terça-feira, novembro 26, 2002

Boa Noite



"É surpresa demais que trazes
Algo me diz em rubro negro,
Que o coração me leva além
Inda bem que eu sou Flamengo
Boa noite
Djavan

Depois desta história do Santa Cruz, daqui de Recife, percebo que sou cada vez mais Flamengo, minha história, minha origem, minha alma carioca.

No ultimo domingo, vi um garoto percorrendo as ladeiras de Olinda,
E tive uma linda visão, ele estava vestido com a camisa do Flamengo onde tinha o brasão da CBF. Logo deduzi pelo estado de conservação e modelo que era a camisa da campanha de campeão brasileiro de 1992. Abordei o rapaz e emocionado falei:
- Cara, essa camisa é do campeonato brasileiro de 1992, ela é uma relíquia.

O garoto meio assustado ficou meio sem jeito, sorriu. E não pestanejei, desejei uma saldação Rubro negra.

Outro dia mesmo, me peguei indo para a Ilha do Retiro, ver Sport e um time de Alagoas (CRB). O jogo foi ruim, eles gritavam - casá, casá, casá, a turma é mesmo boa, é mesmo da fuzaca, spoooooo.
Po, minha gente, o rubro negro daqui canta a música do Vasco.
Afinal quem copiou de quem?????
A unica coisa que valeu foi ver uma camisa do Flamengo da Adidas. de 1982.
Aqui sou simpatico ao IBIS, rubro negro também.

Qu@rtas Literárias


Inauguração do novo espaço Solar de Ler, nos jardins do Centro de Cultura Luiz Freire

Poesia de Janice Japiassu

Acompanhamento do violão de Marco Aurélio Jardim

Dia 27/11 - Quart@as Literárias

Horário: 18:30

Entrada franca

Local: Centro de Cultura Luiz Freire

Rua 27 de Janeiro - 181 - Carmo

Olinda/PE

Polêmica pouca é bobagem



VOTO SECRETO PODE SER EXTINTO EM MACAÉ
O Vereador petista Luciano Diniz apresentou, na Câmara Municipal de Macaé, projeto propondo a extinção do voto secreto. Apesar de polêmica, a matéria recebeu apoio de vários vereadores, sensibilizados com a defesa feita pelo autor: "A maturidade da democracia brasileira exige cada vez mais transparência nas decisões de seus representantes. Vários parlamentos têm adotado a extinção do voto secreto e, certamente, Macaé, que sempre foi a vanguarda de muitos movimentos, dará a sua demonstração de compromisso com as exigências desses tempos novos."

Quem me enviou foi o PT de Macaé - aguardo comentários



domingo, novembro 24, 2002

Flamengo, uma mão Santa




Visitando o solar onde morou Manuel Bandeira, descobri uma livraria ao fundo da casa do poeta, que fica na Rua da Aurora em Recife.
Dentre as obras, estava uma pérola que encontrei por acaso, um livro intitulado: História do Futebol Pernambucano - Livanildo Alvez - Editora Bagaço - Recife/PE

No site do Santa Cruz - www.santacruz.esp.br
O futebol, esporte coletivo, capaz de unir tantas energias em disponibilidade, resultou, em um 03 de fevereiro de 1914, na agremiação Santa Cruz Futebol Clube. A ata foi escrita e assinada na Rua da Mangueira, número 2. Todos concordaram em consagrar as cores branco e preto (o vermelho viria mais tarde, na filiação à então Liga Sportiva Pernambucana, porque já havia um uniforme alvinegro, o do Flamengo-PE)."

O livro registra o depoimento do primeir goleiro do time Ilo Just:

"Quando houve a criação da liga, surgiu o problema,do Flamengo que, tinha as mesmas cores nossas: preto e branco. Os dois não podiam ficar e o Flamengo terminou permanecendo como alvinegro. AInda estávamos em dúvida com respeito as cores, quando passou por aqui o Flamengo do Rio, que ia excursionar em Belém do Pará. Sua camisa era vermelha preta e branca. Resolvemos nosso problema, acrescentando o vermelho às nossas cores
Ilo Just - publicado também no fasciculo 2 - Conheça o Santa Cruz 55 anos de glória -

De fato, a passagem do clube carioca pelo Recife, naquela época aconteceu: Viaja no paquete Rio de Janeiro com destino ao Pará, onde vai a convite da liga paraense jogar diversos matches de foot-ball, por ocasião das festas do tricentenário de Belém, o poderoso team do Flamengo do Rio Registrava o Diário de Pernambuco em 19 de dezembro de 1915.

Naquele ano, o uniforme do Flamengo era Cobra Coral. Uniforme esse que posteriormente sria substituido pelo Papagaio Vintém (de cor rubro-negra) pois a camisa anterior era similar a bandeira da Alemanha na primeira guerra.

Nesse sentido, o livro deixa claro de que o Santa Cruz em 1916 vai fazer a sua estréia com a camisa cobra coral.
Nessa logica , em cada camisa do Santa Cruz que vejo aqui em Pernambuco, está a antiga camisa do Clube de Regatas do Flamengo. Só não adquiri o livro porque achei trinta reais meio salgado.


O livro registra o primeiro campeão pernambucano:
O primeiro clube a ganhar o titulo de campeão Pernambucano foi o Sport Club Flamengo - - fundado em 20 de abril de 1914 - uniforme - Calção branco, camisa preta - O nome resultou da simpatia de seus torcedores pelo Flamengo do Rio de Janeiro

(TV) Teatro dos Vampiros


Meu mano Claudio, me mandou uma musica, maravilhosa, no sentido de me fazer refletir sobre tudo pelo que passamos.
Obrigado manino.


Sempre precisei de um pouco de atenção
acho que não sei quem sou só sei do que não gosto
e nestes dias tão estranhos fica poeira se escondendo pelos cantos

Esse é o nosso mundo
o que é demais nunca é o bastante
a 1ª vez sempre a última chance
Ninguém vê onde chegamos
os assassinos estão livres
nós não estamos

Vamos sair
mas não temos mais dinheiro
os meus amigos todos estão
procurando emprego
e voltamos a viver
como a dez anos atrás
e a cada hora que passa
envelhecemos dez semanas
Vamos lá
tudo bem
eu só quero me divertir
esquecer desta noite
ter um lugar legal pra ir
já entregamos o alvo e a artilharia
comparamos nossas vidas
esperamos que um dia
nossas vidas possam se encontrar

Quando te vi tendo de viver
comigo apenas e com o mundo
você me veio como um sonho bom
e me assustei, não sou perfeito
eu não esqueço
a riqueza que nós temos
ninguém consegue perceber
e de pensar nisso tudo
eu homem feito
tive medo e não consegui dormir

Vamos sair
mas não temos mais dinheiro
os meus amigos todos estão
procurando emprego
e voltamos a viver
como a dez anos atrás
e a cada hora que passa
envelhecemos dez semanas
Vamos lá
tudo bem
eu só quero me divertir
esquecer desta noite
ter um lugar legal pra ir
já entregamos o alvo e a artilharia
comparamos nossas vidas
e mesmo assim
não tenho pena de ninguém

sábado, novembro 23, 2002

No Brasil


Por incrível que pareça, Bin Ladem está no Brasil, ele esteve presente no Batizado em Garanhuns.
Com tanto dinheiro, ele pagou uma plastica que modificou seu rosto.

sexta-feira, novembro 22, 2002

Todas as Cores



Por Malungo

Negros no açoite:

Liberdade fugia.

Pingos de sol.

Brancos na noite

Zumbi tecia

Quilombos no arrebol.

quinta-feira, novembro 21, 2002

Rap da Explosão




Onde está Bin Laden?
Afeganistão!
Onde o "beque" está?
Onde os "beque" estão?

Acenda duas velas
do tamanho das Torres Gêmeas
Que o Bin Ladem vem ...
Que o Bin Ladem vem ...
Vem de avião!

Inshalá-lá-lá
Inshalá-lá-lá

terça-feira, novembro 19, 2002

Relatos de Garanhuns


Com a palavra: Paulo Buda

Conheci o tal RAP no encontro nacional de estudantes de Engenharia
Florestal (categoria de estudantes universitários que não se utiliza
do princípio ativo TCH, contido na maconha). Fui parar no tal
encontro que rolou no mês passado porque ele foi realizado em Belém e
eu estava morrendo de vontade de conhecer o lugar, então estive lá
para fazer turismo (que é a grande serventia dos congressos e
encontros estudantis). Ora, esse RAP fez o maior sucesso no encontro
e foi apresentado pela galera da UnB, mas quem realmente o introduziu
no EPEH foi minha digníssima Iêda (na verdade não seria o caso de
afirmar que ela é minha, mas que eu sou dela!). O EPEH foi realizado
em Garanhuns, terra que se notabilizou por ser o berço natal de duas
ilustríssimas figuras: o presidente-eleito Lula e este que vos
escreve!

Enfim, esta é a história do RAP executado no Batizado da Babilônia do
EPEH (diga-se de passagem, um Batizado histórico e revelador de
futuras talentosas figuras para a jornada da Babilônia ... salve
Goiaba, o garoto promete!!!!!!). Ainda sobre o dito Batizado (que por
causa do RAP teve-nos todos vestidos com turbantes improvisados com
lençóis): nos esbaldamos com o glorioso e mortífero Pá-Buf versão
3.0, responsável pelo surto de embriagues generalizada que afetou a
todos os participantes do encontro.

Este EPEH foi memorável para mim porque, enfim, na condição de
militante aposentado de Movimento Estudantil, estive lá apenas para
me embebedar e pelegar fora das plenárias e do ato público ... até
fizemos uma plenária paralela em frente à UPE-FFPG, num boteco,
tomando Skol com salgadinhos de camarão, regados a música de baixo-
calão. Apresentei um mini-curso juntamente com o meu caríssimo
companheiro Alexandre Pacheco. Apresentei o curso de ressaca e o
Alexandre estava bêbado mesmo! E foi por isso que o curso foi um
sucesso de público (porque lotou instantaneamente) e de crítica
(porque a galera que esteve lá participou entusiasticamente). Mas o
ponto realmente extraordinário foi a visão que tive de D. Sebastião
(o redentor e já mitológico herói inspirador de Antônio Conselheiro),
que surgiu diante de dezenas de embebecidos e ainda sedentos pagãos
que estavam buscando algum bar na Praça da Bandeira, no centro de
Garanhuns, lá pelas 3 da madrugada da sexta-feira (16). Uma aparição
babilônica!


Com a palavra: Alexandre Catucá que ficou com o resto mortal do Pá Buff
Ah, devo confessar que quando cheguei em casa e olhei para a garrafa que continha a poção amaldiçoada (PÁ BUFF) tive múltiplas convulções. Num momento de lucidez atirei-a nas brumas do esquecimento (lixo). era eu ou ela companheiros!!!!!!!
Enfim, lembranças etílicas e vida eterna à esbórnia


Com a palavra Beto Barraca:
A vida pra quem pertence à
Socaba da PEste é muito curta. Deu pra notar lá em Garanhuns - é álcool puro.
Renato Motta, primeiramente gostaria de saber uma coisa: ONDE ESTÁ O BIN
LADEN?????!!!!!! Segundamente gostaria de saber se o João já voltou de viagem
para podermos pegar as camisas e mandar pintar com o símbolo da Socaba da
PEste???
Notícia importante: Os efeitos colaterais, do meio do campo, da zaga e de todas
as posições do PÁ BUFF, me fizeram tremer até a manhã de ontem. Que porra é
aquela meu. Estamos criando o BEBÊ DE ROSIMERE??? PUTA QUE PARIU MEU VÉIO, A
COISA ME DEIXOU DE MORAL FROUXA!!!!!!
SOCORRO ESSA PORRA MATA!!!!!
DEPOIS DA RESSUREIÇÃO ESPERO VOCÊS NO BAR CONTERRÂNEO, LÁ NA RURAL PRA TOMARMOS
UMAS, DUAS, TRÊS GRADES DE CERVA E DARMOS MUITAS RISADAS COM AS FOTOS!!!!
VOU CONFIRMAR AS PRESENÇAS DA SOCABRITAS DA PESTE - ALA REVOLTADA DA BANDALHA,
QUE QUER CRIAR UM ESPAÇO FEMININO NA SOCABA.
INTÉ,

segunda-feira, novembro 11, 2002

Malonguinho Perdeu



NOTICIA URGENTE Amigos da Babilonia..

Parece que meu guia espiritual Malonguinho, que desde junho tem aberto meu caminho, fraquejou e a casa, aliás, meu castelo aretado, daqui de olinda, caiu.

Assim como os canhões de Navarone, Eduardo Moraes I o Terrivel (e imobiliario de plantão) conseguiu vender a casa que eu já tinha devidamente ocupado. Terei que me retirar, com uma certa urgência.

Meu aparelho caiu

A babilonia agora chora
Bua bua bua...

Aos camaradas de fora - Rogerio (SP) Dayse (SE) Renato Cebola, Viviane Primeira Dama e Besouro (RJ), e Rogério (DF) que teriam asilo politico Babilonico durante o carnaval em meu castelo, estão lascados..

Mas sei que estou mais lascado ainda.

Dia 28 proximo é prazo máximo.

Renato Motta
O mais novo sem teto Olinda/PE

segunda-feira, novembro 04, 2002

O Posto


Sonia Rodrigues esteve em Olinda e paletrou sobre a pratica de se produzir textos. Depois solicitou que cada um escrevesse uma carta de amor. A minha ficou desta forma:


Naquele fragmento de segundo, enquanto embarcava para minha viagem, foi
quando percebi o relance de teu intenso olhar, me penetrando, me devorando
de longe, mexeu comigo.

Não sei teu nome, qual a tua idade, signo ou gosto, somente que trabalhas
numa farmácia de um posto de gasolina da BR 116.

Quando relembro o meu percurso de trinta e oito longas horas no ônibus
que vem do Rio de Janeiro para Recife, de noite mal dormidas, só me fixo
naquele instante, no meio do sertão da Bahia, onde teu olhar acompanhado de
um sorriso misterioso que me cativou.

Poderia ser uma flor o teu nome, Camélia, Florinda, ou mesmo Rosa, graças
a graciosidade de seus gestos.

Ou como dissimulas, tal qual uma estrela o faz, Estela, Luana ou Vênus.

Sua alma, vista aos olhos de fadas poderiam ser a essência do teu nome
Maria, Morisa, Adélia ou Morgana.

Sozinho em meu quarto, vendo o trepidar nervoso do ventilador, percebo a
angústia de um encontro não concretizado, apenas o fragmento de teu olhar me
vem na lembrança arrebatando-me.

Não sei ao menos se esta carta chegará ao seu destino, a ti, misteriosa
musa da beira da estrada de Milagres na Bahia. Muito menos se irei te
rever, mas escreva pra mim vai?
Aguardo anciosamente tua resposta

Milhoes de beijos apaixonados

Um Admirador

Recife



Pode parecer meio estranho não reconhecer toda a particularidade que a cidade de Recife possui frente às outras cidades do Brasil.

Mas como um bom caminhante da cidade, por dentre os bairros da região metropolitana de que algumas coincidências existem, e que não poderia deixar de registrar com esta alma de carioca da gema.

Quando cheguei em Dois Irmãos, não vi o túnel Zuzu Angel, muito manos a favela da Rocinha, mas somente a Universidade Rural de Pernambuco e uma grande mata que fica nesta zona norte de Recife.

”Mangueira teu cenário é uma beleza, que a natureza criou”.
Não, dificilmente irás encontrar o Dona Zica, muito menos a quadra da escola de samba da Estação Primeira, mas na Mangueira de Recife tem a sua semelhança por ser um bairro cortado pelo metrô, mas sem o memorável morro. Mas quando passo presto minha homenagem, a alma cantarola a tradicional música mangueirense.

O Largo do Maracanã é um lugar distante e que não tem o colorido futebolístico que encontramos no Rio.

E por falar em futebol, minha maior decepção foi passar pelo bairro do Vasco da Gama, em plena Recife. Ora bolas, e ainda por cima vi pessoas com a camisa cruz maltina nas ruas e kombis que passavam. E o pior é que não existe por aqui o bairro do Flamengo.
Tudo bem, o que acalma meus devaneios de torcedor é que aqui torcida mais numerosa é a Rubro Negra. Mesmo que seja a do Sport, é rubro negra.

Se fosse um carioca etnocêntrico, diria que os Pernambucanos pecam pela falta de criatividade. Mas é pura provocação, sou um admirador dessa terra e já estou com a minha cidadania olindense marcada no meu título de eleitor.

Para não deixar contrariado os pernambucanos, termino com um fragmento do hino:
“Nova Roma de bravos guerreiros
Pernambuco, imortal, imortal”