessar que fui o único a estar com a camisa da SOCABA, mas meus confrades poderiam ter avisado, que eu iria com a branca, ou mesmo coma do Unidos do Anil. Afinal o calor não deu trégua. Mais além, até São Pedro ajudou pois a chuva deu um tempo e o sol apareceu só para o evento.


    foto tirada dentro da estação Central do Brasil, momentos antes de embarcarmos

    Cheguei as 17:30 em ponto e me postei em um local estratégico, do lado de fora da Central do Brasil, mas bem em frente ao palco onde o samba tava comendo solto. Uma maravilha, longe do tumulto, mas bem perto do som.

    Ao meu lado uma ambulante vendia a Skol por R$=1.50. Falei pra ela:
    - Daqui não saio, daqui ninguém me tira. - e enquanto esperava Everaldo, sentia o vento, a música e observava o contrate entre passantes (trabalhadores que saiam da labuta) e nós, os passistas que estavam ali somente pelo Trem Samba.

    Não pude de deixar de prestar a atenção aos prédios do centro que compunham um belo quadro. Alias, a beleza do prédio da Central é um capítulo a parte, só no interior espaçoso, têm 4 painéis enormes e lindos, com imagens da década de 60 do Rio, São Paulo, Minas e Brasília, já meio desbotados pelo tempo, de idos tempos onde o trem era o principal meio de locomoção dessa cidade.

    Encontrei Kelly, Moniquinha, Lara, Sérgio Murilo, dentre outros amigos que não via a muito tempo. Reconheci um cara, mas cismei que o nome dele é Arísio (minha mania de dar esses vexames, cismar que é uma pessoa e insistir até o fim). Mas nada que comprometesse.

    Assim que entrei na estação, paguei a passagem, lá estava Fred Bittencourt (Pimpão), com uma cara de cachorro quando cai da mudança, com um celular em punho, me dizendo que o pessoal ainda tava lá fora...

    Resultado: saímos da estação, e eu só pensando em uma latinha desperdiçada. Droga!!! Mas beleza, contornamos e lá estavam Cristiano, Suzana, Fernando (Comandante), Carlinhos (Geléia) e Roberta.

    Lá pras 18:00 entramos na estação, vi o flautista e compositor Candogueiro que me deu um forte abraço. Lembramos, saudosos, do antigo projeto Roda de Samba no Museu da Imagem do Som que acabou faz tempo (eu trabalhava como assistente da produção e conheci esse povo todo do samba).

    Lá pelas tantas fomos para a estação entrar em algum vagão e...e ..e pronto, me distraí e me perdi de todo mundo, de novo.

    Entrei no primeiro vagão e vi Lara. Não satisfeito resolvi passar prum outro, foi quando entrou o pessoal do Império Serrano e abarrotou o vagão. Fiquei mais apertado que uma sardinha em lata. Mas tenho que confessar que foi providencial e perfeito.

    Acabei conhecendo, por muita coincidência, as meninas Fubangas. Muito, samba, suor, cerveja, e uns sacolejos providenciais. Parafraseando Caetano "Atrás do trem do samba só não vai quem já morreu".

    Bom, pulemos essa parte, cheguei em Oswaldo Cruz e a imagem era de dar pânico: milhões de pessoas na plataforma tendo que subir por uma passarela. Mas o pior era descer, quase que fui empurrado escadaria a baixo.

    Era impressionante o formigueiro humano do alto da passarela. Consegui sair ileso, mas tive que encarar outra multidão em frente ao palco principal.

    Uma das rodas de samba que rolou, essa, do outro lado da estação

    Assim que passei pude ver um pouco da apresentação de Nelson Sargento e a Velha Guarda da Mangueira. Espetacular, mas era impossível ficar, até porque ainda me encontrava sozinho. Muitas rodas de samba, muita gente, pensei: - Hei de encontra-los. Mas antes, tomarei uma cerveja.

    Bom, lá na ultima praça tinha um quiosque com preços razoáveis, comprei uma garrafa, sentei no chão e torci para que alguém aparecesse. Depois de ter tomado a gelada sozinho, fui procurar meus amigos. No meio da multidão vejo uma cara conhecida.

    Era uma menina que conheci na Secretaria de Habitação da Prefeitura do Rio e como tenho memória visual boa, foi fácil lembrar dela, mas cadê de lembrar o nome?

    Vez em quando, passo no seu Blog, Como Ser Solteira no Rio de Janeiro, na qual narra a saga dela pelo Rio, sempre na perspectiva de um dia encontrar o homem de sua vida que ela inventou na sigla HDMV.

    Pobre da moça, como raspei meu cavanhaque, ela não me reconheceu mesmo. Vejam, nas palavras dela, como eu a assustei:

    Quando estava saindo da Roda de Samba : UMA CENA HILÁRIA 2
    Um sujeito começa a falar -OI, OI, OI... pra mim.. e eu nem tchum... aí ele me puxa pelo braço .."OI! Eu te conheço! Você trabalha lá na Prefeitura! "
    Eu (achando que o conhecia e tinha me esquecido fico sem graça e digo): Oiii... tudo bom???..(como se tivesse lembrado!)
    Ele vira e diz : Poxa.. leio seu blog todo dia !!! E aí Comosersolteira? ..vai encontrar o seu HDMV hoje?
    Eu respondo: Não ...(atônita) eu to indo embora....... (agora indo embora apavorada!)
    Como assim?????? Fui reconhecida na rua???? .

    Relato de Mariana no Blogue Como Ser Solteira
    Só depois desse rápido diálogo, pensando que ela tinha me reconhecido, e andando na direção oposta é que lembrei que o nome dela é: Mariana. Coisas que só acontecem comigo.

    Mais a frente encontrei Fernando, depois Everaldo, a Socaba e as Fubangas vez em quando. Haja fôlego para a aquela noite, porque mais tarde, fomos para o outro lado da estação onde o samba rolava. Todas as cervejas tinham minguado, desaparecido e eu ficando cada vez mais embriagado. A ponto de chegar pro Marquinhos de Oswaldo Cruz, me apresentar e dar os parabéns pela grande festa do samba.

    No final da madruga, somente eu, Geléia e Fred. Alias, Carlinhos tava animado e enchia constantemente meu copo de cerveja, numa das últimas e derradeiras rodas de samba e eu pedindo arrêgo.

    Resolvemos ir embora. Nada de ônibus, passou uma Kombi e me meti pra Cascadura sem nem ter tempo de despedir de Geléia e Bolinho. De lá outra condução pro Anil e pronto, assim fui chegando em casa, morrendo de sono e lutando pra não desmaiar na Kombi e acordar no Rio das Pedras.

    Na foto superior da esquerda - eu, Fernando, Suzana, Roberta, Fred e Cristiano, do lado a velha guarda da Portela, em baixo Nelson Sargento e a velha guarda da Mangueira e do lado roda de samba

    O saldo foi positivo, Oswaldo Cruz ficou pequeno, o samba foi cantado e eu agora só tenho uma certeza. Que venha o ano que vem... Que vou pro trem do samba...

    O resto?!! Foi uma grande ressaca no dia seguinte. Numa quarta feira onde eu estava em cinzas.
    PS: Mais informaçoes do trem do samba no fotolog de Fernando:Samba etc...

    sábado, dezembro 06, 2003

    Renato Motta & Marcelo D2 tocam juntos amanhã



    Sei, sei que o caro bloggueiro não deve estar acreditando, não é?! Mas é verdade. Amanhã vou tocar junto com o Marcelo D2.

    A partir das 20:00 horas, Marcelo D2 irá fazer um show no RP 1000, que fica em Rio das Pedras, sub-bairro de Jacarepaguá – Estrada de Jacarepaguá numero 1.000.

    Quando Marcelo soube que a Bateria da Unidos do Anil está no RP 1000, através da matéria no RJ TV, a produção do show propôs ao mestre Paulão que tocássemos uma música juntos.

    Convite aceito, detalhes resolvidos. Por ser membro da bateria, ontem meu nome foi confirmado tocando caixa.

    Amanhã, dia 7 de dezembro de 2003 vai ser uma data histórica. Vou subir no palco junto com Marcelo D2, e vamos arrepiar na fusão do estilo de ritmos e sons. O show deverá estar lotado, e eu vou incluir mais esse episodio inédito no meu currículo musical.

    Além disso, vou entrar no RP 1000 sem pagar nada. Pra ver e participar do show.
    Babilônia mais completa não pode haver. Só precisaria de uma máquina digital para registrar o evento. Mas isso, a gente dá um jeito né?

    quinta-feira, dezembro 04, 2003

    Chá em Salvador-BA




    Caro Bloggueiro, tá pelos arredores de Salvador? Quer ouvir um forró pernambucano de qualidade? Então não perca o show do Chá de Zabumba.

    O grupo O Chá de Zabumba fará apresentação "case", no Mercado Cultural
    (Salvador-BA), domingo, às 17 horas, antes do show de Lenine.

    Imperdivel

    quarta-feira, dezembro 03, 2003

    Um poeta no Recife


    Segundo Leandro Ferreira correspondente de Guararapes, amigo e socabense da peste, no dia 29 de novembro de 2003, um poeta que se apresentava no Pátio de São Pedro no Recife Antigo mandou a seguinte pérola:

    Word Trade Center: errar é humano; acertar é mulçumano!

    Genial.....

    terça-feira, dezembro 02, 2003

    O Velho Esporte Bretão e eu




    Pois faltam somente duas rodadas para o final do Campeonato Brasileiro de 2003, onde o Cruzeiro é o grande campeão dessa temporada. Um plantel que teve competência, seqüência e preparação.

    Enquanto isso, pego a tabela e olho para o meu time de coração, o Clube de Ragatas do Flamengo, o Mengão, o mais querido do Brasil ocupando a nona posição, com 52 pontos e dois jogos: Com a Ponte Preta (no Maracanã) e com o São Paulo (no Morumbi).

    Vejamos o retrospecto do Flamengo. No Campeonato Carioca, chegou a fazer a final da Taça Rio contra o Vasco em fevereiro no Maracanã, mas o empate deu ao time da colina o caneco.
    Nesse mesmo campeonato, fui assistir o jogo entre Olaria X América, no qual o time americano perdeu por 1 a 0, numa atuação vergonhosa do goleiro do América Wagner.

    Na Copa do Brasil o Flamengo foi longe e chegou nas finais, encarando o todo Cruzeiro. Achei que esse título era do Mengão, ledo engano. Os mineiros empataram no Rio e foram superiores no Mineirão. E a Gávea ficou sem o caneco e sem a vaga para a Taça Libertadores da América de 2004.

    Com o inicio do Campeonato Brasileiro, fiquei desconfiado. Até onde o Flamengo poderia chegar. E em meados do segundo semestre, começou o a terceira divisão do Campeonato Brasileiro e fui acompanhando o América em dois jogos contra o Olaria. Vi o América perder nos dois jogos. E deixei o Mengão seguir seu caminho.

    Nesse próximo final de semana já está decidido, vou tirar minha camisa rubro negra do armário, sair de casa às três horas para dar uma força ao Flamengo. Até porque se eu for contabilizar prestigiei muito mais o Mecão do que o Mengão em número de jogos. Vejam:
    América 3 X 1 Flamengo (mas nas 4 vezes, vi o América perder e o Flamengo empatar) E preciso saldar esse déficit com o Flamengo.

    Não caros bloggueiros, não é para ver o Flamengo ganhar um titulo, porque isso talvez só aconteça no próximo ano, mas vou gritar, cantar, xingar o time de Campinas, terei o maior prazer em fazer coro para o rebaixamento da Ponte Preta e do Grêmio para o ano de 2004. E o Flamengo, esse torço para que consiga disputar pelo menos a milionária Copa Sul Americana. Porque nossa participação nesse ano foi vergonhosa, eliminados com duas derrotas pro Santos e Inter.

    Então finalizo com a bela musica de todas as torcidas do Rio:
    Domingo, eu vou ao Maracanã
    Vou torcer pro time que sou fã...

    Aniversario do meu Anjo


    Ontem foi aniversário de minha “anja” pernambucana Annie Grace (apesar do anjo não poder ser conjugados no feminino), feliz aniversário!!!! Tentei, fiz de tudo pra ligar, mas não consegui. Parabéns Annieeeee.

    segunda-feira, dezembro 01, 2003

    Fotolog Rubro Negro


    O Fotolog.net virou uma mania nacional. Apesar do site, que disponibiliza aos seus usuários a oportunidade de postar fotos diárias, ter sido criado por uma trinca de amigos de Nova Iorque, basta uma rápida olhada para perceber que o espaço foi invadido por milhares de brasileiros, que já são a maioria por lá.

    E já que "o Fotolog é nosso", muitos fotologgers criaram sites dedicados ao seu clube do coração. A minha dica de hoje vai para todos os torcedores do Flamengo e, por que não?, os amantes do bom futebol. Faça uma visitinha ao Flamengo 1895 e navegue por imagens que deram tanta alegria aos rubro negros. É de chorar de saudade!